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Amor Fora da Lei

Amor Fora da Lei

Yu-Mih

5.0
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8
Capítulo

Ana Diaz é uma Policial das Forças Especiais do Rio de Janeiro, uma bela mulher de 26 anos de personalidade forte e independente, é conhecida por ser durona e implacável quando se trata de cumprir a lei. Contudo, quando é mandada em sua próxima missão, essa bela policial colocaria a prova toda sua convicção, sua fama e carreira na polícia quando conhece Diego Kley ou simplesmente DK conhecido por chefiar um grupo de criminosos altamente perigosos e sanguínários, cometeiam todos os tipos de crimes a seu Bel prazer, a fama de DK e seu grupo era imenso no Submundo do Crime, eram temidos por todos, ninguém ousava mexer com ele ou com seu grupo. DK é um homem aparentemente frio, calculista, Cruel e sem escrúpulos pelo menos até a chegada de Ana. Dois mundos completamente diferentes, de princípios completamente diferentes. O que vai prevalecer o Amor ou a razão?

Capítulo 1 Primeiro Contato!

Rio de Janeiro

Sede do Comando das Forças Especiais

14:00 hs …

Coronel …

Boa Tarde Senhoras e Senhores, Convoquei está reunião porque hoje pela manhã a Interpol nos notificou que o DK, um dos Criminosos mais procurados em toda américa, resolveu se esconder num dos Morros do nosso querido Rio de janeiro, o Morro do Vidigal. E agora temos a ordem direta de identificá-lo e finalmente prendê-lo, não apenas ele, mas também toda a sua equipe. Contudo, tal tarefa não será tão fácil, Pois apesar da Interpol e até o FBI estar sempre na cola dele, DK sempre conseguiu escapar e não tem registro sobre ele em nenhum arquivo da policia de lugar nenhum,ou seja, nunca foi identificado, não se sabe seu nome verdadeiro, suas origens e etc …

A única coisa que descobriram através de uma vítima antes de morrer em um hospital de Chicago nos (EUA), é o nome de um dos membros de sua equipe, conhecido por Lipe. Parece que ele é aquele que faz o servicinho sujo, se é que me entendem.

— E qual será a Missão Senhor? - O Capitão da equipe Alfa pergunta ao chefe da operação

— A minha ideia seria infiltrar alguém no Morro como novo morador, uma pessoa comum, para se misturar e descobrir tudo o que for preciso sobre esse tal DK e sua equipe, e é claro reunir provas contra ele. Só preciso de um voluntário

— Eu vou. - Ana diz firme olhando para o Coronel a sua frente

— Ah … Mais não vai mesmo. Você sabe o tanto que essa Missão pode ser perigosa Ana? - O Capitão fita a bela policial que o encara e diz.

— Sim, estou ciente e preparada. Pode confiar em mim Coronel não vou decepcionar.

— Ainda assim, eu não concordo. Você estará adentrando o covil dos lobos, a única coisa que sabemos desse tal DK e sua equipe é que são altamente perigosos e cruéis, fora que são muito habilidosos. Essa missão não é para você. - O Capitão da equipe diz visivelmente nervoso e continua fitando a Tenente que se vira para ele e diz …

— Por que acha que não devo ir a essa missão? Por eu ser mulher? Por ser sua subordinada? Ou por achar que não sou capacitada? Sei muito bem como lidar com criminosos, fui muito bem treinada para isso, assim como qualquer um aqui. - A Tenente olha para o outros cinco homens da equipe sendo ela a única mulher

— Ana, eu me preocupo com você. Por favor, deixe que outro assuma essa Missão. O Capitão insite

— Se preocupa comigo. Sério? Sinceramente e com todo o respeito como Capitão da equipe ao qual faço parte, não preciso da sua preocupação. E outra, a missão não seria apenas reconhecer o tal DK e sua gangue e depois a equipe faria todo o resto? Ou estou errada Coronel?

— Está certa Tenente. É isso mesmo, essa tarefa seria apenas de reconhecimento.

— Mesmo assim, eu acho perigoso. Você sozinha num lugar daqueles cheio de marginais.

— “Marginais” que são a menoria. Por que você sabe muito bem que a grande maioria da população que habitam os Morros e favelas são gente de bem, trabalhadores que acordam cedo para ganhar o seu sustento e voltam no fim do dia ou no meio da noite para suas casas apenas querendo o descanso merecido do dia e sossego. - Ana retruca mais uma vez o Capitão que antes mesmo de responder ….

