O médico disse que tive sorte em estar viva após o acidente. Deitada na cama de hospital, a dor latejava, mas a pior dor era a ausência do meu noivo, Léo. Três dias se passaram e ele não apareceu. Finalmente consegui ligar, mas a sua voz estava distante, irritada. "Sofia, ele está com a Clara. Ela viu o acidente, está em choque." Clara, a minha meia-irmã, manipulou Léo ao telefone, e ele a chamou de "meu amor". Ele desligou na minha cara, acusando-me de ser egoísta. "Como podes ser tão egoísta? Ela está traumatizada por tua causa!" Logo, meu padrasto Ricardo entrou, não para me ver, mas para repreender minha mãe: "Isabel, controlas a tua filha! Ela teve o que merecia!" Ele me odiava, me via como um fardo, enquanto a Clara era o seu tesouro. Não era só Léo que me traía e me culpava. Até minha própria mãe, outrora meu pilar, encolhia-se, incapaz de me defender, presa ao jugo do meu padrasto. Senti-me completamente sozinha, quebrada e humilhada, um fardo para todos. Quando a Léo e a Clara finalmente apareceram no hospital, foi para me acusar, mentir sobre eu ter bebido e me culpar pelo acidente que quase me matou. "Ela podia ter morrido, Sofia." Eles me abandonaram ali, sozinha no silêncio ensurdecedor do quarto. Ao receber alta, voltei para a nossa casa, apenas para encontrar minhas coisas embaladas numa caixa, e um lenço de seda rosa da Clara no sofá. Ela já havia tomado o meu lugar. Sentei-me no chão, chorando ao lado da caixa que continha o que restava da minha vida. Mas o desespero atingiu o fundo do poço quando, de volta à casa da minha mãe, fui novamente diminuída e julgada. Foi então que uma antiga chave e uma carta do meu falecido pai, que eu só deveria receber aos 18 anos, revelaram uma verdade chocante: meus pais haviam roubado a minha herança e a usado para sustentar a família "perfeita" que nunca fui parte. O Ricardo ainda riu na minha cara: "Tenta. Não tens provas. É a tua palavra contra a nossa." Mas eles não sabiam que meu pai era meticuloso. Ele tinha um advogado, o Sr. Alves, e provas. Eu sabia que precisava lutar. Não mais a vítima, mas uma lutadora. O jogo tinha mudado.
O médico disse que tive sorte em estar viva após o acidente.
Deitada na cama de hospital, a dor latejava, mas a pior dor era a ausência do meu noivo, Léo.
Três dias se passaram e ele não apareceu.
Finalmente consegui ligar, mas a sua voz estava distante, irritada.
"Sofia, ele está com a Clara. Ela viu o acidente, está em choque."
Clara, a minha meia-irmã, manipulou Léo ao telefone, e ele a chamou de "meu amor".
Ele desligou na minha cara, acusando-me de ser egoísta.
"Como podes ser tão egoísta? Ela está traumatizada por tua causa!"
Logo, meu padrasto Ricardo entrou, não para me ver, mas para repreender minha mãe: "Isabel, controlas a tua filha! Ela teve o que merecia!"
Ele me odiava, me via como um fardo, enquanto a Clara era o seu tesouro.
Não era só Léo que me traía e me culpava.
Até minha própria mãe, outrora meu pilar, encolhia-se, incapaz de me defender, presa ao jugo do meu padrasto.
Senti-me completamente sozinha, quebrada e humilhada, um fardo para todos.
Quando a Léo e a Clara finalmente apareceram no hospital, foi para me acusar, mentir sobre eu ter bebido e me culpar pelo acidente que quase me matou.
"Ela podia ter morrido, Sofia."
Eles me abandonaram ali, sozinha no silêncio ensurdecedor do quarto.
Ao receber alta, voltei para a nossa casa, apenas para encontrar minhas coisas embaladas numa caixa, e um lenço de seda rosa da Clara no sofá.
Ela já havia tomado o meu lugar.
Sentei-me no chão, chorando ao lado da caixa que continha o que restava da minha vida.
Mas o desespero atingiu o fundo do poço quando, de volta à casa da minha mãe, fui novamente diminuída e julgada.
Foi então que uma antiga chave e uma carta do meu falecido pai, que eu só deveria receber aos 18 anos, revelaram uma verdade chocante: meus pais haviam roubado a minha herança e a usado para sustentar a família "perfeita" que nunca fui parte.
O Ricardo ainda riu na minha cara: "Tenta. Não tens provas. É a tua palavra contra a nossa."
Mas eles não sabiam que meu pai era meticuloso.
Ele tinha um advogado, o Sr. Alves, e provas.
Eu sabia que precisava lutar.
Não mais a vítima, mas uma lutadora.
O jogo tinha mudado.
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