Eu sou João Ribeiro, um designer de moda que saiu da favela e, por dois anos, vivi uma farsa como o namorado "artista da comunidade" de Patrícia Costa, a herdeira de um império têxtil. Nosso acordo era peculiar: a cada traição dela, minha conta bancária engordava, transformando a humilhação em uma fortuna que garantia o conforto do meu pai. Eu me tornei o "cornudo de luxo", ignorando os sussurros e o desprezo, acreditando ser um sacrifício justo pela segurança da minha família. Mas tudo mudou com uma transferência exorbitante, um valor dez vezes maior que o usual, que caiu na minha conta sem aviso. Minha alma, que eu achava ter endurecido, gritou. Não era mais sobre sobreviver, era sobre o que restava da minha dignidade. Aquele dinheiro, que parecia uma indenização pelo meu "trabalho", me fez perceber: eu era a sombra de outro homem, o substituto de Fábio Almeida, o amor perdido dela. "Cachorrinho de estimação", era assim que eles se referiam a mim. A raiva me deu uma clareza gelada. Eu não era um objeto descartável. Eu não era um fantasma. Decidi que já bastava. Vendi tudo que ela me deu, doei as roupas de grife, e me desfiz de cada vestígio daquela farsa. Eu ia voltar para minha favela, usar o dinheiro para construir algo real: uma escola de moda para os jovens da comunidade. "Voltando para aquele buraco?", ela zombou, quando a confrontei. "Prefiro ser um professor de verdade do que seu namorado de mentira." Desliguei o telefone, deixando-a com seus gritos e riquezas. Eu era João Ribeiro, e Patrícia Costa iria aprender, da maneira mais difícil, quem eu realmente era. Minha liberdade estava apenas começando.
Eu sou João Ribeiro, um designer de moda que saiu da favela e, por dois anos, vivi uma farsa como o namorado "artista da comunidade" de Patrícia Costa, a herdeira de um império têxtil.
Nosso acordo era peculiar: a cada traição dela, minha conta bancária engordava, transformando a humilhação em uma fortuna que garantia o conforto do meu pai.
Eu me tornei o "cornudo de luxo", ignorando os sussurros e o desprezo, acreditando ser um sacrifício justo pela segurança da minha família.
Mas tudo mudou com uma transferência exorbitante, um valor dez vezes maior que o usual, que caiu na minha conta sem aviso.
Minha alma, que eu achava ter endurecido, gritou.
Não era mais sobre sobreviver, era sobre o que restava da minha dignidade.
Aquele dinheiro, que parecia uma indenização pelo meu "trabalho", me fez perceber: eu era a sombra de outro homem, o substituto de Fábio Almeida, o amor perdido dela.
"Cachorrinho de estimação", era assim que eles se referiam a mim.
A raiva me deu uma clareza gelada.
Eu não era um objeto descartável.
Eu não era um fantasma.
Decidi que já bastava.
Vendi tudo que ela me deu, doei as roupas de grife, e me desfiz de cada vestígio daquela farsa.
Eu ia voltar para minha favela, usar o dinheiro para construir algo real: uma escola de moda para os jovens da comunidade.
"Voltando para aquele buraco?", ela zombou, quando a confrontei.
"Prefiro ser um professor de verdade do que seu namorado de mentira."
Desliguei o telefone, deixando-a com seus gritos e riquezas.
Eu era João Ribeiro, e Patrícia Costa iria aprender, da maneira mais difícil, quem eu realmente era.
Minha liberdade estava apenas começando.
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