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Capítulo

Olá, menina! - Charlotte me cumprimenta.. Ela é a governanta do castelo e, depois da família real, é quem comanda todos os funcionários, exceto a segurança, pois já existe alguém especializado responsável por isso. - Estou ansiosa. Sei que o rei vai mandar fazer um festão para Benjamin, então quero dar meu presente adiantado para ele. - Ela sorri. - Oh, sim! Se a rainha fosse viva, seria maravilhoso - murmura. A rainha morreu há exatos cincos anos e a morte dela ainda é algo duro de se comentar. - Eu só vim buscar a bandeja que deixei pronta para ele - explico para Charlotte, que balança a cabeça, concordando. Ando até o balcão, pego a bandeja e, antes de sair da cozinha, a escuto dizer: - Não se esqueça que Benjamin, agora, é um homem comprometido e que o rei a tem como uma filha. Não vê maldade em algo que noto há anos. - Ignoro suas palavras e saio; caminho até chegar em frente à porta do quarto de Benjamin. Sim, eu sou "adotada". Meus pais trabalharam para a família real e, quando fiquei órfã, o rei Ben me acolheu. Hoje, se estudei nas melhores escolas, foi graças a ele e lhe sou muito grata. Mas, infelizmente, ninguém manda no coração. - Voltei! Trouxe seu café. Eu estava aqui mais cedo. Para falar a verdade, eu passei a noite aqui. Sei que a minha atitude e a de Benjamin não é a mais inteligente e muito menos justa, mas nos amamos e, por mais que eu tenha tido a mesma educação que ele, isso não me torna alguém da realeza... E o rei quer alguém do mesmo nível social para casar-se com seu filho. - Querida, não precisava - murmura, ainda sonolento. - Mas hoje é um dia especial. Está completando vinte anos. Assim que coloco a bandeja em cima da mesinha, Benjamin me puxa para si e caímos na cama. Ele me enche de beijos e eu sorrio feito uma boba. - Cuidado! O rei pode chegar a qualquer momento e se nos vir assim, vai sobrar para mim. Sabe que... - Eu sei. Mas logo isso vai acabar. Vou conversar com meu pai sobre nós dois e explicar que nos amamos. - Arregalo meus olhos. - Benjamin, ultimamente seu pai não tem andado de bom humor. Temos de reconhecer o fato de que ele nunca vai aceitar isso. Ele te quer casado com a Gabriela... - Mas eu não a amo. Só aceitei esse relacionamento porque ele insistiu e eu jamais imaginaria que poderia me apaixonar por você. - Nem eu - redargui. - Eu te amo, Júlia - ele beija meus lábios. - Eu também te amo, Benjamin.

Capítulo 1 O alfa

a minha vida tudo foi difícil para conseguir. Desde os meus 5 anos de idade tive de lutar para sobreviver, pois foi nessa idade que perdi meus pais. Uma das poucas lembranças que tenho deles é exatamente do dia

em que me deixaram. Antes de tudo acontecer, eles prometeram que nunca me abandonariam. Como meus pais morreram? Para falar a verdade, eu não sei bem como, foi tudo muito confuso e ninguém me explicou nada. Eu era pequena demais e não tinha mais nenhum parente vivo. Tive de ir para um orfanato. A única coisa que soube foi que meus pais foram enterrados sem cerimônia. Foram enterrados e pronto.

Se a morte deles ainda dói? Claro que sim! Porque se eles não tivessem morrido eu não teria sofrido o tanto que sofri até dois anos atrás.

Hoje, aos dezenove anos, já passei por tanta coisa que daria até para escrever um livro. Já fui espancada, quase estuprada, já matei e fui parar em um reformatório. Sim, já matei. Mas eu não tive escolha e Deus que me perdoe, mas não me arrependo disso nem um pouco. O que faço da vida hoje? Eu era faxineira de uma casa de strip, e agora que sou maior de idade, trabalho como dançarina. Não me envergonho porque não estou fazendo nada de errado. Não me prostituo; primeiro porque é proibido aqui na boate Hiz's e também porque ninguém aqui tem coragem. Pelo menos eu não tenho.

