A Segunda Opção Nunca Mais

A Segunda Opção Nunca Mais

Gavin

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Capítulo

Quando acordei no hospital, a primeira coisa que vi foi o gesso na minha perna. A minha memória estava turva, mas lembrei-me do acidente. Perguntei pela minha mãe e, desesperadamente, pelo meu noivo, Diogo. O meu pai ligou e, em voz alta, a verdade chocou-me: Diogo tinha passado a noite a salvar a minha prima "frágil" Cláudia e o cão dela, enquanto eu estava entre a vida e a morte. Ele sequer pensou em mim. Foi então que decidi: "Vamos cancelar o casamento. Eu não quero mais casar com ele." O meu pai explodiu, acusando-me de egoísmo e falta de compaixão. Diogo, ao telefone, acusou a minha mãe de manipular-me. Ninguém perguntou se eu estava bem, se tinha dor. Ninguém se importou que a _noiva_ estivesse num acidente grave. Enquanto o meu corpo estava partido, a minha alma também desmoronava sob o peso da sua indiferença. Chega de ser a segunda opção. Chega de ter o meu trauma diminuído pela "fragilidade" da Cláudia. O acidente não partiu só a minha perna, partiu a venda dos meus olhos. Agora, a única questão é: como é que eu vou reconstruir a minha vida, pedaço por pedaço, longe de todos eles? Eles querem uma guerra? Vão tê-la!

Introdução

Quando acordei no hospital, a primeira coisa que vi foi o gesso na minha perna.

A minha memória estava turva, mas lembrei-me do acidente.

Perguntei pela minha mãe e, desesperadamente, pelo meu noivo, Diogo.

O meu pai ligou e, em voz alta, a verdade chocou-me: Diogo tinha passado a noite a salvar a minha prima "frágil" Cláudia e o cão dela, enquanto eu estava entre a vida e a morte.

Ele sequer pensou em mim.

Foi então que decidi: "Vamos cancelar o casamento. Eu não quero mais casar com ele."

O meu pai explodiu, acusando-me de egoísmo e falta de compaixão.

Diogo, ao telefone, acusou a minha mãe de manipular-me.

Ninguém perguntou se eu estava bem, se tinha dor.

Ninguém se importou que a _noiva_ estivesse num acidente grave.

Enquanto o meu corpo estava partido, a minha alma também desmoronava sob o peso da sua indiferença.

Chega de ser a segunda opção.

Chega de ter o meu trauma diminuído pela "fragilidade" da Cláudia.

O acidente não partiu só a minha perna, partiu a venda dos meus olhos.

Agora, a única questão é: como é que eu vou reconstruir a minha vida, pedaço por pedaço, longe de todos eles?

Eles querem uma guerra?

Vão tê-la!

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