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DESTINO NAS ESTRELAS FOGO

DESTINO NAS ESTRELAS FOGO

Adan Sayvros

5.0
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Leituras
1
Capítulo

Bodor Cansado de tudo que já passou em sua existência, Uma amiga de longa data, apresenta uma nova opção, levando ele até Chronos o Deus do tempo, Te dando um novo caminho trinta e cinco anos depois de adormecer. O início da saga pelo fogo, a intensidade à paixão do amor, um símbolo da libido, devido ao calor que irradia e também às suas chamas, mostrando toda a força que pode haver, quando á chamas na relação.

Capítulo 1 PRÓLOGO

Grã-Bretanha – Ano 1974

Numa residência simples no bairro Meadows em Notthingham, poucos móveis espalhados por dois cômodos e um banheiro, sentada em uma mesa velha com a madeira em decomposição, duas cadeiras adaptadas que foram dadas por amigos, reformadas falta ainda pintura, sentada em uma delas, com um monte de papéis espalhados, um quadro na parede traz lembranças, ela e um homem ambos bem-vestidos, parecem membros da realeza britânica, o estilo do vestido, a roupa que o homem veste.

"Como era diferente minha vida, tinha luxo, comia do bom e do melhor, tinha as melhores pessoas para cuidar do meu cabelo e pele, pena que não era o que eu queria, um relacionamento sério e isso nunca foi entendido pela outra parte, sempre querendo algo sério, até o dia que resolvi dizer, não quero mais isso e voltei para a minha vida".

"Espere quanto tempo que não vejo notícias dele?"

Rapidamente começa a mexer nos seus papéis que estão uma parte em cima da mesa e outra dentro de um armário de parede que usa também para guardar algumas roupas, recordações e não encontra nenhuma informação, parece até que a terra engoliu ele, nenhum cartaz, jornal que sempre pegava para acompanhar como ele estava se saindo.

"Será que está bem? Preciso encontrar alguém que saiba, se ele mora no mesmo lugar, melhor seria alguém que fosse ao encontro dele comigo, porque o temperamento, com certeza é a única coisa que não deve ter mudado ao longo desses anos".

Ela vai para a geladeira, não encontra nada para beber, na realidade só está ligada fazendo gelo, não tem nenhum tipo de alimento, vai no pote que guarda pó para fazer chá, está vazio também.

"Nossa que vida ando tendo, vendendo o almoço para ter a janta e olhe quando consigo ter uma refeição digna".

Pega um copo, abre a torneira da pia e enche de água e continua a mexer nos papéis, depois de muito tempo, encontra uma foto que estava embaixo de tudo, muito antiga, quase perdendo a cor de tão velha, estava sem esperança de achar alguma informação.

"Isso vai ajudar, reconheço esse lugar, posso ir até lá e tentar ver se alguém sabe onde essa mulher mora, tomara que sim, porque quando eu e ele nos separamos, se mudou e como depois de um tempo ele estava saindo com ela para todos os eventos da sociedade, tomara que tenha informações dele e depois ela aceite ir comigo, mas será que ele vai querer me ver, depois de todos esses anos".

"O não eu já tenho e preciso acabar com essa agonia que tem me consumido faz dias".

Colocando uma muda de roupa em uma bolsa, par de sapatos, põe nas costas, coloca a foto na bolsa, num local que não amasse ou danifique ainda mais do que está, se transforma, sai pulando pela janela e indo de encontro ao Pub que tinha como referência.

"Que calor o sol queima onde a luz dele encosta, parece estar uns quarenta graus à sombra, estou derretendo, como moro distante de qualquer lugar da sociedade de alto escalão".

Depois de algumas horas enfim chega, está na entrada do The White Hart o Pub mais antigo, desde mil duzentos e dezesseis ele existe, a decoração, não está como antes, porque teve reforma, mantendo apenas algumas características do original, procura uma janela aberta porque do jeito que está não poderia entrar. Dando a volta pelo corredor ao fundo escuro, vê um funcionário saindo e deixando uma porta aberta, enquanto vai jogar o lixo.