Há dois anos o dono da boate, o senhor Hiz, me tirou das ruas e, se não fosse por ele, eu teria sido estuprada. Eu tinha dezessete anos quando fui morar com ele; no começo tive medo porque ele era um desconhecido e poderia estar se aproveitando, mas, quando cheguei em sua casa, conheci a mulher dele, Jena, e o filho deles, Pedro, que agora está com dez anos de idade e é uma fofura. Ele é como meu irmão mais novo. Vivo com eles, que me tratam como uma filha.

Três meses atrás consegui um estágio em uma empresa muito importante. Ganho um dinheiro bom, que estou juntando para comprar uma casa. Não quero viver às custas dos outros a vida toda. Hiz é uma ótima pessoa, assim como sua família, mas às vezes me sinto uma intrusa por estar usufruindo das coisas deles, mesmo que ele insista para que eu não me sinta assim. Eu poderia largar meu emprego de dançarina na boate, mas amo dançar. A dança me distrai e me ajuda a equilibrar a mente, me faz esquecer um pouco do mundo à minha volta e do meu passado por alguns minutos.

Hoje é segunda-feira, dia em que pela manhã vou para a faculdade de Administração e à tarde tenho estágio. Sou secretária da secretária do dono da empresa. Estranho, não? Tenho sorte de a Abby ser um amor de pessoa e também ser sobrinha do senhor Hiz. O resto das mulheres daquela empresa são todas um bando de vacas interesseiras. Várias vezes cansei de ouvir gemidos vindos da sala do senhor Adam Lavisck. Ele é lindo, um deus grego, mas o que tem de bonito tem de arrogante, cafajeste, metido e mulherengo. Cada dia é uma mulher diferente que entra naquela sala. Eu acho incrível como elas não se tocam que ele só vai querer uma foda de minutos e depois tchau. Bando de burras.

Me arrumo e opto por uma saia-lápis cinza, acima dos joelhos, e uma blusa branca de manga comprida, saltos pretos com o solado vermelho. Prendo meu cabelo loiro-escuro em um rabo de cavalo alto e como odeio maquiagem, não uso. Checo minha bolsa e meu material da faculdade e já estou pronta. Quando chego à cozinha, vejo Hiz, Pedro e Jena tomando café, o que me faz olhar no relógio e me dar conta de que estou superatrasada. Tenho de estar na faculdade às 08h30 e já são 08h20. Demoro vinte minutos até chegar lá de ônibus.

- Bom dia, família! Tchau, família! - cumprimento-os correndo, pronta, e sigo em direção à porta.

- Bel, não vai tomar café? Ontem você não jantou - Jena fala.

- Prometo comer algo na rua, mas agora preciso ir.

- É bom comer mesmo. Vou ligar para Abby e perguntar se você comeu algo enquanto trabalhava, mocinha. - Vou até Hiz e dou um beijo em sua bochecha. Ele é como um pai para mim, assim como Jena é como uma mãe. Eu os amo muito.

- Pode deixar, Hiz. Sabe que se tem uma coisa nesse mundo que adoro fazer é comer. - Jena ri.

- Nunca vi uma pessoa comer como ela. Parece ter mais de um estômago. - Pedro diz e eu lhe mostro a língua.

Nossa, que mulher madura eu sou, pensei.

- Sei que vocês me amam muito, mas realmente preciso ir. Até mais tarde. - Saio de casa e como o ponto de ônibus é logo ao lado, fica mais fácil para a atrasadinha aqui.

As aulas passam voando. Gosto desse curso, mas minha paixão sempre foi a escrita. Amo ler e escrever, e se Deus quiser, um dia serei uma grande escritora. Só estou nele mesmo por causa do estágio, meu patrão exige que os estagiários tenham feito ou estejam fazendo Administração.

Quando saio do curso, olho no meu celular e percebo que já está na hora do almoço e como não comi nada, é melhor parar e comer algo. Vou até a lanchonete que fica perto da faculdade de Seattle, a melhor da cidade, entro e peço um hambúrguer enorme e um copo gigante de refrigerante. Não me levem a mal, mas amo comer, ainda mais se for besteiras. Não tenho essa de que "não como isso" ou "aquilo" para não engordar. Na verdade, acho que sou magra de ruim, pois como demais e não surte efeito algum. Acho que eu tenho um buraco negro no estômago.