— Chega vocês dois! Querem discutir relação, vão para casa e façam isso lá. Quanto a Missão, acredito que a Tenente Diaz consegue perfeitamente se infiltrar e nos trazer as informações que precisamos. - O Coronel demonstra sua autoridade

— Obrigada Coronel! - Ana fita o mais velho

— Isso é tudo por enquanto. Dispensados! - O Coronel Andrade diz vendo seus subordinados ficarem de pé e baterem continência.

Após a reunião, Ana cumprimenta os colegas e sai da sala na intenção de chegar ao vestiário para trocar a farda e o coturno militar que trajava para uma roupa comum e um tênis confortável, trancando sua farda que era seu orgulho no armário e antes de sair solta os longos cabelos pretos e lisos que batiam em sua fina cintura, no corredor a caminho da saída Ana escuta uma voz bem conhecida por ela …

— O que você quer agora Matheus? - A Tenente expira se virando na direção de quem a chamou

— Isso lá é jeito de falar com o seu Capitão? - O Rapaz de porte atlético, alto, pele morena, cabelos bem cortados cobertos pela boina com o simbolo da Policia das forças Especiais, lábios levemente carnudos, queixo fino porém proporcional ao seu belo rosto, e seus olhos castanhos claros fitavam os verdes de Ana …

— Desculpe Capitão Duarte! Posso ajudá-lo em alguma coisa? - A Tenente se põe em postura Militar

— Na verdade, preciso conversar com você.

Ana por sua vez solta um sorriso irônico perguntando se poderia sair da posrtura que estava, o Capitão autoriza e então ela diz ...

— Pode falar!

— Então, eu queria saber se você poderia me pagar a sua parte do apartamento que nós diviámos antes de …

— Antes de eu te pegar transando com uma das novatas na nossa própria cama?

— Achei que você já tinha superado. Afinal, já se passaram seis meses desde o término do nosso noivado. Não me diga que você ainda me ama? - O Capitão solta um sorriso de canto

— Você só pode estar de brincadeira. Não é? - Ana encara o Ex-noivo

— Não. Preciso de um Apê para morar e você é solteira livre e desimpedida, e eu tenho uma mulher e um filho a caminho para sustentar. E também tenho direito a metade daquele apartamento, moramos juntos por dois anos é quase um casamento. Você não acha?

— Pra começar, quem comprou o apartamento fui Eu. Inclusive e para minha sorte está no meu nome. E pra terminar, me deixa em Paz. - Ana se vira para ir embora. Porém ...

— Mas os móveis e eletrodométicos fui eu quem comprei. O Rapaz insiste

— Tudo bem Matheus, vou separar o micro-ondas, a sanduicheira, a cafeteira e a poltrona que você levou da casa da sua Mãe, e se quiser pode levar a cama de recordação, eu te dou. - Ana conclui respirando fundo tentando se segurar

— Beleza! Passo lá mais tarde para pegar as coisas pequenas e amanhã a Andressa vai com o Pai dela buscar a cama e a poltrona. - O Ex-noivo traídor diz e depois sai deixando Ana para trás tentando digerir tudo que aconteceu agora com ela.

Já dentro do seu Uno Mille Fire de cor Prata quatro portas, Ana dá partida e em seguida liga o MP3 que começa a tocar músicas aleatórias e ao mesmo tempo que as músicas tocavam, a Tenente das forças Especiais xingava o seu Ex-noivo e atual Chefe, até aí tudo certo mais nada resolvido apenas a raiva consumia e a vontade de socar o Capitão de sua equipe prevalecia. Porém uma música inesperada começa a tocar … Depois de sonhar tantos anos, de fazer tantos planos de um futuro pra nós …

Ana enfim desaba no choro sentido e cheio de raiva enquanto dirigia de volta ao apartamento que foi motivo de discussão um pouco antes de ir embora , e se alguém acha que direção e bebida é perigoso, é por que nunca dirigiu um carro com as emoções a flor da pele e com a visão turva por causa de suas lágrimas. Tanto que quando já estava virando a avenida onde ficava o prédio que morava, a Tenente se vê obrigada a freiar bruscamente seu carro vendo um skate deslizar a sua frente sem o seu dono que por sinal aparece quase em seguida correndo em direção a sua prancha de quatro rodas, e se por alguns instantes Ana ficou em choque por causa do susto, agora ao ver de relance o dono do Skate todo tranquilo pegando o mesmo com todo o cuidado se irrita e sai do carro já indo para cima do rapaz …

— Hey! Sabia que quase sofri um acidente por conta do seu brinquedinho? Eu poderia ter morrido.

