O Legado Roubado da Amante

O Legado Roubado da Amante

Gavin

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Capítulo

A dor aguda no meu peito era quase física, um peso que tornava cada respiração uma tarefa difícil. No palco, Pedro, o funcionário em quem eu mais confiava, apresentava o projeto da minha vida como se fosse dele, roubando anos do meu suor e sangue. Meus olhos encontraram os do meu pai e de Rafaela, minha meia-irmã, sentados na primeira fila; o sorriso presunçoso dela gritava que eram os arquitetos dessa traição. "Sofia", a voz de Pedro ecoou, cheia de desprezo, "você é dedicada à terra, mas falta-lhe visão de negócios." O calor da humilhação subiu pelo meu rosto enquanto o silêncio do salão voltava todos os olhares para mim. Não bastava roubar meu projeto, meu pai me ofereceu um relíquia inútil de minha mãe, enquanto Rafaela, com doçura venenosa, cobiçava o anel de liderança da família. Eu estava sendo despojada de tudo, por aqueles que deveriam me proteger, me criando um questionamento profundo para o porquê de tanta maldade vinda da minha própria família. Mas, neste fundo do poço, uma memória esquecida surgiu, o cofre de madeira escura da minha mãe, que todos consideravam um lixo, agora se tornava a única esperança. Eu não ia desmoronar ali, não na frente deles. Com uma nova força, nascida do desespero e da raiva, respirei fundo, endireitei as costas e caminhei em direção ao palco. "O verdadeiro poder", eu disse, "está aqui" .

Introdução

A dor aguda no meu peito era quase física, um peso que tornava cada respiração uma tarefa difícil.

No palco, Pedro, o funcionário em quem eu mais confiava, apresentava o projeto da minha vida como se fosse dele, roubando anos do meu suor e sangue.

Meus olhos encontraram os do meu pai e de Rafaela, minha meia-irmã, sentados na primeira fila; o sorriso presunçoso dela gritava que eram os arquitetos dessa traição.

"Sofia", a voz de Pedro ecoou, cheia de desprezo, "você é dedicada à terra, mas falta-lhe visão de negócios."

O calor da humilhação subiu pelo meu rosto enquanto o silêncio do salão voltava todos os olhares para mim.

Não bastava roubar meu projeto, meu pai me ofereceu um relíquia inútil de minha mãe, enquanto Rafaela, com doçura venenosa, cobiçava o anel de liderança da família.

Eu estava sendo despojada de tudo, por aqueles que deveriam me proteger, me criando um questionamento profundo para o porquê de tanta maldade vinda da minha própria família.

Mas, neste fundo do poço, uma memória esquecida surgiu, o cofre de madeira escura da minha mãe, que todos consideravam um lixo, agora se tornava a única esperança.

Eu não ia desmoronar ali, não na frente deles.

Com uma nova força, nascida do desespero e da raiva, respirei fundo, endireitei as costas e caminhei em direção ao palco.

"O verdadeiro poder", eu disse, "está aqui" .

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A chuva incessante batia na janela da velha mansão, um lamento que apenas acompanhava a dor no peito de Sofia. Há uma semana, a tragédia levara seus pais e irmãos, deixando-a, aos 22 anos, a única herdeira da Fazenda Alvorada, um império do café. Mas a mansão, antes cheia de risos, agora era um mausoléu. Dona Clara, a gerente da fazenda, entrou com uma bandeja, a preocupação em seu rosto. "Menina Sofia, você precisa comer alguma coisa." Sofia mal podia desviar os olhos da paisagem cinzenta lá fora. "Não consigo, Clara. Não sinto fome." Dona Clara suspirou, antes de revelar a bomba que mudaria tudo. "O advogado da família esteve aqui. Sua avó, Dona Alice, deixou uma cláusula no testamento." A base de tudo, a lei da família, agora se tornava a sua maior prisão. "Há uma condição," continuou Dona Clara, a voz baixa, "para você assumir o controle total da fazenda e da fortuna: você precisa estar casada." Casada? Em meio a tanto luto? Parecia uma piada cruel do destino. "Isso é um absurdo," Sofia sussurrou, a voz trêmula. "Por que a vovó faria isso?" A notícia se espalhou como fogo por Monte Belo, e um nome emergiu nas fofocas maldosas: "Aquela filha ilegítima dos vizinhos teve sorte, vai virar a Sra. da Fazenda de Café." Era Camila, a garota por quem Sofia nutriu uma paixão platônica por toda a adolescência. E, como invocada, Camila apareceu na mansão naquela mesma tarde. Com uma arrogância que Sofia nunca quisera ver, ela parou à sua frente. "Fiquei sabendo da sua situação." A voz fria de Camila atingiu Sofia como um tapa. "Considerando sua devoção por mim todos esses anos e que agora você está desamparada, posso me casar com você." Mas a facada veio logo em seguida. "Mas saiba que eu e Lucas nos amamos, e mesmo como Sra. da Fazenda, darei filhos a ele." Lucas. Seu primo. O cúmplice. O quebra-cabeça macabro se montou, revelando a ganância dos seus tios e a traição de Camila. O coração de Sofia se esfarelou. Sua devoção por Camila fora a grande tolice de sua juventude, uma alavanca para ser usada no momento mais oportuno. Subindo as escadas, ela ouviu vozes vindas do escritório do pai. "Você realmente disse isso pra ela? Assim, na cara dela? Você é incrível, meu amor." Era Lucas, risonho, com Camila respondendo cheia de desprezo. "Claro que eu disse. Aquela idiota sempre foi louca por mim. É só estalar os dedos. Assim que nos casarmos, a fazenda será nossa. E seus pais podem parar com esse teatrinho de luto e começar a planejar como vamos gastar o dinheiro." Um beijo longo e debochado. A imagem deles, rindo de sua dor e conspirando, foi a gota d' água. A tristeza profunda deu lugar a uma raiva fria, cortante. No espelho, Sofia viu a garota ingênua morrer. Eles a subestimaram. Mas a verdadeira noiva de Sofia já estava a caminho.

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