De Paciente a Adversária: A Luta de Lia

De Paciente a Adversária: A Luta de Lia

Gavin

5.0
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Capítulo

O médico disse que a minha cirurgia de remoção do útero foi um sucesso. Mas eu não senti nada. O meu marido, Pedro, não estava lá. Ele estava ocupado com a sua amante, Sofia, que tinha acabado de dar à luz o nosso filho. Sim, o filho dele, com ela. E a sua voz, cheia de uma alegria que eu não ouvia há anos, perguntava: "Vais ser a madrinha, certo?" Madrinha. A palavra soou como uma piada cruel. Eu, deitada numa cama de hospital após uma histerectomia, e ele queria que eu fosse a madrinha do filho da sua amante. Disse-lhe que queria o divórcio, mas ele chamou-me egoísta, dramática. A sua mãe, Helena, barrou o meu caminho fora do hospital, dizendo que eu era uma mulher fraca, sem direito a nada, e que a amante tinha dado à família o que eu, a esposa, não pude. Afirmaram que o contrato pré-nupcial garantia que eu sairia daquela casa sem um tostão. Senti-me perdida, humilhada, com a dignidade roubada. Mas um fogo acendeu-se dentro de mim. Vim para casa da minha irmã Clara, decidida a lutar. Quando o Pedro, para me esmagar, cancelou o meu seguro de saúde, deixando-me com uma dívida colossal, percebi que não tinha mais nada a perder. O meu advogado disse: "Até onde está disposta a ir?" Respondi: "Até ao fim." A guerra tinha começado, e eu não ia recuar.

Introdução

O médico disse que a minha cirurgia de remoção do útero foi um sucesso.

Mas eu não senti nada.

O meu marido, Pedro, não estava lá.

Ele estava ocupado com a sua amante, Sofia, que tinha acabado de dar à luz o nosso filho.

Sim, o filho dele, com ela.

E a sua voz, cheia de uma alegria que eu não ouvia há anos, perguntava: "Vais ser a madrinha, certo?"

Madrinha. A palavra soou como uma piada cruel.

Eu, deitada numa cama de hospital após uma histerectomia, e ele queria que eu fosse a madrinha do filho da sua amante.

Disse-lhe que queria o divórcio, mas ele chamou-me egoísta, dramática.

A sua mãe, Helena, barrou o meu caminho fora do hospital, dizendo que eu era uma mulher fraca, sem direito a nada, e que a amante tinha dado à família o que eu, a esposa, não pude.

Afirmaram que o contrato pré-nupcial garantia que eu sairia daquela casa sem um tostão.

Senti-me perdida, humilhada, com a dignidade roubada.

Mas um fogo acendeu-se dentro de mim.

Vim para casa da minha irmã Clara, decidida a lutar.

Quando o Pedro, para me esmagar, cancelou o meu seguro de saúde, deixando-me com uma dívida colossal, percebi que não tinha mais nada a perder.

O meu advogado disse: "Até onde está disposta a ir?"

Respondi: "Até ao fim."

A guerra tinha começado, e eu não ia recuar.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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