"Essa é a brecha que eu precisava, para conseguir entrar sem ninguém perceber".

Com extrema velocidade passa pela porta e vai entrando por um corredor, localizado ao fundo a porta de um banheiro, volta ao seu estado normal está nua, abre a porta, logo em seguida fechando.

Abrindo a bolsa retirou um sutiã, calcinha, uma blusa de manga curta ambos brancos, calça azul de cetim e o par de sapatos pretos, vestindo, volta a bolsa para as costas para sair pela porta, antes beber um pouco de água na pia do banheiro, estava com muita sede. Logo que passa pela porta dá de cara com um funcionário.

- Como você entrou aqui, ainda estamos fechados, terá que se retirar por favor ou chamarei o segurança para te prender!

- Só gostaria de uma informação, você conhece a mulher nessa foto? Retirando da bolsa.

- Se eu te responder irá embora, sou novo no serviço e não quero ser dispensado?

- Sim por favor, estou preocupado com o homem que está na foto ao lado dela e pelo jeito é a única que pode me ajudar a encontrar.

- Ela mora a duas quadras daqui numa casa grande de portão vermelho.

- Obrigado, me desculpe pelo transtorno e o susto.

- Por favor, só saia por onde entrou o mais rápido para que ninguém te encontre aqui dentro.

Saindo, pelo caminho que entrou, vai de encontro a casa que foi dita, poucos minutos bastam para encontrar a casa em questão.

"Nossa que casa grande e bonita, não sei porque ainda fico impressionada com essas coisas, também nessa região, só vou encontrar casas nesse padrão para melhores."

A casa fica no bairro de Brixton um dos mais altos padrões da classe média alta de londrina, uma outra coisa que chama a sua atenção, todas as janelas dessa casa tem uma cortina preta, protegendo a entrada de luz solar, durante o dia. Olha para um lado e para outro, pula por cima do portão sem dificuldade, chegando até a porta. Bate nela e fica esperando. Logo a porta abre mas ninguém aparece.

"Que estranho, será uma armadilha ou algo do tipo".

Mesmo com esse sentimento entra. Não percebe alguma coisa, pendurado de cabeça para baixo só a observando.

"Esse cheiro, uma loira com seus um metro e setenta, cabelos lisos abaixo do pescoço, busto oitenta e nove, sessenta e três, quadril noventa, com os olhos azuis igual uma safira, pele parda, essa é Mihaela a ex de Bodor, mas o que ela veio fazer em minha residência".

Com muita calma, mesmo que seu instinto esteja à flor da pele, fica esperando chegar a distância correta. Logo que está no lugar. Salta mal dando tempo para Mihaela dizer:

- Espere só quero uma informação...

Uma briga desenfreada começa entre as duas, arranhões, dentadas, feridas vão sendo abertas no corpo de ambas, sangue vai jorrando pelos cortes que foram feitos. Enfim Mihaela consegue se separar, falando:

- Pare só vim atrás de você por causa do Bodor é a última pessoa que tenho informação que esteve com ele.

- Sim estive com ele mas foi a muito tempo, Mihaela Lancaster.

- Como sabe meu nome?

- Bodor contou muitas coisas sobre você, uma pobretona que se acha, fez pouco dele e agora vive passando necessidade e tocando contrabaixo em todo o tipo de espelunca, para ter algum retorno financeiro, por isso te reconheci.

- Nossa, como ele falou bem de mim, mas muito injusto isso, saber quem eu sou, mas não faço ideia quem é você?

- Me chamo Illeana Evans.

"Não é a toa que Bodor se apaixonou por ela, está bem diferente da foto, deve ter um metro e sessenta cinco, cinquenta e poucos quilos, cabelos curtos no pescoço, castanhos escuros e olhos nas cores douradas, pele bem branca, bustos uns noventa, cintura sessenta e dois, quadril noventa.

- Espera se não me engano vi uma matéria sobre você, é a baterista que sempre estava tocando com ele e em todos os eventos?

- Isso mesmo, acompanhava ele em tudo e o incentivava.

- Hoje vive nas custas do talento dele, o que a música dele vende e o status, sendo convidada para um monte de eventos, explica a casona.

