Do Luto à Luta: A Virada de Sofia

Do Luto à Luta: A Virada de Sofia

Gavin

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Capítulo

Saí do hospital com o atestado de óbito da minha mãe na mão. O sol do meio-dia estava forte, mas eu sentia um frio que vinha de dentro. O meu telemóvel vibrou. Era o meu marido, Pedro. A voz dele era animada, perguntando se a minha mãe já tinha feito o almoço para ele e a minha sogra, Beatriz. Com a garganta rouca, respondi: "Ela não vai poder fazer." Ele, irritado, retrucou: "Diz-lhe para não ser preguiçosa. A minha mãe fez um esforço para vir de longe só para provar a comida dela." Nesse momento, a frieza insuportável atingiu-me. "Pedro, a minha mãe morreu." Houve um silêncio do outro lado. Depois, a voz dele voltou, furiosa: "Morreu? Estás a brincar comigo? Que piada de mau gosto é essa, Sofia?" Não havia preocupação comigo, nem com a minha mãe falecida. A única preocupação dele era a desilusão da sua mãe, Beatriz. "O que é que eu digo à minha mãe agora? Que a viagem foi em vão?" Ele exigiu que eu inventasse uma desculpa, para "não estragar o dia" à sua mãe, que tinha o "coração fraco". Enquanto a minha mãe, que acabara de morrer de um ataque cardíaco, era "preguiçosa". O mundo pareceu girar devagar enquanto a raiva se apoderava de mim. A minha mãe morreu de tristeza acumulada ao servir uma família que nunca a valorizou. O homem com quem partilhei cinco anos de vida estava mais preocupado com um almoço cancelado do que com a morte da minha mãe. A decisão formou-se na minha mente, clara e fria. Liguei-lhe de volta e, antes que ele pudesse terminar a sua reclamação, a minha voz firme cortou-o: "Pedro, vamos divorciar-nos."

Introdução

Saí do hospital com o atestado de óbito da minha mãe na mão.

O sol do meio-dia estava forte, mas eu sentia um frio que vinha de dentro.

O meu telemóvel vibrou. Era o meu marido, Pedro.

A voz dele era animada, perguntando se a minha mãe já tinha feito o almoço para ele e a minha sogra, Beatriz.

Com a garganta rouca, respondi: "Ela não vai poder fazer."

Ele, irritado, retrucou: "Diz-lhe para não ser preguiçosa. A minha mãe fez um esforço para vir de longe só para provar a comida dela."

Nesse momento, a frieza insuportável atingiu-me.

"Pedro, a minha mãe morreu."

Houve um silêncio do outro lado. Depois, a voz dele voltou, furiosa: "Morreu? Estás a brincar comigo? Que piada de mau gosto é essa, Sofia?"

Não havia preocupação comigo, nem com a minha mãe falecida.

A única preocupação dele era a desilusão da sua mãe, Beatriz.

"O que é que eu digo à minha mãe agora? Que a viagem foi em vão?"

Ele exigiu que eu inventasse uma desculpa, para "não estragar o dia" à sua mãe, que tinha o "coração fraco".

Enquanto a minha mãe, que acabara de morrer de um ataque cardíaco, era "preguiçosa".

O mundo pareceu girar devagar enquanto a raiva se apoderava de mim.

A minha mãe morreu de tristeza acumulada ao servir uma família que nunca a valorizou.

O homem com quem partilhei cinco anos de vida estava mais preocupado com um almoço cancelado do que com a morte da minha mãe.

A decisão formou-se na minha mente, clara e fria.

Liguei-lhe de volta e, antes que ele pudesse terminar a sua reclamação, a minha voz firme cortou-o:

"Pedro, vamos divorciar-nos."

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Moderno

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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