Construindo Meu Próprio Futuro

Construindo Meu Próprio Futuro

Gavin

5.0
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Capítulo

A dor aguda no meu abdômen era a última sensação, um fogo que me consumia. Pedro estava sobre mim, seus olhos outrora cheios de carinho, agora vazios e frios. "Por que, Maria? Por que você não pôde simplesmente me deixar em paz?", ele gritava, a voz rouca de raiva. Eu queria responder, mas o sangue enchia minha boca. A culpa era minha por amá-lo demais, por tentar salvá-lo de um futuro que eu via claramente que o destruiria. Um futuro com a Sofia. Sua mão apertou meu pescoço, e a última coisa que vi foi seu rosto distorcido pelo ódio, um monstro que eu mesma ajudei a criar. "Se eu não posso ter sucesso, você também não vai ter!", foram suas últimas palavras para mim. E então, tudo ficou escuro. ... "Maria, você não vai mesmo dizer nada?" A voz de Pedro, irritada e impaciente, cortou o silêncio. Abri os olhos, confusa. Não estava no chão frio do nosso apartamento, sangrando. Estava na varanda da minha casa de infância, o sol aquecendo meu rosto, o cheiro de jasmim no ar. Ele parecia... jovem. "Eu já decidi, Maria. Eu não vou para a universidade." Gelei. Essa frase. Eu já tinha ouvido essa frase antes. Foi o começo do fim. O ponto exato em que minha vida, e a dele, começou a desmoronar. Na minha vida passada, eu chorei, implorei, argumentei. Ele me chamou de egoísta. Agora, olhando para o rosto do meu assassino, eu não sentia nada além de um vazio gelado. A dor, o amor, a esperança, tudo havia sido queimado na minha morte. Eu tinha voltado. Voltei para o dia da decisão. Pedro me olhava, esperando a explosão, a cena de choro. Era o que ele esperava, o que seu ego precisava. Respirei fundo. Olhei diretamente nos olhos dele. "Tudo bem, Pedro." A expressão dele mudou para pura confusão. "O quê? Só isso? 'Tudo bem' ?" Eu me levantei. "Sim. A vida é sua. A escolha é sua." Passei por ele e entrei em casa, deixando-o boquiaberto. Desta vez, eu não iria tentar salvá-lo. Desta vez, eu iria me salvar.

Introdução

A dor aguda no meu abdômen era a última sensação, um fogo que me consumia.

Pedro estava sobre mim, seus olhos outrora cheios de carinho, agora vazios e frios.

"Por que, Maria? Por que você não pôde simplesmente me deixar em paz?", ele gritava, a voz rouca de raiva.

Eu queria responder, mas o sangue enchia minha boca.

A culpa era minha por amá-lo demais, por tentar salvá-lo de um futuro que eu via claramente que o destruiria. Um futuro com a Sofia.

Sua mão apertou meu pescoço, e a última coisa que vi foi seu rosto distorcido pelo ódio, um monstro que eu mesma ajudei a criar.

"Se eu não posso ter sucesso, você também não vai ter!", foram suas últimas palavras para mim. E então, tudo ficou escuro.

...

"Maria, você não vai mesmo dizer nada?"

A voz de Pedro, irritada e impaciente, cortou o silêncio. Abri os olhos, confusa.

Não estava no chão frio do nosso apartamento, sangrando.

Estava na varanda da minha casa de infância, o sol aquecendo meu rosto, o cheiro de jasmim no ar.

Ele parecia... jovem.

"Eu já decidi, Maria. Eu não vou para a universidade."

Gelei.

Essa frase. Eu já tinha ouvido essa frase antes. Foi o começo do fim. O ponto exato em que minha vida, e a dele, começou a desmoronar.

Na minha vida passada, eu chorei, implorei, argumentei. Ele me chamou de egoísta.

Agora, olhando para o rosto do meu assassino, eu não sentia nada além de um vazio gelado. A dor, o amor, a esperança, tudo havia sido queimado na minha morte.

Eu tinha voltado. Voltei para o dia da decisão.

Pedro me olhava, esperando a explosão, a cena de choro. Era o que ele esperava, o que seu ego precisava.

Respirei fundo. Olhei diretamente nos olhos dele.

"Tudo bem, Pedro."

A expressão dele mudou para pura confusão.

"O quê? Só isso? 'Tudo bem' ?"

Eu me levantei.

"Sim. A vida é sua. A escolha é sua."

Passei por ele e entrei em casa, deixando-o boquiaberto.

Desta vez, eu não iria tentar salvá-lo.

Desta vez, eu iria me salvar.

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Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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