Quando saio da lanchonete estou três minutos atrasada para meu estágio. A empresa Lavisck fica a uma quadra daqui e vou sempre andando, só que desta vez vou correndo mesmo.

Chego feito uma desesperada na empresa e pedindo aos céus para que não notem meu atraso. Corro em direção ao elevador, ignorando os olhares e falatórios das pessoas. Acho que esse elevador está de sacanagem com a minha cara. Três minutos depois e estou no vigésimo andar, o último. Corro até a sala de Abby, entro quase caindo e ela me olha com aquele olhar tipo "onde você estava, rapariga?". Coloco um sorriso cínico no rosto e com a maior cara de pau digo:

- Abbynha, meu amor... Vamos ao trabalho. - Me acomodo em minha mesa, que fica na sala de Abby.

A sala é grande o suficiente para nós duas, com duas paredes brancas

e uma em um tom acinzentado, a outra parede é toda feita de vidro espelhado, nos dando uma perfeita visão do centro de Seattle.

- Pode me explicar o porquê desse atraso? - Questiona ela, me encarando com direito a mão na cintura e tudo.

- Me desculpe, Abby. Acontece que esse final de semana foi puxado lá na boate. - Recosto na cadeira.

- Bel, olha... Você deveria largar esse emprego. Não sei como Hiz ainda não tirou você daquele lugar. Você não precisa disso... - Me chama a atenção e eu detesto quando ela diz essas coisas.

- Abby, não adianta, eu gosto de dançar! Hiz por várias vezes pediu que eu saísse, mas não dá. A dança me ajuda e você sabe que preciso de algo para me distrair. Hiz também sabe e por isso parou de insistir. Não acho nada de errado, afinal, não é nenhum crime que estou cometendo - digo cansada.

- Tudo bem! Desculpe, é que fico com medo de alguém daqui descobrir isso e te julgar. Você sabe que muitas dessas mulheres são vistas como prostitutas, o que na maioria das vezes não é verdade. - O que é fato, já vi muitas serem humilhadas por isso.

- Eu tomo cuidado. Sempre uso uma máscara para ninguém me reconhecer e ainda por cima a iluminação de lá dificulta enxergar direito as feições de quem está no palco.

- Está bem. Mas cuidado, viu?! - pede, se senta e começa a mexer nos papéis.

- Pode deixar - concordo olhando para o computador, checando e- mails e documentos.

Abby é uma morena dos olhos castanhos, cabelo escuro e lábios carnudos, muito bonita, que chama a atenção por onde passa. Ela é como a irmã que nunca tive.

- Isabel, preciso que vá até a sala do senhor Lavisck e leve alguns contratos que ele tem de avaliar e assinar. - Assinto, pego os papéis e quando já estou na porta, ela diz:

- Não arrume confusão, por favor. - Sorrio e saio da sala.

Abby me conhece. Sabe que sou bem atrevida, mas sei ser educada

quando são comigo.

Antes de entrar, bato na porta e escuto um "entre". Avisto o senhor Lavisck sentado em sua cadeira, com a atenção voltada para o computador.

- Com licença. Vim trazer alguns contratos para o senhor avaliar e assinar. Eles já foram avaliados por Abbygrey e está tudo certo, mas ela pediu para o senhor dar uma olhada e conferir se está tudo nos padrões. - Tento parecer o mais profissional possível.

- Onde está a senhorita Butter? - Ele pergunta sem me olhar. Que falta de educação!

- Ela está muito atarefada, organizando suas reuniões e viagens, como o senhor pediu - respondo calmamente.

- E você, quem é? - fala, agora me olhando.

Como pode uma pessoa não saber quem trabalha para ele?

- Isabel Mitchell. Sou estagiária aqui e ajudo a Abbygrey. - Estou a um fio de perder a paciência.

- Mitchell? Seu sobrenome é Mitchell? - indaga surpreso.

- Sim, senhor. - Além de irritante, é surdo.

- Saia da minha sala. - Ele é ríspido e me deixa confusa. O que eu fiz agora?

