O Funeral e o Fim: Um Recomeço Doloroso

O Funeral e o Fim: Um Recomeço Doloroso

Gavin

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Capítulo

O funeral da minha mãe tinha acabado. Estava exausta, de luto, e com a mão da minha avó apertando a minha. No bolso, o telemóvel vibrava incessantemente, com mensagens do meu noivo, Pedro. Mas eu sabia que aquele era o fim. O funeral da minha mãe. E o meu noivado. Deixei a chamada ir para o voicemail, mas uma mensagem chegou de imediato. "Amor, desculpa não ter podido ir. O Afonso está com febre terrível. A Joana está a caminho para me ajudar." A Joana. A minha meia-irmã. A mulher que nunca me apoiou. Uma risada seca escapou dos meus lábios. Respondi, os dedos a tremer: "Pedro, acabou. Não quero mais isto." A sua resposta veio quase instantânea, cheia de fúria e manipulação. "Estás a brincar? Acabar por causa disto? Não tens um pingo de compaixão? Sabes como a vida da Joana é difícil?" Ele não compareceu ao funeral da minha mãe porque o sobrinho dele tinha febre. Entretanto, a minha mãe tinha lutado contra o cancro por dois anos, e ele nunca arranjou tempo para a visitar. O meu noivo, o homem para quem eu ia casar, era conveniente. As suas palavras e as do meu padrasto, Rui, ecoavam: "O Pedro está de coração partido por tua causa!" Mas algo estava errado. Demasiado errado. Decidi ir atrás da verdade, com uma raiva que me dava forças. Abri a aplicação de localização para encontrar Pedro, e ele não estava em casa. Ele estava num bar de encontros no centro da cidade. E lá estava ele. Com a minha meia-irmã, Joana. A sua cabeça no ombro dele, a rir. Não estavam a consolar-se, mas a desfrutar de uma intimidade que eu nunca conheci. Não havia sinal de um sobrinho doente. Não havia sinal de um noivo de coração partido. Apenas cumplicidade. Em choque, tirei o anel de noivado do meu dedo e deixei-o cair sobre a mesa, o som final de um mundo a desmoronar. "Podes ficar com isto," disse, a minha voz fria. "Talvez sirva na Joana." Saí. Livre. E sozinha. Mas como a minha mãe me deixou sozinha com os segredos desta família? Que outras mentiras me tinham contado? O que é que eles estavam realmente a esconder?

Introdução

O funeral da minha mãe tinha acabado.

Estava exausta, de luto, e com a mão da minha avó apertando a minha.

No bolso, o telemóvel vibrava incessantemente, com mensagens do meu noivo, Pedro.

Mas eu sabia que aquele era o fim.

O funeral da minha mãe. E o meu noivado.

Deixei a chamada ir para o voicemail, mas uma mensagem chegou de imediato.

"Amor, desculpa não ter podido ir. O Afonso está com febre terrível. A Joana está a caminho para me ajudar."

A Joana. A minha meia-irmã. A mulher que nunca me apoiou.

Uma risada seca escapou dos meus lábios.

Respondi, os dedos a tremer: "Pedro, acabou. Não quero mais isto."

A sua resposta veio quase instantânea, cheia de fúria e manipulação.

"Estás a brincar? Acabar por causa disto? Não tens um pingo de compaixão? Sabes como a vida da Joana é difícil?"

Ele não compareceu ao funeral da minha mãe porque o sobrinho dele tinha febre.

Entretanto, a minha mãe tinha lutado contra o cancro por dois anos, e ele nunca arranjou tempo para a visitar.

O meu noivo, o homem para quem eu ia casar, era conveniente.

As suas palavras e as do meu padrasto, Rui, ecoavam: "O Pedro está de coração partido por tua causa!"

Mas algo estava errado. Demasiado errado.

Decidi ir atrás da verdade, com uma raiva que me dava forças.

Abri a aplicação de localização para encontrar Pedro, e ele não estava em casa.

Ele estava num bar de encontros no centro da cidade. E lá estava ele.

Com a minha meia-irmã, Joana.

A sua cabeça no ombro dele, a rir. Não estavam a consolar-se, mas a desfrutar de uma intimidade que eu nunca conheci.

Não havia sinal de um sobrinho doente. Não havia sinal de um noivo de coração partido.

Apenas cumplicidade.

Em choque, tirei o anel de noivado do meu dedo e deixei-o cair sobre a mesa, o som final de um mundo a desmoronar.

"Podes ficar com isto," disse, a minha voz fria. "Talvez sirva na Joana."

Saí. Livre. E sozinha.

Mas como a minha mãe me deixou sozinha com os segredos desta família?

Que outras mentiras me tinham contado?

O que é que eles estavam realmente a esconder?

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O Anel Partido

Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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