A Vingança da Mulher Rejeitada: O Bebé Perdido

A Vingança da Mulher Rejeitada: O Bebé Perdido

Gavin

5.0
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Capítulo

Quando abri os olhos, o teto estéril do hospital e a dor excruciante na minha barriga lisa foram a minha nova realidade. O cheiro de desinfetante não podia abafar o cheiro a desespero. Eu tinha perdido o meu bebé. Com as mãos a tremer, liguei ao meu marido, Pedro, esperando consolo. Mas a sua voz, outrora cheia de pânico, endureceu ao ouvir a notícia. "Eva, não é altura para piadas. É o aniversário do teu pai, a Sofia organizou uma grande festa!" E então, ao fundo, ouvi a voz da minha meia-irmã, Sofia, a reclamar do bolo de aniversário. O meu pai ligou a seguir, a sua voz tão fria quanto a do Pedro. "Hospital? Que desculpa é essa agora? Não podias ter esperado até amanhã para me dizeres isso? Não contes a ninguém, vai estragar o ambiente!" O choque de ver a minha dor e a morte do meu filho serem reduzidas a um mero inconveniente era esmagador. O homem com quem me casei e o meu próprio pai valorizavam mais uma festa do que a vida do meu bebé. Enquanto eu jazia na cama de hospital, dilacerada pela dor física e emocional, eles preocupavam-se em não estragar o seu "dia perfeito". Como podia a minha perda ser menos importante que um bolo? Menos importante que o orgulho deles? A minha dor transformou-se em fúria. Eles queriam que eu desaparecesse? Queriam que a minha tragédia fosse ignorada para manter as aparências? Se eles queriam uma cena, eu ia dar-lhes a melhor que já viram. Eu ia destruir a sua festa perfeita.

Introdução

Quando abri os olhos, o teto estéril do hospital e a dor excruciante na minha barriga lisa foram a minha nova realidade.

O cheiro de desinfetante não podia abafar o cheiro a desespero.

Eu tinha perdido o meu bebé.

Com as mãos a tremer, liguei ao meu marido, Pedro, esperando consolo.

Mas a sua voz, outrora cheia de pânico, endureceu ao ouvir a notícia.

"Eva, não é altura para piadas. É o aniversário do teu pai, a Sofia organizou uma grande festa!"

E então, ao fundo, ouvi a voz da minha meia-irmã, Sofia, a reclamar do bolo de aniversário.

O meu pai ligou a seguir, a sua voz tão fria quanto a do Pedro.

"Hospital? Que desculpa é essa agora? Não podias ter esperado até amanhã para me dizeres isso? Não contes a ninguém, vai estragar o ambiente!"

O choque de ver a minha dor e a morte do meu filho serem reduzidas a um mero inconveniente era esmagador.

O homem com quem me casei e o meu próprio pai valorizavam mais uma festa do que a vida do meu bebé.

Enquanto eu jazia na cama de hospital, dilacerada pela dor física e emocional, eles preocupavam-se em não estragar o seu "dia perfeito".

Como podia a minha perda ser menos importante que um bolo? Menos importante que o orgulho deles?

A minha dor transformou-se em fúria.

Eles queriam que eu desaparecesse? Queriam que a minha tragédia fosse ignorada para manter as aparências?

Se eles queriam uma cena, eu ia dar-lhes a melhor que já viram.

Eu ia destruir a sua festa perfeita.

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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