Casei pela sexta vez. Sim, você leu certo. Minhas cinco ex-sogras foram cuidadosamente "neutralizadas" e "expulsas". A primeira? Ganhou um restaurante falido. A segunda, que me chamava de gastadeira? Exposta por fraude fiscal que eu "descobri por acaso". A terceira teve seus segredos revelados para a congregação inteira. A quarta? Mandada para uma clínica de luxo, paga por mim. A quinta? Humilhada publicamente em um debate sobre culinária portuguesa, minha especialidade. Diziam que eu não era má, apenas uma estrategista. Cada casamento era um território a ser defendido, e a sogra, uma potência invasora. Mas agora, o desafio era outro: Dona Isabel. Mãe do meu novo marido, Tiago, ela tinha a fama de uma "sogra que nenhuma nora sobreviveu". Carolina foi acusada de roubo e teve a reputação destruída por fofocas dela. Juliana foi levada à depressão. Patrícia, vítima de uma armadilha orquestrada pela própria Dona Isabel. Todas elas, mulheres marcadas. Minha melhor amiga, Clara, me ligou no dia seguinte ao casamento. "Sofia, você tem certeza disso? É a Dona Isabel! A mulher é o diabo em pessoa." "Eu sei", respondi, picando alho com precisão cirúrgica. "Ela acabou com a vida daquelas três moças. Tiago é um anjo, mas é cego." "É por isso que ele precisa de mim", retruquei, o som da faca batendo na tábua quase musical. "Ela vai tentar te destruir. Vai te acusar de coisas horríveis, vai virar o Tiago contra você." Olhei pela janela para o jardim da minha nova casa. "Clara, eu não sou as outras. Eu lidei com cinco sogras antes dela. Ela é apenas a sexta. Ela acha que vai me expulsar, mas é ela quem vai sair. Desta vez, a batalha será na minha cozinha, com minhas regras." Havia uma calma assustadora na minha voz. Não era arrogância, era certeza. O convite para o "almoço de boas-vindas" chegou como previsto. Um bacalhau com muito coentro. E um brilho oleoso estranho. Óleo de rícino.
Casei pela sexta vez.
Sim, você leu certo.
Minhas cinco ex-sogras foram cuidadosamente "neutralizadas" e "expulsas".
A primeira? Ganhou um restaurante falido.
A segunda, que me chamava de gastadeira? Exposta por fraude fiscal que eu "descobri por acaso".
A terceira teve seus segredos revelados para a congregação inteira.
A quarta? Mandada para uma clínica de luxo, paga por mim.
A quinta? Humilhada publicamente em um debate sobre culinária portuguesa, minha especialidade.
Diziam que eu não era má, apenas uma estrategista.
Cada casamento era um território a ser defendido, e a sogra, uma potência invasora.
Mas agora, o desafio era outro: Dona Isabel.
Mãe do meu novo marido, Tiago, ela tinha a fama de uma "sogra que nenhuma nora sobreviveu".
Carolina foi acusada de roubo e teve a reputação destruída por fofocas dela.
Juliana foi levada à depressão.
Patrícia, vítima de uma armadilha orquestrada pela própria Dona Isabel.
Todas elas, mulheres marcadas.
Minha melhor amiga, Clara, me ligou no dia seguinte ao casamento.
"Sofia, você tem certeza disso? É a Dona Isabel! A mulher é o diabo em pessoa."
"Eu sei", respondi, picando alho com precisão cirúrgica.
"Ela acabou com a vida daquelas três moças. Tiago é um anjo, mas é cego."
"É por isso que ele precisa de mim", retruquei, o som da faca batendo na tábua quase musical.
"Ela vai tentar te destruir. Vai te acusar de coisas horríveis, vai virar o Tiago contra você."
Olhei pela janela para o jardim da minha nova casa.
"Clara, eu não sou as outras. Eu lidei com cinco sogras antes dela. Ela é apenas a sexta. Ela acha que vai me expulsar, mas é ela quem vai sair. Desta vez, a batalha será na minha cozinha, com minhas regras."
Havia uma calma assustadora na minha voz. Não era arrogância, era certeza.
O convite para o "almoço de boas-vindas" chegou como previsto.
Um bacalhau com muito coentro.
E um brilho oleoso estranho.
Óleo de rícino.
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