— Sério, e por causa de um Skate? Você que quase destruiu o meu precioso. - O rapaz trajando apenas uma calça Cargo verde oliva, e tênis Nike SB Blaser Mid Preto e Branco, sendo que a camiseta estava pendurada em seu ombro provavelmente por conta dos 35Cº que fazia aquela tarde de quarta-feira.

Ana por sua parte mesmo sem querer não consegue não paralisar seus olhos no rapaz de Abdomêm e peitoral bem definidos, na pele bronzeada, nas goticulas de suor que passeavam por ali, reparando na tatuagem de Dragão do lado direito de suas costas e outras no ante-braço, fora o rosto simetricamente perfeito, queixo quadrado, sobrancelhas levemete grossas, olhos castanhos amendoados, cabelos castanho escuro estilo Flow Haircut lisos e levemente bagunçados o que combinava com seu jeito descontraído e charmoso e por fim ela volta do seu transe escutando …

— Você está bem moça? - O Rapaz de pele bronzeada fita o rosto de Ana

— Ah … Sim! Estou bem. - Ana sobe seus olhos um tanto inchados e vermelhos de chorar

— O verde dos teus olhos são tão intensos e profundos. São lindos! - O rapaz dá dois passos em direção a Ana que também dá dois passos só que para trás tentando disfarçar o jeito envergonhada que ele a deixou ...

— E você, vê se mantenha a sua prancha de quatro rodas sobre o seus pés. Isso evitaria acidentes. - A bela Tenente diz indo de volta para o seu carro.

— Vou tentar. Tchau Morena! - O Bronzeado diz na direção de Ana que apenas entra em seu carro e segue seu caminho.

Enquanto isso um outro rapaz bem mais tatuado e um pouco mais alto que o Skaitista se aproxima …

— Por que continua aí parado olhando para o nada DK?

— Por nada Lipe. Vamos voltar

Chegando em seu apartamento simples no terceiro andar de um prédio que ficava bem perto do Morro ao qual Ana cumpriria a Missão de identificar DK e seu grupo de Criminosos, ela deixa sua mochila numa das prateiras do armário Closet de roupas que ficava encostado na parede na mesma direção da porta, depois vai em direção ao banheiro abrindo o chuveiro deixando que a água fria escorresse pelo seu corpo cheio de curvas, também lavando os longos cabelos pretos e quando ainda estava curtindo seu banho, a campainha toca fazendo com que Ana feche o registro do chuveiro, se enrole na toalha preta e vá em direção a porta abrindo apenas uma brecha e vendo quem se tratava ela abre por completo deixando que a pessoa entrasse …

— Me recebendo só de toalha? Isso me lembra os velhos tempos. - O Capitão Ex-noivo fita Ana com malícia

— Cala a boca! Pega o que veio pegar e vaza. - Ana volta para o seu quarto escolhendo uma roupa confortável e depois voltando para sala esperando Matheus sair de seu apartamento.

E quando o Ex-noivo já estava quase na porta para sair, ele se vira para Ana e pergunta …

— Você ainda tem a TV do quarto?

— Hãm … Como você é Filho da P**a Matheus. Some da minha casa. - A bela Tenente se levanta do sofá de três lugares empurrando o Ex que estava com as mãos ocupadas com os três miseros eletrodomésticos que comprou quando ele morava com Ana.

E assim que o folgado e sem noção rapaz finalmente sai, a bela Morena expira aliviada voltando para seu sofá pegando o controle da TV procurando alguma série para assistir. Mas logo a campainha toca novamente, Ana se levanta fula da vida achando que seria novamente o Ex …

— O que foi agora Matheus? Que Inf...

— Eita Amiga! Para que tanta braveza?

— Ah … É você Manu. Entra! - Ana dá espaço para a amiga de infância passar e em seguida dá um abraço na mesma.

