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Alana estava sentada em sua poltrona no quarto, olhando a janela. Seus olhos estavam cheios de lágrimas pela falta que seu ex-namorado fazia. Os dois terminaram por uma exigência de seu pai, porque Harry era pobre demais para a sua “princesa”, segundo ele. Ela limpou os olhos e respirou fundo, levantando da poltrona e descendo as escadas de sua casa de classe média em Berlim. Seu pai estava usando o celular na frente da televisão, ela o olha e balança a cabeça de forma negativa.
— Por que você fez isso comigo, pai? Você não se importa com meus sentimentos? — Disse, chorosa. Ela cruzou os braços como se estivesse com frio. — Eu achei que era sua princesa, mas pelo visto, sou sua refém.
— Me poupe, Alana. Me poupe. — Reclamou e girou os olhos. — Você saiu duas vezes com esse rapaz e já acha que é o amor da sua vida? Ele só estava interessado em entrar no meio das suas pernas, e você sabe disso.
— Por que é tão difícil acreditar que alguém gosta de mim, pai?
A moça triste subiu as escadas de novo, se trancou no quarto e olhou o grande espelho preso na parede. Ela passou as mãos em seus longos cabelos castanhos e observou os olhos esverdeados, tocou no próprio rosto branco e balançou a cabeça. Pensou que talvez o pai tivesse razão ao achar que Harry só estava interessado em levá-la para a cama, por ser chata, ou mimada. E então, sentou no chão, abraçou as pernas e chorou. Era o que lhe restava. Em seus dezoito anos de vida, sempre foi presa em casa pelo pai, podendo apenas ir à escola.
Do outro lado de Berlim, Hanner está tentando tirar informações de um homem, que seu chefe solicitou. No final das contas, o homem não entregou nada.
— Se ele não entregou a informação, ele não sabe. — Hanner afirmou. E tem razão em dizer isso, pois é o melhor em fazer com que falem.
— Teremos que pegar o outro, então. — Sebastian disse e Hanner concordou com a cabeça.
Os dois saíram do galpão, deixando o homem morto para trás.
Hanner dirigiu até a casa de seu chefe, uma mansão imensa, e entrou sem aviso prévio. Ele era tão conhecido nessa casa que era considerado morador.
— Boa noite, Alexander. — Hanner ergueu a sobrancelha. O homem lhe ofereceu a mão e os dois se cumprimentaram.
— Boa noite, Hanner. Conseguiu o que pedi? — Ele negou com a cabeça.
— Ele não tinha as informações. Você sabe o que tive que fazer. — O outro homem cruzou os dedos das mãos.
— Tudo bem. Você sabe de quem ir atrás para conseguir a informação, não sabe? — Hanner concordou. — Mas antes, eu tenho um trabalho pra você.
— Pode falar.
— Preciso que cobre uma dívida de trinta milhões de dólares. — Hanner não esboçou reação. Pouca coisa o surpreende.
— Me passe o endereço. — Pediu. O homem tirou um papel do bolso e entregou a Hanner.
— Olha, nós temos uma informação privilegiada sobre a família deste homem. Podemos conseguir um acordo de casamento com um bom dote, sabia? — Hanner riu.
— Ah, quanto? Uns trinta milhões em dote? Parece interessante. — O sorriso malicioso de Alexander deu a deixa. — Se ele não pagar...
— Aquele cretino do Seth faria um acordo de casamento para sanar a dívida, com certeza. Ele não ama a filha, e pelo que sei, é uma filha bastarda.
— Bom, farei o que ele achar melhor. — Hanner concluiu e Alexander assentiu. — Se quiser um contrato de casamento com a máfia, é melhor pra gente.
— Eu concordo.
Os dois terminaram a conversa e Hanner saiu com o endereço na mão. Restava a ele encontrar a casa e cobrar a dívida.
Não demorou muito até conseguir chegar ao endereço. Ele se olhou no retrovisor, viu seu próprio rosto no espelho. Hanner é um homem bonito, forte, e o único local sem tatuagens é seu rosto. Seus olhos demonstram a raiva reprimida por seu passado triste. Com um pouco mais de um e oitenta e cinco, ele aparenta ser bem maior por causa dos músculos. Ele precisa ser forte. Hanner não carrega nem ao menos sobrenome, ele é um homem invisível. Tem milhares de documentos falsos, vezes sendo Hanner Smith, outras sendo Hanner O’Connel, entre outros nomes que o fizeram esquecer até mesmo seu nome de batismo. Colocou suas luvas pretas de couro, pois sabia que se tudo saísse do controle, teria que matar.
Ele pulou o muro da casa, o que não foi difícil. A casa azul tem muro baixo como se o dono não tivesse medo do que está do lado de fora. Hanner foi até a porta dos fundos e fez com que o alarme parasse de funcionar, e ele entrou de forma fácil por aquela porta.
Seth estava sentado à mesa, na sala de jantar, comendo um sanduíche de forma tranquila. Hanner caminhou vagarosamente até o homem e parou de modo que o homem pudesse vê-lo. Os dois se olharam e Hanner percebeu a jugular de Seth saltada, sabia que ele causava medo no outro homem.
— Boa noite, senhor Beckett. — Disse, com a seriedade de sempre, que fez Seth tremer.
— Boa noite... Enviado da máfia? — Perguntou, com a voz trêmula.
— Que bom que sabe. Vamos encerrar isso logo para que eu possa dormir cedo, estou meio cansado, sabe? — Ele sorriu de forma irônica.
— Eu não tenho os trinta milhões. — Hanner girou os olhos ao ouvir. O homem engoliu seco.
— Não vou sair daqui sem o pagamento. Mas acho que você já sabe disso.
— Estou morto, então? — Questionou. Ele se levantou e caminhou vagarosamente até Hanner.
— Oi? — Hanner soltou uma gargalhada exagerada, maligna e muito irônica. — Você acha que isso quitaria os trinta milhões que você deve? — Hanner negou com a cabeça. — Você não vale nada nem vivo e nem morto pra máfia. Nós queremos o pagamento.
— Eu não tenho como pagar! Eu não sei o que fazer! Eu usei o dinheiro, eu investi, mas vocês sabem, o Alexander sabe que eu levei vários golpes e o dinheiro se foi! — Disse, em tom quase choroso, como se pudesse causar piedade em Hanner. Doce engano.
— Quer um papel em alguma novela com essas lágrimas de crocodilo? Não estou aqui para essa perda de tempo. Pelo que vejo... — Hanner olhava ao redor, com uma expressão de nojo. — Essa casa não vale nem metade do valor do meu relógio de pulso. Mas pelo que sei, sua filha é uma linda moça, pura, que seria uma esposa perfeita para um acordo de casamento.
— Não, minha filha não.
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