Por três anos, fui a esposa de contrato de Vítor Ramos, o homem que eu amava. Suportei sua frieza e desprezo, esperando que um dia ele finalmente me enxergasse. Mas na festa da nossa empresa, a apenas três dias do fim do nosso acordo, ele me humilhou publicamente ao apresentar sua nova namorada, Eloá. Ele não só exibiu seu novo romance, como me culpou quando sua amante não conseguiu entender os complexos rituais da nossa aliança de companheiros. "Olha o que você fez, Karla! Você a deixou em pânico!", ele gritou, enquanto Eloá fingia chorar em seus braços. Naquele instante, meu amor se transformou em um vazio gelado. Ele esperava que eu implorasse, mas encontrou apenas meu silêncio. Ele havia esquecido que nosso tempo juntos tinha um prazo de validade. Quando ele tentou me dar ordens uma última vez, eu o desafiei e saí. Agora, não sou mais a esposa submissa. Sou a caçadora que ele nunca soube que existia, e estou a caminho do campeonato que vai abalar seu mundo.
Por três anos, fui a esposa de contrato de Vítor Ramos, o homem que eu amava. Suportei sua frieza e desprezo, esperando que um dia ele finalmente me enxergasse.
Mas na festa da nossa empresa, a apenas três dias do fim do nosso acordo, ele me humilhou publicamente ao apresentar sua nova namorada, Eloá.
Ele não só exibiu seu novo romance, como me culpou quando sua amante não conseguiu entender os complexos rituais da nossa aliança de companheiros.
"Olha o que você fez, Karla! Você a deixou em pânico!", ele gritou, enquanto Eloá fingia chorar em seus braços.
Naquele instante, meu amor se transformou em um vazio gelado. Ele esperava que eu implorasse, mas encontrou apenas meu silêncio. Ele havia esquecido que nosso tempo juntos tinha um prazo de validade.
Quando ele tentou me dar ordens uma última vez, eu o desafiei e saí. Agora, não sou mais a esposa submissa. Sou a caçadora que ele nunca soube que existia, e estou a caminho do campeonato que vai abalar seu mundo.
Capítulo 1
Karla POV:
Vítor Ramos, o homem que eu amei por três anos, estava me humilhando publicamente, apresentando sua nova namorada na festa de nossa empresa, ignorando que nosso casamento era apenas um contrato prestes a expirar e que, em breve, ele não teria mais poder sobre mim.
Eu o via, no centro do salão, com um sorriso que nunca me dedicou verdadeiramente. Ele acreditava que meu amor era uma garantia, um pilar inabalável em sua vida. Mas o pilar estava corroído. Ele nunca soube, ou talvez preferisse não saber, que nosso casamento era apenas um pedaço de papel. Um contrato de três anos, e o tempo estava se esgotando.
Por três longos anos, Vítor me desprezou. Ele me tratava como um acessório, uma figura decorativa para suas funções sociais. Eu engolia cada palavra áspera, cada olhar de desdém. Pensava que, um dia, ele veria a mulher por trás da fachada. Pensava que o amor que eu sentia por ele poderia, de alguma forma, quebrar suas barreiras de arrogância. Eu estava errada.
Ele esqueceu a essência do nosso acordo. Esqueceu que havia um prazo de validade para a minha presença em sua vida. Para ele, eu era apenas a esposa vinda de uma origem humilde, que deveria se sentir grata por tudo. Ele nunca considerou que eu poderia ter uma vida fora da sombra dele. Ele nunca procurou saber.
O fim do contrato se aproximava. Faltavam apenas três dias. Três dias para a minha liberdade. Três dias para o meu renascimento.
A música preenchia o salão, mas para mim, era um zumbido distante. Meus olhos estavam fixos em Vítor, que agora segurava a mão de uma mulher esguia e loira. Eloá Sodré. A socialite. A "nova namorada" que ele fazia questão de exibir. A festa da empresa, o último evento que eu, Karla Novais, organizaria, transformou-se em uma celebração do novo romance dele.
Eloá se aninhava ao lado de Vítor, os dedos dela entrelaçados nos dele. Os olhos dela brilhavam com uma falsidade que eu conseguia sentir à distância. Para qualquer um, eles pareciam o casal perfeito: ele, o CEO poderoso, e ela, a socialite elegante. Para mim, era um espetáculo patético.
Dei um passo à frente, movendo-me através da multidão com uma calma que eu não sentia, mas exibia como uma armadura. Eu precisava ir até lá. Era meu dever como anfitriã, mesmo que o evento fosse uma farsa.
