Quando o Amor Vira Fumo

Quando o Amor Vira Fumo

Gavin

5.0
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Capítulo

Acordei no hospital. O cheiro a desinfetante e a dor no abdómen gritavam: perdi o nosso bebé no incêndio. A minha primeira chamada foi para o Pedro, o meu namorado. Procurava consolo, uma explicação. Mas ele atendeu, exausto e irritado. E, ao fundo, ouvi a voz manhosa da Sofia, a sua "amiga de infância". Ele tinha ignorado os meus gritos, a minha gravidez, para salvar o gato Dela. "É uma pena, mas estas coisas acontecem", ele disse, antes de me chamar "dramática" por chorar a perda do nosso filho. A sua mãe, Dona Helena, ligou-me logo a seguir. Sem um pingo de compaixão, acusou-me de tentar "prender" o filho, de "dramatizar", elogiando sem parar a "coitadinha" da Sofia, que "perdeu tudo". Eu estava destruída, humilhada, sozinha. O incêndio tinha levado o meu filho. E o homem que eu amava? Aquele que devia ser o meu porto seguro? Ele tinha-me abandonado por um gato. Porque é que a minha dor era insignificante para eles? O que eu deveria fazer com tanto desespero? Mas quando voltei aos escombros do nosso apartamento, encontrei uma caixa. Dentro dela, a verdade nua e crua: Anos de fotografias e cartas secretas do Pedro e da Sofia, em Paris, em jantares românticos. A traição dele não começou no incêndio. Ela existia há anos. Naquele momento, a minha dor transformou-se em raiva, fria e calculista. Uma festa de "despedida" seria o palco perfeito. Não para o apartamento. Mas para a verdade. E para o Pedro, para a Sofia, e para todo o mundo ver quem realmente eram.

Introdução

Acordei no hospital. O cheiro a desinfetante e a dor no abdómen gritavam: perdi o nosso bebé no incêndio.

A minha primeira chamada foi para o Pedro, o meu namorado. Procurava consolo, uma explicação.

Mas ele atendeu, exausto e irritado.

E, ao fundo, ouvi a voz manhosa da Sofia, a sua "amiga de infância".

Ele tinha ignorado os meus gritos, a minha gravidez, para salvar o gato Dela.

"É uma pena, mas estas coisas acontecem", ele disse, antes de me chamar "dramática" por chorar a perda do nosso filho.

A sua mãe, Dona Helena, ligou-me logo a seguir.

Sem um pingo de compaixão, acusou-me de tentar "prender" o filho, de "dramatizar", elogiando sem parar a "coitadinha" da Sofia, que "perdeu tudo".

Eu estava destruída, humilhada, sozinha.

O incêndio tinha levado o meu filho.

E o homem que eu amava? Aquele que devia ser o meu porto seguro? Ele tinha-me abandonado por um gato.

Porque é que a minha dor era insignificante para eles? O que eu deveria fazer com tanto desespero?

Mas quando voltei aos escombros do nosso apartamento, encontrei uma caixa.

Dentro dela, a verdade nua e crua:

Anos de fotografias e cartas secretas do Pedro e da Sofia, em Paris, em jantares românticos.

A traição dele não começou no incêndio. Ela existia há anos.

Naquele momento, a minha dor transformou-se em raiva, fria e calculista.

Uma festa de "despedida" seria o palco perfeito.

Não para o apartamento. Mas para a verdade.

E para o Pedro, para a Sofia, e para todo o mundo ver quem realmente eram.

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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