— Aquele imbecil veio aqui, depois de tudo que ele fez com você? - Manuela vai em direção a cozinha compacta colocando a sacola que trouxe em cima da pia inox, retirando algumas latinhas de cerveja colocando na geladeira que ficava encaixada ao lado da pia, e também tirando da sacola um pacote de pipoca de micro-ondas procurando pelo mesmo na prateleira do armário observando apenas um lugar vazio se virando para Ana e perguntando …

— Ué, cadê o Micro-ondas que ficava aqui? - A moça de descendência afro, alta, esbelta, de cabelos Crespos com tranças Nagô frontal e o restante do cabelo volumoso soltos e pretos, assim como seus olhos, lábios carnudos, sobrancelhas bem feitas, nariz pequeno e levemente achatado encara a amiga que responde …

— O Matheus levou. - Ana vai até a amiga

— Como assim? Que sem noção. - Manu fala com indignação

— E você nem sabe da maior … - A Tenente conta da petulância do Ex e quando termina …

— Não acredito que ele teve essa capacidade. Muito Otário!

— E amanhã ainda tem mais, a tal da amante que virou esposa vai vir com o Pai buscar a Poltrona e no fim acabei doando a cama que eles... você sabe.

— Amiga, eu não entendo como você esquentadinha do jeito que é não deu nem um soco na cara dele, ou um tapa na fuça daquela cadela.

— E do que ia adiantar? Ia descontar a minha raiva, mas e depois? O fato dele ter me traído não ia mudar. Agora vamos parar de falar daquele imbecil e daquela sonsa. Vou pegar o milho de pipoca e estourar na panela, e você vai escolhendo alguma coisa para nós assistirmos.

Minutos depois Ana estava com a vasilha de pipoca na mão, colocando a mesma na mesinha de centro, voltando para pegar duas das latinhas que Manu trouxe se sentando ao lado da amiga para assistir o filme que ela escolheu e depois de alguns minutos apenas comendo e bebendo, Ana puxa outra conversa com Manu …

— Amiga, vou ficar Off por algum tempo.

— Por quê? - Manu questiona ainda prestando atenção no filme.

— Vou sair em Missão para identificar um Crimininoso no Morro do Vidigal. - Ana explica

— Você vai subir o Morro do Vidigal depois de tanto tempo? Por que não recusou? Foi o babaca do Matheus que usou a autoridade e te obrigou? - Manu franze as sobrancelhas fitando a amiga

— Ninguém me obrigou. Eu quis , e na verdade o Matheus até tentou me impedir.

— Por que Ana?

— Já fazem muitos anos desde que tudo aconteceu. E eu preciso superar esse trauma.

Morro do Vidigal

Março de 2006 …

Alguém bate a porta …

— Boa Noite senhora podemos entrar? - Dois policiais com suas fardas pretas batem a porta da casa simples

— Sim, Claro! - A mulher de meia idade diz em tom preocupado abrindo espaço para que entrassem

— Então Sra. Diaz, estamos aqui para dar uma notícia que sinceramente não queríamos.

— O Antônio … - A mulher fita o rosto do policial que continua

— Então, hoje a Policia entrou em confronto com bandidos fortemente armados no Morro aqui perto, e seu marido o Sgto. Antônio Diaz foi atingindo e veio a falecer no local. Lamento senhora. - O Policial dá a notícia tentando segurar a emoção principalmente quando uma garotinha aparece de repente na sala da casa simples …

— Mamãe! O Papai morreu? - A menina fita a mulher que não teve muita reação a não ser de agarrar a única filha e deixar que suas lágrimas escorressem pelo seu rosto, num forte abraço na tentaiva de dizer a garotinha de apenas 9 anos que apesar de tudo ficaria tudo bem. Entretanto, não foi bem isso que aconteceu …

Depois da morte de seu Pai, Ana e sua mãe continuaram vivendo no Vidigal, mas a Mãe de Ana passou a ter que trabalhar mais pois a pensão que recebia do marido não era o suficiente para pagar aluguel, comida, escola entre outras coisas e como se não bastasse ela acaba adoecendo, e após dois anos vindo a óbito. Ana então aos 13 anos de idade se vê obrigada a morar com uma Tia que ela quase não tinha contato mas que se casou com um empresário, se mudando do Morro para São Conrado um Bairro nobre do Rio de Janeiro e foi assim que Ana conseguiu estudar nas melhores escolas, e quando chegou na idade de 17 anos após o ensino médio, resolveu entrar para escola militar e começar sua formação sendo sempre apoiada pelos Tios que a adotaram.