Quando me aproximei, Eloá levantou o olhar. Os lábios dela se curvaram em um sorriso, mas os olhos, ah, os olhos dela brilhavam com um triunfo cruel. Ela levou uma das mãos aos cabelos, enrolando uma mecha sedosa em volta do dedo, um gesto calculado para chamar atenção.
Então, ela virou a mão, exibindo um anel cintilante no dedo anelar. Não era o anel que Vítor me deu. Era maior, mais chamativo, parecendo gritar: "Eu sou a substituta! Eu venci!" O brilho da joia parecia zombar da minha própria aliança.
O olhar de Eloá me desafiava. Uma provocação silenciosa. Ela esperava que eu reagisse, que eu desmoronasse ali mesmo, na frente de todos. Ela esperava a mulher chorosa e fraca que Vítor acreditava que eu fosse.
Mas a única coisa que eu senti foi uma estranha calma. Uma paz gelada. Não havia espaço para raiva, nem para tristeza. Aquelas emoções haviam sido gastas ao longo dos três anos de desprezo.
Eu estendi a mão, segurando um pequeno cartão com o cronograma detalhado da noite. Meus dedos não tremeram quando o entreguei a Vítor.
"O próximo passo da cerimônia, Vítor," minha voz saiu suave, sem um pingo de emoção. Ele me olhou, surpreso pela minha indiferença.
Então, sem esperar por uma resposta, eu me virei. Sem olhar para trás, sem uma hesitação. Deixei para trás a luz artificial, a música alta, os olhares curiosos e as risadas vazias.
O contrato. A palavra ecoava na minha mente, um mantra de liberdade. Era a única coisa que importava agora. A única coisa que me mantinha de pé. Eu não estava mais ligada a ele. Nunca estive, de verdade. Era um acordo. Que logo seria desfeito.
Vítor havia encontrado a parceira "adequada" para ele. Perfeito. Isso significava que eu estava livre. Livre da fachada, das expectativas, da humilhação diária. Uma onda de alívio, vasta como o oceano, me lavou por dentro.
Cheguei à mansão que dividíamos, um lugar que nunca se sentiu como um lar. O silêncio era um bálsamo. Eu subi as escadas, meus passos ecoando no corredor vazio. A porta do meu quarto se abriu para o meu santuário particular.
Comecei a empacotar minhas coisas. Não havia muito. A maioria dos meus pertences originais permaneceu na pequena casa dos meus pais. Aqui, eu tinha apenas o essencial, e alguns presentes que ele me dera por obrigação, que eu agora via com olhos vazios.
Três anos. Três anos da minha vida. Eu suspirei, sentindo o peso do tempo. Parecia uma eternidade, mas ao mesmo tempo, foi um sopro.
Meus olhos pousaram na parede. Lá estavam elas, as fotos. Fotos de eventos corporativos, de viagens de negócios, de festas de gala. Momentos que eu havia organizado, planejado, executado com perfeição. Meu trabalho. Meu esforço invisível.
Havia uma, em particular, que capturou minha atenção. Uma foto da nossa cerimônia de casamento. Nossos rostos estavam próximos, nossos sorrisos forçados. Eu, com um brilho de esperança nos olhos, que agora me parecia tolo. Ele, com a mesma expressão arrogante de sempre.
Por um breve momento, uma pontada de algo que eu pensei ser tristeza me atingiu. Mas não era tristeza. Era apenas o eco de uma fé ingênua que eu um dia tive. Um eco distante, quase imperceptível. Eu estava pronta para arrancar tudo.
Eu levantei a mão para a primeira foto, a palma da minha mão roçando a moldura de prata. A imagem de um evento de caridade, onde Vítor mal se dignou a aparecer. Eu organizei tudo sozinha, desde a lista de convidados até a decoração floral. Ele me deu um aceno de cabeça e um "bom trabalho" vazio no final. Eu agarrei a foto e a puxei. O som do papel rasgando foi música para meus ouvidos. Uma por uma, eu as arranquei.
A cada foto que caía, um pedaço do passado se desprendia de mim. Eu não era mais a Karla que buscava sua aprovação. Eu não era mais a Karla que esperava por seu amor. Eu era apenas Karla. Livre. Faltava apenas um.
Eu o encarei. Nossos olhos se encontraram na fotografia, os meus cheios de uma esperança inocente, os dele, distantes e vazios. Ele nunca me viu de verdade. Nunca viu a mulher que eu era, a mulher que eu poderia ser. Eu puxei a última foto. Ela rasgou com um som seco, caindo no chão com o resto das memórias despedaçadas.
Nesse exato momento, uma voz ecoou em minha mente. Uma voz furiosa, carregada de frustração, que eu conhecia tão bem.
Karla! Por que você não me avisou que a ativação da nossa aliança de companheiros precisaria de tanto ritual? Eloá está completamente confusa com a complexidade!
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