Expulsa de Casa, Renascida na Luta

Expulsa de Casa, Renascida na Luta

Gavin

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Capítulo

O meu voo atrasou. A cidade estava um caos devido a uma tempestade sem precedentes. Mas o verdadeiro temporal caiu quando liguei ao meu noivo, Pedro. Ele estava furioso, não por mim, mas porque o meu meio-irmão, Tiago, partira um braço e o cão se magoara. A minha avó, doente, estava ao meu lado, e tudo o que Pedro conseguia dizer era que estava "ocupadíssimo" e que eu não tinha compaixão. Naquele aeroporto caótico, percebi: era o fim. Eu propus terminar o noivado e ele desligou-me na cara. Mas a traição não parou aí. Ao voltar para casa, descobrimos as fechaduras mudadas. O meu pai, a minha madrasta Sílvia, o Tiago e o Pedro, risonhos, expulsaram-nos. "Esta casa é nossa agora", disse Sílvia, enquanto Pedro desviava o olhar. Levaram até as joias da minha mãe e as cartas do meu avô. Fomos forçadas à rua, na noite fria. Como puderam fazer isto? O meu pai, o homem que deveria proteger-me, e o Pedro, a quem eu ia casar! Mas antes que a raiva e a dor me consumissem, um vislumbre de esperança surgiu. A minha tia Clara, que não via há anos, atendeu o telefone e prometeu: "Não saiam daí. Estou a ir." A minha vingança começava agora.

Introdução

O meu voo atrasou. A cidade estava um caos devido a uma tempestade sem precedentes.

Mas o verdadeiro temporal caiu quando liguei ao meu noivo, Pedro.

Ele estava furioso, não por mim, mas porque o meu meio-irmão, Tiago, partira um braço e o cão se magoara.

A minha avó, doente, estava ao meu lado, e tudo o que Pedro conseguia dizer era que estava "ocupadíssimo" e que eu não tinha compaixão.

Naquele aeroporto caótico, percebi: era o fim. Eu propus terminar o noivado e ele desligou-me na cara.

Mas a traição não parou aí. Ao voltar para casa, descobrimos as fechaduras mudadas.

O meu pai, a minha madrasta Sílvia, o Tiago e o Pedro, risonhos, expulsaram-nos.

"Esta casa é nossa agora", disse Sílvia, enquanto Pedro desviava o olhar. Levaram até as joias da minha mãe e as cartas do meu avô.

Fomos forçadas à rua, na noite fria. Como puderam fazer isto? O meu pai, o homem que deveria proteger-me, e o Pedro, a quem eu ia casar!

Mas antes que a raiva e a dor me consumissem, um vislumbre de esperança surgiu.

A minha tia Clara, que não via há anos, atendeu o telefone e prometeu: "Não saiam daí. Estou a ir."

A minha vingança começava agora.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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