De volta ao presente …

— A memória e a saudade dos meus Pais ficará para sempre guardada no meu coração. E serei eternamente grata a Tia Ângela e ao Tio Gustavo que me criaram com tanto carinho e me ajudaram na minha formação. Não tenho do que me lamentar . - Ana conclui

— É, tem razão. Foram dias difíceis, mas superados. A única coisa que eu nunca entendi é por que se tornou Policial? - Manu continua a fitar a amiga esperando a resposta.

— Foi o jeito que encontrei de vingar a morte do meu Pai. Fora que adoro a adrenalina e emoção dessa profissão tão perigosa, mas para mim cumprir a lei é tão gratificante. - Ana explica com sorriso no rosto

— Se você está dizendo. - Manu levanta os ombros

— Sim, eu estou. Mas me fala de você, como está a faculdade de medicina?

— Muito difícil. Mas é a minha vocação e eu amo. Ahh... quero te pedir uma coisa

— Pode falar!

— Será que posso me mudar para o Vidigal com você? Prometo que não vou atrapalhar. E fora que também cresci lá. - Manu faz cara de pidona

— Não! Vai ser muito perigoso Manuela. Você não entendeu quando eu disse que estou indo identificar um Criminoso e sua gangue altamente perigosos? Está ficando doida? - Ana encara a amiga com estranheza

— Por Favor Aninha!

— Me diz por que tanta insistência?

— Conheci um carinha que mora lá. E eu queria ficar mais perto e ver no que dá. Por favoor! - Manu faz beicinho

— Táh! Mas se eu sentir que vai ficar muito perigoso, você vaza. Entendeu Manuela?

— Siim Sra. Tenente das Forças Especiais. E quando nós vamos?

— Primeiro temos que procurar uma casa para alugar.

— Que tal irmos no Vidigal amanhã para procurarmos a tal casa? Eu posso perguntar para o JP que como eu disse mora lá.

— E onde você conheceu esse tal JP? - Ana franze as finas sobrancelhas

— Ihhh … Pode para bem aí. Nem vem querer dar uma de investigadora.

— Eu me preocupo com você Manu. É só isso

— Foi na festa da Drica, se lembra que você não pode ir porque estava de plantão?

— Hmmm … Cuidado com a carência Manu. - Ana diz em tom de ironia

— Olha só quem fala, há quanto tempo você não pega ninguém mesmo?

— Por que eu não quero e você sabe disso. Agora vamos parar de falar bobagem e voltar para o filme que está quase acabando. - Ana conclui voltando a olhar para TV.

— No dia seguinte logo cedo a campainha toca, Ana que estava terminando de se arrumar para ir ao trabalho atende …

— Pois não, posso ajudá-lo?

— Desculpe a hora moça. Sou o Pai da Andressa e vim buscar os móveis. - O grisalho diz meio sem jeito.

— Certo! A poltrona é aquela dali - Ana aponta para o lado esquerdo de sua sala observando o senhor ir até a mesma para pegá-la e depois de alguns minutos o homem que aparentava ter seus 60 anos de idade volta

— Me acompanhe que vou mostrar onde está a cama. - Ana começa a andar seguindo até o quarto principal da casa mostrando a cama notando a dificuldade do homem em arrastá-la …

— Vou ajuda-lo

— Obrigada!

Já com os dois móveis colocados na carroceria do carro, o homem se aproxima da Tenente e diz …

— Desculpe por tudo Moça! - O grisalho diz envergonhado entrando em seu carro indo embora o mais rápido que conseguiu.

— Pelo menos alguém sente vergonha dessa história toda. - Ana resmunga para si mesma.

Chegando na sede das Forças Especiais, a Tenente vai direto falar com o comandante para avisa-lo que já estava colocando o plano tático em ação, procurando uma casa para alugar na comunidade do vidigal. Assim que sai da sala Ana sente seu celular vibrar no bolso da calça de sua farda …

— Oi Manu! Estou no quartel o que foi?

— Ana, que horas você sai do trabalho hoje?