- Um pouco se engana, sou contratada de uma grande produtora de música, tenho minha renda própria, mas não posso dizer que a parte, pertinente às gravações com Bodor não ajude.

- Mas como disse não quero brigas, só gostaria de informações sobre Bodor!

- Porque não disse antes?

- Não tive tempo nem de terminar uma frase e fui atacada.

- Sabes bem o que é, nossas raças não tem um bom convívio, esperava o que de recepção.

- Verdade. Pode me ajudar a ir ao encontro dele?

- Não sei se seria uma boa ideia!

- Porque?

- Nosso término, posso dizer, não foi muito legal.

- Novidade, isso sempre acontece com ele, entra uma na vida dele e sai, nunca é simples ou bem resolvido.

- Vamos dizer que no meu caso, nem resolvido.

- Como assim?

- Bom, viemos conversar sobre nós ou o assunto seria Bodor?

- Sim ele seria o assunto principal, mas então vai me ajudar ou não?

- Olha uma boa pessoa para nos ajudar, porque como veio aqui e pensando bem, faz tempo também que não vejo notícia alguma dele, seria a eterna amiga dele.

- Quem é essa, espera eu me lembro de quem você está falando.

- Ela seria uma excelente pessoa para nos ajudar, porque no mundo inteiro Bodor nunca ficaria sem falar com ela.

- Disso você pode ter certeza, está coberta de razão.

- Primeiro temos que convencer ela a ir conosco para onde Bodor está morando.

- Vamos logo então!

- Durante o dia não posso sair, temos que esperar anoitecer, para estar segura em andar pela cidade.

- Faltam mais de três horas ainda.

- Bom não sou eu que faço as regras, se quiser ir sozinha fique à vontade.

- Melhor não, vou esperar aqui, posso?

- Sem problema algum.

Sentada em um sofá de três lugares muito chiques, Mihaela está com a barriga doendo de fome, até que a barriga dela, solta um som característico de quem faz muito tempo que não come um ronco, Illeana fala.

- Mihaela está com fome?

- Porque perguntas isso?

- Sua barriga acabou de soltar um som característico de quem faz muito tempo que não come.

- Vou ser bem sincera com você Illeana, faz tempo mesmo que não como nada.

- Tenho carne fresca aqui que acabei conseguindo ontem, você quer?

- Como assim fresca!

- Antes que pense besteira estou falando de carne de animal, não sei se teria interesse?

- Qualquer tipo de carne nesse momento, saciará a minha fome.

- Vamos para a cozinha então comer alguma coisa.

Mihaela se levanta do sofá e vai seguindo Illeana pela casa e pensando.

"Não sei como se separou de Bodor, mas ficou muito melhor do que a minha situação, deveria ter feito, melhores algumas escolhas, principalmente em participações com ele, mas agora não adianta chorar o leite derramado".

Chegando na cozinha, Illeana pede para ela se sentar numa mesa de madeira maciça retangular com quatro cadeiras, ela vai até a geladeira, pega um pote de tamanho médio e uma bolsa com sangue no congelador. Busca um prato e dois talheres no escorredor que fica em cima da pia e coloca tudo em cima da mesa.

- Mihaela fique à vontade pode abrir o pote e servir.

Ela abre o pote tem um grande pedaço de carne de vaca, nem se importa qual seria o tipo do corte, quer somente saciar a sua fome, só pergunta.

- Posso pegar o quanto eu quiser?

- Tem muito mais dentro da geladeira.

Mihaela pega a peça toda coloca no prato e divide ela em quatro e começa a comer, Illeana abre a bolsa coloca o sangue em uma taça que tinha deixado faz um tempo em cima da mesa, só fica observando o quanto tem de fome Mihaela.

- Faz quanto dias que não come?

- Carne fresca assim tem, pelo menos, um mês para mais, porque antes ficava caçando os bichos pela floresta, mas começou a chamar muita atenção.

- Passo por isso também, o que me ajuda às vezes é um contato que fiz com um enfermeiro em um hospital que me traz sangue fresco, quando consegue pegar sem ser percebido.

