Noiva Abandonada, Arquiteta Renascida

Noiva Abandonada, Arquiteta Renascida

Gavin

5.0
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Capítulo

O salão de festas estava perfeito, o dia dos meus sonhos. Mas o silêncio era pesado, anormal, enquanto eu esperava no altar por um noivo que nunca chegou. Meu celular vibrou, era minha mãe. "Sofia, sua irmã Luna acabou de pousar! Estamos indo buscá-la. O casamento pode esperar, né? É a Luna, ela voltou da Europa!" Minha madrinha me mostrou o Instagram: Luna sorrindo no aeroporto, cercada pela minha família. E Gabriel, meu noivo, com o braço possessivo em volta dela. A legenda dizia: "Reunião de família! Finalmente nossa princesinha voltou pra casa!" Ninguém se lembrava da noiva abandonada. Liguei para meu pai. "O que foi, Sofia? A gente remarca. Sua irmã voltou, isso é mais importante. Não seja egoísta." Egoísta. A palavra ecoou no salão vazio, enquanto os convidados iam embora me olhando com pena. Eu era a piada do dia. A noiva trocada pela irmã. Voltei para casa e escrevi no meu caderno: "99. Fui abandonada no altar no dia do meu casamento porque minha irmã voltou de viagem." Noventa e nove decepções. Eu tinha prometido aguentar até a centésima. Mas o fundo do poço estava mais perto do que eu imaginava. Naquela noite, Gabriel invadiu meu quarto, irritado. "Que drama é esse agora, Sofia? Para de ser infantil!" Ele esbarrou na maquete do meu projeto final, e ela se espatifou no chão. Senti um vazio. Minha mãe apareceu. "Sofia, venha fazer o jantar para sua irmã. Ela está com saudades da sua comida." Eu, a cozinheira. Luna, a princesa. Na mesa de jantar, Luna era o centro das atenções, contando histórias da Europa. Gabriel ria de tudo, ombro a ombro com ela. Ninguém mencionou o casamento. Então, Luna tossiu e fez sua cena: "Tem amendoim nisso?" Minha mãe ficou pálida. "Sofia! O que você fez? Você tentou machucá-la!" Antes que eu pudesse responder, a mão dela voou e me deu um tapa. A dor física não foi nada perto da dor no meu peito. Eles saíram correndo para o hospital com Luna, e Gabriel me lançou um olhar de ódio. A casa ficou em silêncio. Eu estava sozinha, com a marca vermelha no rosto. Essa foi a centésima decepção.

Introdução

O salão de festas estava perfeito, o dia dos meus sonhos.

Mas o silêncio era pesado, anormal, enquanto eu esperava no altar por um noivo que nunca chegou.

Meu celular vibrou, era minha mãe.

"Sofia, sua irmã Luna acabou de pousar! Estamos indo buscá-la. O casamento pode esperar, né? É a Luna, ela voltou da Europa!"

Minha madrinha me mostrou o Instagram: Luna sorrindo no aeroporto, cercada pela minha família. E Gabriel, meu noivo, com o braço possessivo em volta dela.

A legenda dizia: "Reunião de família! Finalmente nossa princesinha voltou pra casa!"

Ninguém se lembrava da noiva abandonada.

Liguei para meu pai. "O que foi, Sofia? A gente remarca. Sua irmã voltou, isso é mais importante. Não seja egoísta."

Egoísta. A palavra ecoou no salão vazio, enquanto os convidados iam embora me olhando com pena.

Eu era a piada do dia. A noiva trocada pela irmã.

Voltei para casa e escrevi no meu caderno: "99. Fui abandonada no altar no dia do meu casamento porque minha irmã voltou de viagem."

Noventa e nove decepções. Eu tinha prometido aguentar até a centésima.

Mas o fundo do poço estava mais perto do que eu imaginava.

Naquela noite, Gabriel invadiu meu quarto, irritado. "Que drama é esse agora, Sofia? Para de ser infantil!"

Ele esbarrou na maquete do meu projeto final, e ela se espatifou no chão. Senti um vazio.

Minha mãe apareceu. "Sofia, venha fazer o jantar para sua irmã. Ela está com saudades da sua comida."

Eu, a cozinheira. Luna, a princesa.

Na mesa de jantar, Luna era o centro das atenções, contando histórias da Europa. Gabriel ria de tudo, ombro a ombro com ela.

Ninguém mencionou o casamento.

Então, Luna tossiu e fez sua cena: "Tem amendoim nisso?"

Minha mãe ficou pálida. "Sofia! O que você fez? Você tentou machucá-la!"

Antes que eu pudesse responder, a mão dela voou e me deu um tapa.

A dor física não foi nada perto da dor no meu peito.

Eles saíram correndo para o hospital com Luna, e Gabriel me lançou um olhar de ódio.

A casa ficou em silêncio. Eu estava sozinha, com a marca vermelha no rosto.

Essa foi a centésima decepção.

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