O Martelo e o Fim

O Martelo e o Fim

Gavin

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Capítulo

O martelo do juiz ecoou, pondo fim ao meu mundo. "Custódia concedida integralmente ao pai, senhor Lucas Almeida." Eu, Ana Beatriz, uma mãe e estilista dedicada, vi a alegria no rosto do meu ex-marido e o sorriso discreto do meu irmão e advogado, Ricardo. Meu filho, Pedro, de apenas cinco anos, olhou para mim com os olhos cheios de confusão, sendo arrancado dos meus braços. As acusações pesavam no ar: mãe irresponsável, viciada em trabalho, negligenciando meu próprio filho. Com provas forjadas pelo meu próprio irmão, perdi tudo: meu filho, minha reputação, minha vida. A dor foi tão profunda que meu corpo cedeu, e a escuridão me engoliu. Mas então, um zumbido agudo, luzes fortes, e o cheiro de antisséptico invadiram meus sentidos. Abri os olhos e vi minha mãe, mais jovem, ao meu lado. "Ana, você acordou! Graças a Deus!" Ela me disse que eu havia desmaiado no meio da audiência. Audiência? Corri para pegar o celular e a data na tela me fez gelar: era o dia do julgamento. Eu não morri. Eu voltei, para o exato momento em que meu inferno começou. Uma segunda chance? Lágrimas quentes escorreram, não de tristeza, mas de uma fúria fria. A porta se abriu, e Lucas e Ricardo entraram, com suas máscaras de falsa preocupação. "Não me toque," minha voz saiu gelada, irreconhecível. "O que deu em você?" Ricardo perguntou, chocado. "Eu já sei a decisão," eu disse, olhando diretamente para ele. Eles tentaram me convencer de que eu estava delirando, paranoica. Mas desta vez, eu sabia exatamente o que eles fizeram. "Estou falando das 'provas' que você magicamente encontrou, Ricardo. As fotos editadas. Os testemunhos comprados. E estou falando do dinheiro que você recebeu de Lucas para me destruir no tribunal." O pânico surgiu em seus olhos. "Nesta vida, as coisas serão muito diferentes." "Eu desisto da custódia do Pedro." O choque em seus rostos foi impagável; eles esperavam desespero, não estratégia. "Eu vou expor cada mentira. Vou pegar meu filho de volta. E você, irmão, você vai se arrepender de ter nascido." Deixei-os paralisados no quarto do hospital, uma Fênix renascendo das cinzas.

Introdução

O martelo do juiz ecoou, pondo fim ao meu mundo.

"Custódia concedida integralmente ao pai, senhor Lucas Almeida."

Eu, Ana Beatriz, uma mãe e estilista dedicada, vi a alegria no rosto do meu ex-marido e o sorriso discreto do meu irmão e advogado, Ricardo.

Meu filho, Pedro, de apenas cinco anos, olhou para mim com os olhos cheios de confusão, sendo arrancado dos meus braços.

As acusações pesavam no ar: mãe irresponsável, viciada em trabalho, negligenciando meu próprio filho.

Com provas forjadas pelo meu próprio irmão, perdi tudo: meu filho, minha reputação, minha vida.

A dor foi tão profunda que meu corpo cedeu, e a escuridão me engoliu.

Mas então, um zumbido agudo, luzes fortes, e o cheiro de antisséptico invadiram meus sentidos.

Abri os olhos e vi minha mãe, mais jovem, ao meu lado.

"Ana, você acordou! Graças a Deus!"

Ela me disse que eu havia desmaiado no meio da audiência.

Audiência?

Corri para pegar o celular e a data na tela me fez gelar: era o dia do julgamento.

Eu não morri.

Eu voltei, para o exato momento em que meu inferno começou.

Uma segunda chance?

Lágrimas quentes escorreram, não de tristeza, mas de uma fúria fria.

A porta se abriu, e Lucas e Ricardo entraram, com suas máscaras de falsa preocupação.

"Não me toque," minha voz saiu gelada, irreconhecível.

"O que deu em você?" Ricardo perguntou, chocado.

"Eu já sei a decisão," eu disse, olhando diretamente para ele.

Eles tentaram me convencer de que eu estava delirando, paranoica.

Mas desta vez, eu sabia exatamente o que eles fizeram.

"Estou falando das 'provas' que você magicamente encontrou, Ricardo. As fotos editadas. Os testemunhos comprados. E estou falando do dinheiro que você recebeu de Lucas para me destruir no tribunal."

O pânico surgiu em seus olhos.

"Nesta vida, as coisas serão muito diferentes."

"Eu desisto da custódia do Pedro."

O choque em seus rostos foi impagável; eles esperavam desespero, não estratégia.

"Eu vou expor cada mentira. Vou pegar meu filho de volta. E você, irmão, você vai se arrepender de ter nascido."

Deixei-os paralisados no quarto do hospital, uma Fênix renascendo das cinzas.

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Romance

5.0

Meu maior arrependimento nesta vida foi amar Ricardo Almeida, meu padrinho e o melhor amigo dos meus pais. Ele me acolheu quando fiquei órfã aos dez anos e prometeu me proteger, ser como uma filha. Eu o amava secretamente, o via como meu porto seguro. Cheguei a doar parte do meu fígado para salvá-lo de um acidente terrível. Mas um beijo meu, dado em um impulso adolescente enquanto me recuperava da cirurgia, mudou tudo. Seus olhos, antes quentes, tornaram-se frios como gelo, e suas palavras raras e cortantes. Então, Laura Bastos, sua noiva, surgiu, uma "dama de porcelana", mas seus rins falharam e eu era a única compatível. Ele, novamente, me pressionou para doar. Eu recusei, meu corpo ainda exausto da doação anterior. Laura morreu. E a vingança de Ricardo foi um pesadelo indizível. Ele expôs meu diário íntimo, me drogou, permitiu que outros homens me violassem, chamando-me de "suja" com nojo. Por fim, em um acesso de fúria cega, ele me esfaqueou, e eu morri em seus braços. Meu último suspiro foi um lamento silencioso. A dor lancinante da facada, a humilhação pública e a traição... tudo tão vívido. Como pude ser tão tola? Como o homem que jurei amar pôde ser tão cruel? Abri os olhos. O cheiro de antisséptico invadiu minhas narinas. A luz fluorescente do hospital feria minha vista. E lá estava ele, Ricardo, ao lado da minha cama, repetindo o mesmo pedido com a voz que me amaldiçoou: "Laura precisa de você. Por favor, salve a vida dela." Eu renasci. Voltei ao momento crucial. Desta vez, aquele amor idiota estava morto e enterrado. Minha liberdade seria minha única moeda de troca.

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