- Mas porque tem tanta carne assim, dentro de sua geladeira?

- Faço o mesmo que você para não chamar muito atenção, com corpos espalhados pela cidade sem sangue, pego animais, até a poeira abaixar e a carne deixo para servir quando tenho alguma visita.

- Tempos estão ficando complicados para as nossas raças.

- Tenho que admitir que é cada dia mais complicado conseguir alimentos frescos.

A conversa continua por um bom tempo, Mihaela diz que gostaria de mais carne, Illeana a busca deixando mais um pote em cima da mesa, ela faz o mesmo dividindo em quatro partes, pede algo para beber.

- Gostaria de algo com teor alcoólico?

- Se tiver, eu aceito.

Illeana abre um armário antigo, super conservado, pega uma garrafa, dois copos de dose e um dosador dentro de uma das gavetas para fazer as duas doses.

- Aqui está.

- Vamos brindar ao que? Pergunta Mihaela.

- A Bodor e nossa busca .

As duas brindam, Mihaela passa a boca do copo perto do nariz para sentir o cheiro e toma tudo de uma vez.

- Nossa que Whisky bom!

- Doze anos.

- Está explicado, mas que horas são que não anoiteceu ainda?

- Deixa eu ir ver.

Illeana sai da cozinha voltando para a sala que tem um relógio de parede, olha as horas e volta.

- Podemos ir, anoiteceu e posso sair sem me preocupar com as luzes solares.

- Onde Mae mora é muito longe daqui?

- Como podemos viajar do nosso jeito gastamos pelo menos duas horas para chegar.

- Duas horas assim?

- Aqui é o bairro de classe média alta, olha ela mora é uma das coberturas mais caras de Londres, se não for a mais cara.

- Como ele mima essa garota que vida boa ela tem.

- Só não se esqueça que ela tem que aguentar todo o mal humor de Bodor, os momentos de ira e as besteiras que ele sempre faz, praticamente ela que limpa toda a sujeira dele.

- Realmente não sei se seria tão bom assim ter uma vida dessa.

- Eu no momento estou muito satisfeita, com o jeito de vida que estou levando. Podemos ir então?

- Estava apenas esperando você sair.

Illeana e Mihaela se transformam, passam pela porta, saindo pela casa e passando pelos muros e vão para a cobertura de Mae. Pelo caminho a noite está fria e nublada, muitas nuvens cobrem as estrelas que mal são vistas e nem a lua nesse momento. Ambas estão a pensar.

"A cada momento não sei se estou ficando mais preocupada, ansiosa ou com medo do jeito que vamos ser recebidas por Bodor", pensa Mihaela.

"Sei que não é uma boa ideia, mas entre procurar ele sozinho ou só eu e a ela, a melhor escolha que fizemos foi ir atrás de Mae, para estar nessa junta conosco, mas certeza que sempre ela está tendo contato com ele", pensa Illeana.

Depois do tempo que ela disse, Illeana diminui a altura que está voando para ver o lobo que está acompanhando ela pelo caminho, sinaliza e fala.

- Vá para trás, naquele beco, nos encontramos lá.

Mihaela segue até, volta ao normal, fica esperando Illeana por cerca de dois minutos, quando ela pousa do seu voo.

- Porque demorou tanto para pousar? Indaga Mihaela.

- Fui ver se Mae estava em casa. Responde Illeana.

- Ela está?

- Sim, mas temos dois problemas nesse exato momento.

- Quais seriam?

- Se não percebeu o primeiro você está nua, ainda bem que pedi para vir até aqui, segundo não posso entrar na casa dela sem eu ser convidada.

Mihaela olha, realmente está nua e deixou toda a roupa que tinha na casa de Illeana. Estão na parte da nobreza de Londres, na parte de trás do Edifício Belgrávia construído no século XIX, tendo apenas dois andares e cinco apartamentos, hoje em dia está bem mais luxuoso, todos os apartamentos beneficiam de pé-direito de três metros em todas as divisões principais, os Grand Apartments beneficiam de pé-direito de quatro metros em todos os quartos principais, as salas de recepção do átrio nos Grand Apartments beneficiam de pé-direito de até dez metros, Foyers e espaços de convivência: painéis folheados a nogueira natural, painéis lacados pintados ou acabamento decorativo em gesso, parede característica da cozinha: Mármore preto Kenya, banheiros principais: Mármore italiano Grand Scale, banheiros secundários: Mármore Staint Germain, banheiros: Mármore cinza antigo com pias de mármore nublado esculpidas.