- Mas senhor, eu não fiz nada...

- Já mandei você sair daqui. É surda? - Filho da mãe.

- Idiota. - Saio e vou bufando até a sala de Abby, lá dou de cara com Carlos.

Carlos é vice-presidente da LAVISCK'S MARKETING E INVESTIMENTOS e irmão do chato do Adam. Ele é um amor de pessoa, diferente do "senhor simpatia".

- O que foi, loirinha? - pergunta Carlos, me olhando preocupado.

Ele sempre me chama assim. O considero como um irmão, mesmo com o pouco tempo de convivência. Carlos é lindo, um homem alto e bem forte, de pele clara e olhos verdes, cabelo castanho-escuro e tem covinhas. As

mulheres daqui babam por ele, mas ele já tem dona e ela está nessa sala. Não sou eu e sim Abbygrey, que detesta esse nome. Eles namoram, mas ninguém aqui sabe, somente eu.

- O seu irmão - respondo com desdém.

- O que você fez dessa vez, Bel? - Por que sempre sou eu que faço

algo?

- Não fiz nada. Ele surtou quando falei meu sobrenome e me

mandou sair da sala dele. Ele é um idiota - digo completamente irritada.

- Não fica assim. Meu irmão não é a melhor pessoa do mundo, mas esses dias ele tem andado meio estressado. - Tenta defender seu irmão.

- Seu irmão é um imbecil que não sabe tratar as pessoas bem. O Lavisck é um arrogante, chato, cretino, irritante e... - Paro de falar assim que percebo que a atenção de Abby e Carlos estão voltadas para alguma coisa atrás de mim. Abby está com olhos arregalados e engulo seco na hora. - Ele está bem atrás de mim, não está? - pergunto e os dois balançam a cabeça dizendo que sim.

- Na minha sala agora, senhorita Mitchell! - Ele fala tão perto que sinto seu hálito quente em meu ouvido, me arrepiando toda. Nossa, que estranho!

- Está bem. - O sigo até a sua sala e vários pensamentos me vêm à

mente.

Droga! Vou ser demitida e não conseguir a minha tão sonhada casa.

Merda! Como sou burra.

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Romance

5.0

tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

Inocência com sedução

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Romance

5.0

O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".

Luxúria por uma noite

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Romance

5.0

Ela não conseguia decidir. Quando ele estava entre suas pernas, gemendo seu nome, ela não se importava. Sua mãe sempre a advertiu sobre homens como ele. O - bad boy. - O cara que vai te foder e te esquecer em um piscar de olhos. Mas quando você se apaixona por alguém, as coisas raramente são simples. Eles estavam fazendo amor ou apenas fodendo intensamente um ao outro? Ela só tinha certeza de uma coisa. Ela aproveitaria cada segundo com ele. ... e aguentaria cada centímetro. Kara: Não acredito que estou fazendo isso Kara: Estou com tanto medo, Meg Megan: Kara Megan: pense bem nisso!!! Megan: e se Max disser não?! Kara: Eu tenho que tentar Kara: Tô cansada de esconder a verdade Megan: ok... Megan: não importa o que aconteça... Megan: eu te amo. Kara: (emoji de coração) Kara: Eu sei, Meg Kara: Vamos torcer para que Max sinta o mesmo KARA Kara entregou sua carteirinha de estudante ao funcionário da universidade. Prendeu a respiração e olhou para o refeitório, onde sabia que encontraria Max. Mesmo tendo pago pela refeição, agora a comida era a última coisa na mente de Kara. Ela estava prestes a dizer a Max, seu melhor amigo desde o primeiro ano, que sentia algo por ele. Talvez fosse só um crush. Talvez fosse algo mais. Mas Kara sabia de uma coisa com certeza - ela estava cansada de esconder isso. Desde que Max voltou para Minnesota, depois de estudar um período fora do estado na Universidade do Texas, ela estava tentando encontrar uma maneira de dizer a ele. Deveria tentar algum grande gesto romântico? Ou deixá-lo dar o primeiro passo? E se ele não sentisse o mesmo por ela? Kara finalmente decidiu que usaria suas palavras. Ela só esperava que finalmente tivesse coragem suficiente para fazer isso. Quando entrou no refeitório, cheio de estudantes universitários desnutridos, ela logo o avistou. Aff. O menino era lindo. Um grande sorriso travesso, olhos castanhos comoventes e um corpo atlético, embora um tanto compacto - ele era tudo que Kara sempre quis. Seu - Cara Certo. - Seu cavaleiro de armadura brilhante. O escolhido. Ela acenou para ele e ele sorriu, acenando de volta. Aqui vai, ela pensou.

