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Capítulo

O que o ser humano é capaz de fazer por amor? O que você faria se tivesse um grande amor no passado, e vocês fossem obrigados a se separar? Marina Martins, uma jovem mulher de vida difícil que se vê perdida quando foi obrigada a terminar com o seu grande amor, Guilherme Campos, que não sabia, mas, quando a sua amada foi embora, ela havia lhe dado um presente, fruto dessa paixão. Após anos morando nos Estados Unidos desde que sua filha sumiu misteriosamente, ela resolve retornar para São Paulo, sua cidade natal, com um novo namorado. O que poderia acontecer se ela reencontrasse com seu grande amor? Segredos guardados a sete chaves começam a ser revelados. Será esse o fim de duas pessoas que se amam, ou talvez, possa ser um recomeço?

Capítulo 1 Até onde ir por amor

Capítulo 01

Marina Martins

Minha imagem no espelho só reflete uma pessoa triste, alguém que não tinha mais o que comemorar. Há alguns anos tive uma filha, porém, ela foi sequestrada logo após seu nascimento, sou o que se pode chamar de uma pessoa ferida de amor.

Fui casada há muitos anos com uma pessoa chamada Guilherme Campos, mas, para muitos ele é conhecido somente como Arthur Castro, ele foi meu grande amor, mas, fazia mais de doze anos que estamos separados.

Ele foi um namorado de fachada para a minha irmã que era, na verdade, apaixonada por Bruno, o nosso jardineiro, ele havia ido morar lá em casa com sua mãe que era a nossa babá e eles acabaram se apaixonando.

Quando Patrícia, minha irmã, havia me revelado que não era apaixonada por Guilherme, meu coração parecia que sairia pela boca, e meu pai nesse dia havia organizado um baile de máscaras porque queria ver Gui pedindo a mão da Paty em casamento, mas isso nunca aconteceu.

Minha irmã misteriosamente fugiu com Bruno e nunca mais deu as caras por aqui, então não sei o seu paradeiro, meus pais na época que estavam vivos tentaram de tudo para localizá-la, mas, foi como se ela tivesse mudado de nome ou ninguém realmente tentou o suficiente para localizá-los.

No baile de máscaras e escondidos dos meus pais me declarei para Guilherme e vibrei feliz quando descobri que o seu sentimento era recíproco, assim como aconteceu com a minha irmã.

Esse foi um dos dias mais felizes da minha vida, depois do meu casamento é claro, mas, o dia do baile foi quando demos o nosso primeiro beijo e ele me pediu em namoro ao som de Love Story, da Taylor Swift.

Que por anos foi a nossa música, já que fala sobre um casal que havia se visto pela primeira vez e que era um relacionamento proibido entre Romeu e Julieta, proibido pelos pais. No nosso caso, pela minha mãe que nunca aceitou o fato da minha irmã ter terminado com Guilherme para que eu finalmente namorasse ele e ela fosse namorar Bruno, que era pobre como ela vivia dizendo.

Segundo ela, eu tinha uma cabeça muito inocente e que não saberia usufruir da fortuna da família do Gui, como se eu ligasse para isso, provavelmente foi por conta disso que ela fez tudo aquilo.

Com Guilherme, tive uma filha chamada Estela, porém, ela morreu quando eu estava grávida, e até hoje não superei a sua morte, também tive outra que se chamaria Sophia, que quase ninguém soube, apenas minha mãe.

Atualmente namoro Lucas, um breve romance que tive em minha adolescência, mas, que não nutro sentimentos, só tem uma única pessoa que realmente amei a minha vida toda, Guilherme Campos, mas, você deve estar se perguntando o porquê será que me separei dele se ainda o amo?

Há doze anos me separei do amor da minha vida, pois, tive uma filha que se chamaria Sophia, porém, a mesma foi sequestrada assim que nasceu, nunca ninguém descobriu o que realmente aconteceu, um sequestro que já dura mais de 10 anos.

Até hoje eu me culpo pelo que aconteceu, mesmo que eu não tenha culpa alguma, pois, logo após o nascimento da minha filha, fui dopada e quando acordei, minha menina já não se encontrava mais em meus braços.

Ele nunca descobriu que tínhamos outra filha, a qual não sei se está viva ou se está morta. Quando descobri estar grávida, minha mãe me mandou para os Estados Unidos e foi lá que reencontrei Lucas e hoje estou retornando ao meu país de origem, Brasil, mas precisamente em São Paulo.

Eu tinha um relacionamento feliz com ele, mas ele era uma pessoa muito importante, já que é dono de uma empresa de games, uma das maiores do mundo, mas que devido a sua fama não estava mais me dando atenção e vivia indo a reuniões na empresa.

Até hoje nunca o esqueci e sempre penso como seria se nós nunca tivéssemos nos separados, será que nosso casamento continuaria sendo feliz, ou me culparia ainda mais pelo que aconteceu com a nossa filha.

Às vezes me pego imaginando escondida de Lucas para que ele não ver o meu estado, será que se minha filha não tivesse sido sequestrada o meu destino pudesse ser outro totalmente diferente? Ainda estaria casada com Guilherme?

Lucas se tornou uma pessoa muito violenta, que nada me lembrava o namoro que tivemos no passado.

Agora estou terminando de fazer o café, pelo jeito ele não dormiu em casa, e nem ligou para dar satisfações de onde estava, e eu nem fazia questão, porém, estamos em um relacionamento sério, provavelmente está me traindo novamente, uma coisa que ele anda fazendo nos últimos tempos.

Após pensar isso, Lucas abre a porta de casa, e acredito que ele esteja bêbado, apenas pela forma de andar, e o pior de tudo, é que ele tem que trabalhar daqui a pouco.

— Lucas? Você bebeu de novo? — Pergunto.

— Fique quieta que estou com dor de cabeça — Ele — Já terminou o café? Estou morrendo de fome?

— Terminei — Respondo com medo de Lucas pudesse fazer algo contra mim, já que ele odeia ser questionado por mim.

— O que está esperando para me servir? Anda logo! Não tenho o tempo todo do mundo, você sabe que hoje será meu primeiro dia trabalhando na escola Plínio Ferreira, e você vai me acompanhar — Ele fala.

Ele havia conseguido um emprego como professor nesta escola, essa que estudei quando era criança, e foi lá que conheci Lucas, ele estava estudando para ser um fotógrafo e eu para me tornar uma pintora famosa, mas, pelo jeito, não deu certo.

Então começo a servir Lucas, que logo devora a comida, que aparentemente estava realmente com fome, eu queria chorar, mas, me segurei, não daria esse gostinho para ele e chorar assim na frente dele, e de mais ninguém.

Às vezes as pessoas falam ser mais fácil terminar do que ter um relacionamento abusivo, mas, o que ninguém te diz é da dificuldade de terminar por medo de que algo mais grave possa acontecer comigo ou com a minha família.

Eu nunca parei de pensar no Guilherme, e também na angústia de ter tido a minha filha sequestrada, a minha vida se resume a isso e eu já não estou mais conseguindo suportar, tanto que já pensei várias vezes em me matar, mas fico pensando como ficaria minha família, nunca desistirei de descobrir onde está a minha menina.

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