- Como pude me esquecer disso, agora como vamos fazer, eu não posso andar por aí assim e você se ela não te convidar não vai poder entrar na casa dela.

- Ela fica na cobertura, lá tem uma varanda, vou subir até, deixar você lá e quando ela abrir uma porta ou quando perceber que ela foi dormir entra, fico esperando ao lado de fora.

- Se é a melhor das opções que temos.

- Foi a única que pensei, agora se tiver alguma melhor, fique à vontade, tentaremos.

- Vamos logo, nessa ideia mesmo, demoramos e muito para chegar aqui, se ficarmos escolhendo muito, logo amanhecerá novamente e perderemos mais um dia.

- Disso tem razão, teremos que chegar onde ele mora antes do amanhecer ou terei que ir para casa descansar.

As duas se transformam novamente Illeana leva Mihaela até a cobertura, Mae está em uma parede de vidro que tem uma porta, elas ficam circulando esperando ela sair, quando ela sai as duas pousam, ficam em um canto que não dá para ver nada de quem está do lado de fora.

- Mihaela desse ponto não posso entrar, espera Mae dormir e você entra ou, pelo menos, ela se deitar que conseguirá entrar não ser percebida.

Ficam só na espreita esperando o momento, Mae sai da visão delas dá para ver entrando em outro cômodo é a hora de entrar, Mihaela abre a porta e se transforma começa a andar por toda a casa com cuidado para não fazer barulho nem derrubar nada. Vai até o quarto enfim achando o lugar, Mae está ainda acordada quando vê o lobo branco com os olhos azuis.

- Nossa, como você chegou até aqui, na cobertura, espera um pouco esses olhos, eu reconheço você.

Mihaela volta ao normal e fala.

- Ainda se lembra de mim?

- Sim Mihaela, mas o que faz aqui na minha cobertura?

- Mas você está bem diferente do que eu lembro.

Mae continua com os seus um metro e cinquenta dois centímetros, quarenta e cinco quilos, setenta de busto, cintura sessenta e dois, quadril sessenta e cinco, cabelos longos na cor roxa, olhos cinzas.

- Somente mudei a cor do cabelo, mas não mude de assunto o que faz na minha cobertura!

- Na realidade não estou sozinha, me acompanhe!

- Te acompanhar para onde?

- Venha comigo e não se preocupe, ninguém quer te fazer mal.

- Deixa eu te explicar uma coisa, não pense, nem sonhe por causa do meu tamanho ou por Bodor cuidar de mim que eu não sei me defender.

- Cuidar de você Mae, deu até o sobrenome dele para você, Mae Gray Windsor.

- Porque está te incomodando isso? Poderia ter tido isso, mas o que você fez?

- Não vim aqui para discutirmos isso, foi apenas um comentário.

- Muito mal colocado e em minha defesa, ele não tem herdeiros e resolveu me dar essa honra de ter o sobrenome da família dele.

- Bom que seja.

Enfim, as duas vão até a varanda e quando chegam, Mae reconhece de longe.

- Minha casa virou uma reunião de pessoas indesejáveis!

- Prazer em te ver também, Mae. Diz Illeana.

- Não tenho prazer nenhum em te ver.

- Antes não era assim, já fomos muito próximas.

- Concordo, mas depois do que fez a Bodor.

Mihaela entra cortando o assunto.

- Mae esse é o motivo de termos vindo até a sua residência.

Começa a chover muito forte, Illeana fala.

- Poderia me convidar para entrar, aqui fora está frio e começou a chover.

- Uma chuvinha não vai fazer mal para você Illeana e Mihaela porque resolveu procurar Bodor, na realidade pelo jeito as duas querem saber dele.

