Chamas do Ódio, Amor Perdido

Chamas do Ódio, Amor Perdido

Gavin

5.0
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Capítulo

As chamas lambiam as paredes da minha casa, o calor era insuportável. Eu segurava minha filha, Clara, com força contra o peito. O choro fraco dela era a única coisa que importava no meio do caos. Eu gritava, batendo na porta do quarto trancada: "Isabela! Abra a porta! Por favor!" . Do outro lado, ouvia apenas o silêncio dela. O fogo se aproximava, e o rosto de Clara se contorcia de medo e dor. Foi então que a voz dela veio, fria e desprovida de qualquer emoção. "Se não fosse por vocês duas, Gabriel não teria morrido." Cada palavra era uma sentença de morte. "Todos os dias desde que ele se foi, eu me sinto como um zumbi. Eu já queria levar vocês para o túmulo dele há muito tempo!" O ódio em sua voz era palpável. O fogo finalmente nos alcançou. A imagem do sorriso de Clara desaparecendo na fumaça foi a última coisa que vi. O amor que eu senti por Isabela se transformou em cinzas, junto com meu corpo e o da minha filha inocente. Então, abri os olhos. A luz suave do abajur, o cheiro floral de Isabela. Ela estava ali, com o rosto corado e os olhos turvos de desejo, exatamente como naquela noite, dez anos atrás. "Luana..." , sua voz baixa e rouca me causou um arrepio de pavor. Não. Não de novo. Lembrei-me de tudo. Meu irmão Ricardo havia drogado Isabela. Ele a jogou na minha cama, forçando-me a ser sua "cura" . Na vida passada, eu cedi, e o resultado foi um casamento forçado e uma morte horrível em um incêndio provocado pelo ódio dela. Desta vez, não. Minha voz saiu mais firme do que eu esperava: "Não me toque." Eu sabia que precisava quebrar aquele ciclo de tragédia.

Introdução

As chamas lambiam as paredes da minha casa, o calor era insuportável.

Eu segurava minha filha, Clara, com força contra o peito.

O choro fraco dela era a única coisa que importava no meio do caos.

Eu gritava, batendo na porta do quarto trancada: "Isabela! Abra a porta! Por favor!" .

Do outro lado, ouvia apenas o silêncio dela.

O fogo se aproximava, e o rosto de Clara se contorcia de medo e dor.

Foi então que a voz dela veio, fria e desprovida de qualquer emoção.

"Se não fosse por vocês duas, Gabriel não teria morrido."

Cada palavra era uma sentença de morte.

"Todos os dias desde que ele se foi, eu me sinto como um zumbi. Eu já queria levar vocês para o túmulo dele há muito tempo!"

O ódio em sua voz era palpável.

O fogo finalmente nos alcançou.

A imagem do sorriso de Clara desaparecendo na fumaça foi a última coisa que vi.

O amor que eu senti por Isabela se transformou em cinzas, junto com meu corpo e o da minha filha inocente.

Então, abri os olhos.

A luz suave do abajur, o cheiro floral de Isabela.

Ela estava ali, com o rosto corado e os olhos turvos de desejo, exatamente como naquela noite, dez anos atrás.

"Luana..." , sua voz baixa e rouca me causou um arrepio de pavor.

Não. Não de novo.

Lembrei-me de tudo. Meu irmão Ricardo havia drogado Isabela.

Ele a jogou na minha cama, forçando-me a ser sua "cura" .

Na vida passada, eu cedi, e o resultado foi um casamento forçado e uma morte horrível em um incêndio provocado pelo ódio dela.

Desta vez, não.

Minha voz saiu mais firme do que eu esperava: "Não me toque."

Eu sabia que precisava quebrar aquele ciclo de tragédia.

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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