Amor e Ódio: Um Casamento Destruído

Amor e Ódio: Um Casamento Destruído

Gavin

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Capítulo

<导语> A chuva fria batia forte enquanto eu estava ali, no funeral do meu filho Daniel, sentindo o peso daquele caixãozinho de madeira. Mas o lugar ao meu lado estava vazio. Ana, minha esposa e mãe de Daniel, não estava lá. Liguei dezenas de vezes, mandei mensagens, mas nada. Até minha amiga Sofia, preocupada, me perguntou: "Onde está a Ana?" Voltei para casa e ouvi a voz dela vindo do banheiro, conversando no celular. Um alívio momentâneo me invadiu. Ela estava segura. Mas então, a voz dela: "Foi um alívio, para ser honesta. Ele nunca deveria ter existido, para começo de conversa. Daniel foi um acidente, Lucas." Lucas. O ex-namorado dela. O "grande amor da vida dela." Meu sangue gelou quando ela continuou: "A clínica na Suíça foi muito profissional. Rápida, eficiente. Eles chamam de 'eutanásia', soa tão pacífico, não é?" Eutanásia. Não foi a doença. Minha esposa planejou a morte do nosso filho. Eu, que vendi meu carro e usei todas as minhas economias para o tratamento, percebi que ela usou esse dinheiro para matá-lo. E, para piorar, ouvi: "A tecnologia agora é sua, meu amor. Com ela, você vai se tornar o homem mais bem-sucedido da cidade, e eu estarei ao seu lado." Ela roubou meu trabalho. O meu legado para Daniel. Quando a porta se abriu, ela tentou me abraçar, com uma falsa tristeza no olhar. "Pedro! Querido, eu estava te procurando! Eu... eu não consegui ir." Eu a afastei, sentindo nojo. Ela era um monstro disfarçado de mulher. Como poderia viver na mesma casa que ela? No dia seguinte, ela se livrou de todas as coisas de Daniel como se fossem lixo. "Você vai guardar esse lixo? Pedro, isso não é saudável", ela disse. Eu não respondi. Peguei as poucas coisas que ela esqueceu e as levei para o meu estúdio secreto. Nosso lugar. O santuário de Daniel. Ao voltar, encontrei Lucas, o amante da minha esposa, na minha sala. "Pedro, não seja rude", Ana disse, percebendo meu pânico silencioso. Eles estavam rindo, cozinhando, celebrando a morte do meu filho. "Ciúmes? Não, Ana. Eu não estou com ciúmes." Eu estava quebrado. E então comecei a gritar, as lágrimas escorrendo livremente. "Daniel se foi, Ana! Nosso filho morreu hoje! E você está aqui, rindo e cozinhando para o seu ex-namorado! O que há de errado com você?" Ela mandou eu sair da minha própria casa. "Se você não gosta do que vê, a porta está bem ali. Saia!" E, de repente, em meio a toda a dor e raiva, senti algo novo. Alívio. "Tudo bem. Eu saio. E eu quero o divórcio." Ela riu. "Você não é nada sem mim. Você não pode se divorciar de mim, Pedro. Eu vou garantir que você nunca mais trabalhará nesta cidade." Mas o que Ana e Lucas não sabiam era que minha tecnologia, roubada por eles, era apenas a versão antiga. A verdadeira inovação, o núcleo do sistema, estava segura. E eu acabara de transferir a patente para Daniel. A guerra estava apenas começando.

Introdução

<导语>

A chuva fria batia forte enquanto eu estava ali, no funeral do meu filho Daniel, sentindo o peso daquele caixãozinho de madeira.

Mas o lugar ao meu lado estava vazio. Ana, minha esposa e mãe de Daniel, não estava lá.

Liguei dezenas de vezes, mandei mensagens, mas nada. Até minha amiga Sofia, preocupada, me perguntou: "Onde está a Ana?"

Voltei para casa e ouvi a voz dela vindo do banheiro, conversando no celular. Um alívio momentâneo me invadiu. Ela estava segura.

Mas então, a voz dela: "Foi um alívio, para ser honesta. Ele nunca deveria ter existido, para começo de conversa. Daniel foi um acidente, Lucas."

Lucas. O ex-namorado dela. O "grande amor da vida dela."

Meu sangue gelou quando ela continuou: "A clínica na Suíça foi muito profissional. Rápida, eficiente. Eles chamam de 'eutanásia', soa tão pacífico, não é?"

Eutanásia. Não foi a doença. Minha esposa planejou a morte do nosso filho.

Eu, que vendi meu carro e usei todas as minhas economias para o tratamento, percebi que ela usou esse dinheiro para matá-lo.

E, para piorar, ouvi: "A tecnologia agora é sua, meu amor. Com ela, você vai se tornar o homem mais bem-sucedido da cidade, e eu estarei ao seu lado."

Ela roubou meu trabalho. O meu legado para Daniel.

Quando a porta se abriu, ela tentou me abraçar, com uma falsa tristeza no olhar.

"Pedro! Querido, eu estava te procurando! Eu... eu não consegui ir."

Eu a afastei, sentindo nojo. Ela era um monstro disfarçado de mulher.

Como poderia viver na mesma casa que ela?

No dia seguinte, ela se livrou de todas as coisas de Daniel como se fossem lixo.

"Você vai guardar esse lixo? Pedro, isso não é saudável", ela disse.

Eu não respondi. Peguei as poucas coisas que ela esqueceu e as levei para o meu estúdio secreto. Nosso lugar. O santuário de Daniel.

Ao voltar, encontrei Lucas, o amante da minha esposa, na minha sala.

"Pedro, não seja rude", Ana disse, percebendo meu pânico silencioso.

Eles estavam rindo, cozinhando, celebrando a morte do meu filho.

"Ciúmes? Não, Ana. Eu não estou com ciúmes."

Eu estava quebrado. E então comecei a gritar, as lágrimas escorrendo livremente.

"Daniel se foi, Ana! Nosso filho morreu hoje! E você está aqui, rindo e cozinhando para o seu ex-namorado! O que há de errado com você?"

Ela mandou eu sair da minha própria casa. "Se você não gosta do que vê, a porta está bem ali. Saia!"

E, de repente, em meio a toda a dor e raiva, senti algo novo.

Alívio.

"Tudo bem. Eu saio. E eu quero o divórcio."

Ela riu. "Você não é nada sem mim. Você não pode se divorciar de mim, Pedro. Eu vou garantir que você nunca mais trabalhará nesta cidade."

Mas o que Ana e Lucas não sabiam era que minha tecnologia, roubada por eles, era apenas a versão antiga.

A verdadeira inovação, o núcleo do sistema, estava segura. E eu acabara de transferir a patente para Daniel.

A guerra estava apenas começando.

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Moderno

5.0

No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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