- Bom, pela última vez, vai me convidar a entrar ou vou ter que ficar aqui fora?

- Vou repetir o que eu disse a instantes para Mihaela, Illeana não duvide que tenho plenas forças para me defender das duas.

- Olha deixe de ser esnobe, apenas queremos notícias de Bodor, por isso viemos aqui, não vou perder meu tempo brigando com você e sinceramente, acreditar que sabe se defender de nós duas ao mesmo tempo?

- Pois então tente.

Mae muda sua feição, fica muito mais delicada do que tem, uma asa com brilhos intensos, irradia uma luz tão forte quanto a do sol, uma parte do brilho só encosta em Illeana, ao mesmo tempo, pequenas partículas de um pó prateada ela joga.

- Que dor, como isso, parece que o brilho do sol me tocou, diz Illeana.

- Estou com dificuldades de respirar, fala com dificuldade Mihaela.

- Agora acreditam! Essa luz é como a do sol e essa poeira é prata.

Ambas pedem desculpas e falam para ela parar. Logo o pó some, a sua luz some e ela volta ao normal.

- Bom, como as duas entenderam o recado, Illeana pode entrar na minha residência, eu te convido.

Illeana com tudo que acabou de presenciar e com receio agora da capacidade de Mae fazer mal, para ambas, calmamente estica somente a ponta do seu pé, transpassando para dentro da cobertura.

- A sanguessuga de olhos dourados está com medo? Diz Mae.

- Medo não é a questão e sim precaução.

- Pode entrar sem medo, esperarei vocês duas na sala.

Mae se encaminha para a sala, ela tem uma vitrola e coloca um disco de música clássica para ouvir, numa altura que dê para conversar. Illeana enfim entra e começa a conversar com Mihaela.

- Estou arrependida da ideia que eu dei, Mihaela.

- Mas Illeana como encontramos ele?

- Não faço a menor ideia, mas também agora tenho que ficar aguentando esse tipo de situação.

- Chegamos até aqui e vamos logo terminar isso.

- Espero realmente que acabe logo e bem.

As duas chegam na sala e Mae fala.

- Sentem-se, vamos conversar um pouco.

Cada uma senta no outro sofá, uma em cada ponta.

- Mas então o que as duas querem com Bodor.

- Faz tempo que não tenho notícias dele.

- Mas com certeza ele não falaria nada com você, Mihaela.

- Acabei me expressando mal, não vejo mais matéria alguma dele, sempre estava nos jornais, matérias de revista, em algum lugar tinha algo falando dele.

- Realmente depois que vocês se separam ele diminuiu e muito o trabalho dele, mas depois do que houve com a Illeana pouco tempo depois, sumiu de tudo e simplesmente ficou recluso.

- Como assim depois que houve entre nós? Pergunta Illeana.

- Olha não sei o que aconteceu, sabe como é o Bodor ele simplesmente não fala tudo que aconteceu, isso quando fala algo que houve com a pessoa dele.

- Disso tem razão, mas onde ele está morando, pensei em ir na casa que ele morava quando estávamos juntos, indaga Mihaela.

- Daria com a cara na porta, simplesmente se mudou de lá.

- E se fossemos na casa onde eu e ele morava? Pergunta Illeana

- Calma, deixa eu ver se entendi Illeana você e Bodor moraram juntos? Nervosa fala Mihaela.

- Sim, moramos durante um bom tempo juntos, mas depois nos separamos.

- Nenhum um local e nem outro, ele está morando num lugar afastado e até hoje somente eu tenho acesso, simplesmente ele abandonou a convivência com o mundo, mesmo eu quando vou até lá, muitas vezes não quer conversar, isso quando aparece para me ver.

Estamos perto da meia-noite, num relógio de parede Illeana que se preocupa e muito com o horário, quando não está em casa.

- Mae, precisamos de um favor, leve-nos até onde ele está morando, precisamos conversar, ver ele. Pede Illeana.

- Olha, temos aqui três problemas, dois são logo vocês duas querendo ver o Bodor e terceiro eu levar as duas até a presença dele.