— Se não houver nenhuma ocorrência ou operação especial, umas 17:00hs. Por quê?

— Lembra que eu te disse ontem, que ia ligar para o carinha que dei uns amassos?

— Hãm!

— Então, ele disse que tem duas casas perto de onde ele mora que está para alugar, mas já tem gente de olho e teríamos que ir dar uma olhada hoje o mais rápido possível.

— Nossa, tão rápido. Vamos marcar umas 17:40hs na entrada da comunidade, se por acaso acontecer alguma coisa e eu não puder ir te aviso.

— Tudo bem! - As duas amigas terminam a conversa

Entrada do Vidigal …

17:40hs

Ana chega já abrindo um sorriso ao avistar a amiga ainda de longe, notando que ela estava acompanhada por um belo rapaz de pele marrom claro, de cabelos raspados nas laterais e com cachos volumosos no topo, lábios carnudos, sobrancelhas bem feitas, olhos pretos e penetrantes, pequeno cavanhaque situado apenas no queixo, e em suas orelhas vários piercings além de algumas tatuagens no braço e uma no pescoço.

— Oi Amiga! Esse aqui é o JP. - Manu o apresenta tentando controlar sua empolgação.

— Olá! Prazer Ana! - A bela Tenente estica a mão para cumprimentar o rapaz que parecia ter no máximo 25 anos.

— JP, Prazer! - O rapaz segura a mão da moça e depois continua …

— Vamos lá?

— Sim! - Manu responde com um largo sorriso, enquanto Ana apenas vai atrás dos dois os seguindo e ao mesmo tempo balançando a cabeça reagindo ao jeito da amiga de infância.

Adentrando a comunidade, logo o Crush de Manu pára de frente a uma casa com um pequeno portão de grade meio torta de cor verde com uma placa de aluga-se pendurada …

— A primeira casa é aqui. Vou ligar para a proprietária para que ela venha abrir e mostrar. E assim ele fez, em poucos minutos uma senhora vem para abrir e mostrar a casa, quando passam pelo portão entrando no pequeno espaço entre o portão e a porta de madeira simples observam alguns entulhos jogados perto da porta, e quando a mulher abre a porta o cheiro de mofo toma conta de tudo, a casa em si até que era grande, tinha dois quartos, cozinha, porém quando entram no banheiro é que a coisa fica feia, observando os azulejos das paredes encardidos incluindo a cerâmica do chão, fora o fedor de esgoto impregnado no lugar. E foi nesse momento que o próprio rapaz que levou as duas amigas se intromete na conversa da mulher que claramente estava tentando passar a perna naqueles que visitavam sua propriedade de boa fé …

— Dona Sebastiana, a senhora não tem vergonha de alugar um lugar desse não? Essa casa deveria ser demolida. Isso sim. Vamos meninas! – O rapaz diz visivelmente irritado e já fora da casa …

— Me desculpem! Realmente eu levei na boa fé essa velha enganadora. Deveria ter olhado antes de trazer vocês aqui. Mas, ainda temos uma opção. O Rapaz diz levando as duas amigas subindo mais algumas escadas e caminhando mais um pouco até quase o final da rua ele diz …

— Essa é a outra casa. Vou ligar e avisar que tem gente querendo dar uma olhada...

— E aí Mano. Tem como dar um pulo na casa do portão de grade Branca? - O Moreno pergunta para alguém do outro lado da linha

— Logo uma voz masculina ecoa atrás de Ana e Manu …

— E aê JP, essas são as meninas que queriam ver a casa da Mamacita? - Um belo rapaz, alto de pele bronzeada e sorriso charmoso chega já conversando com o amigo

— Isso aí? - JP responde

E quando Ana levanta seus grandes olhos verdes para olhar na direção daquele que acabou de chegar ...um corredor, logo chegam a porta de entrada, a mulher abre a porta metade alumínio, metade vidro com grade pintada de branco, e o primeiro cômodo que vêem é a sala, pequena

— Moço do Skate?

— Nos encontramos de novo Morena? Pelo menos agora podemos nos apresentar formalmente … Diego. - O belo rapaz de corpo bronzeado sorri de canto fitando o rosto da moça que ruboriza

— Ana, Prazer! - A bela Tenente retribui o sorriso também fitando os olhos sedutores do belo e misterioso rapaz.

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