Segunda Chance, Novo Destino

Segunda Chance, Novo Destino

Gavin

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Capítulo

Com o corpo gelado e a respiração suspensa, Mariana acordou, não no limbo, mas em seu próprio quarto de infância. A memória da queda era uma ferida aberta: o vento frio no alto do prédio, Lucas, seu marido na vida passada, com o rosto contorcido de ódio. Ele a segurava pelo braço, enquanto sua barriga de cinco meses, cheia de esperança, estava prestes a se espatifar no chão. "Se você não tivesse trocado as notas com a Isabela, ela não teria morrido. Isso é o que você deve a ela!" As palavras dele eram mais cruéis que a própria queda, ecoando em sua mente. Ela e seu filho, mortos, por um crime que não cometeu, um plano sórdido para Lucas se livrar de Isabela e ficar com a noiva "premiada". Naquela vida, Mariana, a filha exemplar, havia tirado a maior nota no ENEM, resultado de um acordo bizarro de seu pai, um garimpeiro ganancioso. A maior nota rendia Lucas, o filho do fazendeiro mais rico; a menor, o casamento com o "tolo" da aldeia vizinha. Ela se casou com Lucas, enquanto Isabela, sua irmã, incapaz de aceitar o "tolo", se enforcou. Lucas, o viúvo de coração partido, foi amparado por Mariana, um marido carinhoso até o topo do prédio. Mas agora, o jogo havia virado. Ela estava de volta ao dia da divulgação dos resultados do ENEM. Ela ouviu a voz animada do pai: "Isabela! Que orgulho! A maior nota! E você, Mariana... que vergonha. A nota mais baixa." Isabela, radiante, segurava o papel, tendo trocado os resultados secretamente, certa de seu casamento dos sonhos. "Pai, mãe," Mariana disse, a voz calma, cortando a celebração. "Eu aceito o acordo." "Aceita? Aceita se casar com o tolo? Que bom, porque é o que você merece," Isabela zombou. "Sim," Mariana confirmou, olhando nos olhos da irmã. "Eu aceito. Vou me casar com o tolo." Lucas entrou sem bater, seu sorriso arrogante vacilou ao vê-la, substituído por uma falsa preocupação. "Mariana, sinto muito pelo seu resultado. Você não pode se casar com aquele homem. Eu posso falar com meu pai, talvez a gente arranje outra coisa para você..." Era o mesmo discurso da vida passada, a mesma farsa. Antes, ela acreditou. Agora, sentia o veneno em cada palavra. Ela se lembrou: no dia da prova, ele a atraíra para um galpão abandonado com a desculpa de uma dica, trancando-a, sabotando seu futuro. "Não preciso da sua ajuda, Lucas," Mariana disse, a voz fria como gelo. "Cuide da sua noiva. Eu vou cuidar do meu noivo." Ela voltou ao quarto, deixando para trás uma sala confusa, um Lucas pálido. Ele sabia. De alguma forma, ele sentiu que ela sabia de algo. A caça havia começado.

Introdução

Com o corpo gelado e a respiração suspensa, Mariana acordou, não no limbo, mas em seu próprio quarto de infância.

A memória da queda era uma ferida aberta: o vento frio no alto do prédio, Lucas, seu marido na vida passada, com o rosto contorcido de ódio.

Ele a segurava pelo braço, enquanto sua barriga de cinco meses, cheia de esperança, estava prestes a se espatifar no chão.

"Se você não tivesse trocado as notas com a Isabela, ela não teria morrido. Isso é o que você deve a ela!" As palavras dele eram mais cruéis que a própria queda, ecoando em sua mente.

Ela e seu filho, mortos, por um crime que não cometeu, um plano sórdido para Lucas se livrar de Isabela e ficar com a noiva "premiada".

Naquela vida, Mariana, a filha exemplar, havia tirado a maior nota no ENEM, resultado de um acordo bizarro de seu pai, um garimpeiro ganancioso.

A maior nota rendia Lucas, o filho do fazendeiro mais rico; a menor, o casamento com o "tolo" da aldeia vizinha.

Ela se casou com Lucas, enquanto Isabela, sua irmã, incapaz de aceitar o "tolo", se enforcou.

Lucas, o viúvo de coração partido, foi amparado por Mariana, um marido carinhoso até o topo do prédio.

Mas agora, o jogo havia virado. Ela estava de volta ao dia da divulgação dos resultados do ENEM.

Ela ouviu a voz animada do pai: "Isabela! Que orgulho! A maior nota! E você, Mariana... que vergonha. A nota mais baixa."

Isabela, radiante, segurava o papel, tendo trocado os resultados secretamente, certa de seu casamento dos sonhos.

"Pai, mãe," Mariana disse, a voz calma, cortando a celebração. "Eu aceito o acordo."

"Aceita? Aceita se casar com o tolo? Que bom, porque é o que você merece," Isabela zombou.

"Sim," Mariana confirmou, olhando nos olhos da irmã. "Eu aceito. Vou me casar com o tolo."

Lucas entrou sem bater, seu sorriso arrogante vacilou ao vê-la, substituído por uma falsa preocupação.

"Mariana, sinto muito pelo seu resultado. Você não pode se casar com aquele homem. Eu posso falar com meu pai, talvez a gente arranje outra coisa para você..."

Era o mesmo discurso da vida passada, a mesma farsa. Antes, ela acreditou. Agora, sentia o veneno em cada palavra.

Ela se lembrou: no dia da prova, ele a atraíra para um galpão abandonado com a desculpa de uma dica, trancando-a, sabotando seu futuro.

"Não preciso da sua ajuda, Lucas," Mariana disse, a voz fria como gelo. "Cuide da sua noiva. Eu vou cuidar do meu noivo."

Ela voltou ao quarto, deixando para trás uma sala confusa, um Lucas pálido.

Ele sabia. De alguma forma, ele sentiu que ela sabia de algo. A caça havia começado.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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