Faminto e sedento

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Romance

5.0

- Está morto? - Ouço uma voz perguntar, mas ela parece vir de muito longe. - Quase, mas ainda respira. O que quer que eu faça com ele? Posso acabar com a agonia do garoto com uma única bala. - Não. Valorizo a lealdade. Ele foi contra o próprio pai para proteger a Organização. Esse aí entendeu que a Irmandade[4] está acima da família. - Dizem que ele é meio maluco. - Quem de nós não é? De qualquer modo, o rapaz é corajoso. Não é qualquer um que enfrentaria um avtoritet[5] para cumprir com seu dever de lealdade ao Pakhan[6]. - Não costuma ser tão generoso, Papa[7]. Alguns diriam que um fruto nunca cai longe da árvore. E se for como o pai? - Nesse caso, por que não permitiu que o maldito seguisse com o plano para me matar? Não, o menino é água de outra pipa. E o que estou fazendo não tem a ver com generosidade, mas com pensar no futuro. Conto nos dedos de uma mão quantas pessoas morreriam realmente por mim e por minha família. É mais novo do que os meus netos. Um dia, Yerik e Grigori[8] vão estar no comando e precisarão de homens de verdade ao lado deles. Eu acho que eles continuam conversando, mas não tenho certeza. Acordo e perco a consciência várias vezes. Entretanto, entendo que o Pakhan acha que eu fiz o que fiz por ele, mas não foi. Minha decisão não teve nada a ver com alguém, mas com algo. Regras. É por elas que eu vivo. Eu nunca as quebro. Elas são o meu verdadeiro deus, muito acima do que as pessoas chamam de sentimentos ou emoções. Não tenho amor e nem raiva dentro de mim. Não consigo entender esses conceitos, já as regras, são simples: siga-as ou quebre-as. Há sempre somente duas escolhas. Preto ou branco. O cinza é uma impossibilidade e também uma desculpa para quem não consegue se manter fiel à sua palavra. Não me ofendo com xingamentos ou me dobro à tortura. Não temo a morte e nem sinto medo de nada, a não ser ter minha vida fora de padrões que estabeleci. Eu preciso dos padrões e os procuro em qualquer lugar. Quando descobriu essa minha habilidade de pensar em cem por cento do tempo de forma lógica, meu pai usou-a por muito tempo em seu trabalho na Organização. O que ele não entendeu, é que essa não era apenas uma característica minha, mas quem sou. Em tudo, todas as áreas da minha vida, busco padrões. É assim que consigo compreender o mundo ao meu redor. Foi assim que descobri a traição dele. Ele não estava somente roubando, planejava entregar o Pakhan nas mãos dos inimigo e isso desordenaria meu plano de continuar servindo à Organização. Atrapalharia as entregas de carregamentos de armas, cujas rotas calculei com precisão matemática. Traria um novo chefe para a Irmandade, que talvez quisesse modificar a planilha de lucro. Iniciar guerras desnecessárias. Eu odeio mudanças. Qualquer alteração me desestabiliza. Até mesmo uma solução alternativa para mim, tem que ser analisada de antemão. Tusso e me sinto sufocar. O ar está impregnado com uma mistura esquisita. Um dos odores é sangue, eu sei. Estou acostumado a esse cheiro desde pequeno. Aos treze anos, matei pela primeira vez. Uma ideia destorcida do meu pai para que eu fosse iniciado dentro da Organização. O outro odor, acredito que seja álcool, então acho que devo estar em um hospital. Eu não me importo, só quero ficar curado. Preciso que me costurem para que eu possa seguir com o meu trabalho. Se demorar muito, vai atrapalhar meu cronograma e eu não tolero imprevistos.

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