- Por favor, eu te peço, estou agoniada, preocupada, explica Mihaela.

- Não tenho nem ordens de passar o número de telefone dele agora chegar onde mora e junto com vocês, terei muitos problemas.

- Pensei que seria uma boa ideia no início, mas pelo jeito não teremos a sua ajuda, vou embora e depois pensar em um jeito de encontrar ele sozinho, fala Illeana levantando se para ir.

- Espere! Como estão insistindo tanto, mas vou avisando, Bodor anda muito diferente, qualquer coisa fica nervoso, fora do controle, uma pessoa bem revoltada com razão por tudo que aconteceu, não estou falando somente de vocês duas, eu mesmo tenho uma parte de culpa disso.

- Mesmo assim quero ir, não importa o que aconteça comigo, fala Mihaela.

- Cheguei até aqui, voltar atrás seria burrice, diz Illeana.

- Se querem então vamos, primeiro vou pegar uma muda de roupa, para Mihaela colacar, gostaria de me acompanhar para escolher, vou aproveitar e me trocar também, Illeana vai com está roupa mesmo ou quer alguma emprestada?

- Estou bem com a minha roupa, responde Illeana.

- Vamos então, Mae preciso realmente de roupa, mas assim se eu for usar ela, tem que ser depois que chegarmos no castelo.

- Vamos fazer assim, eu te levo voando, claro se quiser?

- Pode ser assim, eu concordo.

As duas saem, para irem até o quarto de Mae, pelo caminho Mihaela cada vez mais impressionada com o luxo que Bodor proporciona para ela, mas a escolha dela foi feita, não pode reclamar agora. Chegando as duas no quarto, Mae fala.

- Complicou agora, não sei como resolver isso.

- Como assim, o que aconteceu?

- Você!

- Eu, o que Mae, fala logo.

- Tem quase vinte centímetros a mais que eu de estatura, fora toda a silhueta, vamos ver se terei algo que te sirva.

- Agora está me chamando de gorda, esbraveja Mihaela.

- Não, estou só falando das diferenças que temos de corpo, para roupa é um problema.

- Verdade acabei me exaltando por besteira, tem toda a razão.

Mae pega um sutiã, calcinha marrom, uma camiseta manga curta listrada, uma blusa preta, uma calça jeans e um tênis. Começam a mexer no guarda-roupa para procurar algo que cabe em Mihaela, sutiã, calcinha não encontram, ela comenta que não precisa, enfim acham uma camisa xadrez em preto e branco de manga longa, uma calça de moletom também xadrez, por sorte Mae tinha comprado um tênis que ficou folgado e não trocou ainda, porque a vendedora na hora de colocar na caixa pegou número maior. Agora as duas trocadas voltam para a sala, Illeana quase tendo um treco.

- Demoraram tanto assim, quase uma hora e estão com roupas tão simples, pensei que estavam se arrumando para um casamento, isso sim.

Elas nem respondem vão para a sacada da cobertura, Illeana se transforma e voa primeiro, Mae faz o mesmo e vai carregando Mihaela como tinha comentado, no caminho vão conversando sempre lado a lado.

- Onde ele está morando agora é muito longe, pergunta Illeana.

- Pelo menos duas horas, isso porque estamos voando.

- Como assim, ele não mora mais, se esconde de todo mundo, será que chegaremos antes do nascer do sol?

- Te disse que praticamente isso, eu sou a única pessoa que ele tem visto a muitos anos e sim chegaremos antes do sol estar no céu.

"Eu achando que ela estava exagerando e realmente ele parou de ter contato com a humanidade, deve estar do jeito que ela falou, insuportável". Pensa Illeana.

Mihaela apenas escuta o assunto que as duas ficam conversando, a chuva continua mesmo que mais fraca, ainda molha bastante por estar constante. Depois do tempo que Mae falou enfim estão próximas e ela avisa.

- Estamos quase chegando, não te disse que não teríamos problemas que o sol não raiaria.

- Realmente disse a verdade, responde Illeana.

- Vamos pousar, chegamos!

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1

Capítulo 1 PRÓLOGO

23/01/2023