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Legados De Sangue
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11
Capítulo

Alan é um jovem caçador que cresceu odiando qualquer ser sobrenatural. Quando tinha 11 anos, seu pai foi enfeitiçado e morto por uma bruxa. O ódio do garoto por esses seres foi só aumentando ao longo do tempo, agora que está a um passo de receber a marca do caçador, ele está decidido a vingar a morte do pai. Mesmo que para isso tenha que matar qualquer ser maligno que esteja em seu caminho. Após uma invasão a fundação de caçadores, ele desperta o poder de uma adaga mágica. Agora Alan vai ser obrigado a ficar longe dos seus amigos e sair em busca de respostas e também de vingança. Uma história cheia de magia, amores impossíveis e amizades improváveis. ( Trecho) ... "Desde criança fui ensinado a matar qualquer ser que não tenha o sangue humano correndo em suas veias, agora que me tornei um caçador, vou poder vingar a morte do meu pai e me tornar um guerreiro igual um dia ele foi" Todos os Direitos Reservados © Roberto Seguins SEM PLÁGIO EIN, GALERA ❌

Capítulo 1 Última prova

— Ei, relaxa! Você vai conseguir

Kira minha melhor amiga segura minha mão, em seguida da um leve sorriso tentando me deixar menos nervoso.

— Nós vamos conseguir — falo balançando a cabeça enquanto entrelaço meus dedos nos dela.

Viro meu rosto para o outro lado, erguendo a cabeça para olhar para o meu namorado Diego, que está na ponta da fileira de vinte e oito alunos. Aceno para ele com a cabeça, ele acena de volta e pisca com os olhos. Um gigante e lindo sorriso surge no seu rosto me deixando muito mais encantado.

Estou nervoso, me preparo para esse dia desde os sete anos de idade. Treinei todas as artimanhas das últimas provas dos últimos dez anos. Estalo freneticamente meus dedos, enquanto jogo meu corpo sem parar, para frente e para trás .

Estamos reunidos no grande campo da fundação ansiosos para a última prova. Ela é chamada assim porque é a prova prática com monstros de verdade, e obstáculos reais. E porque é literalmente a última prova que decide quem deve ganhar a marca do caçador.

As idas para F.C.N (Fundação de Caçadores da Noite) são as minhas preferidas. Todos os corredores e paredes carregam o suor, e a história de cada guerreiro que já passou por aqui. Os troféus e as armas dos caçadores mais antigos, usadas para matar os piores monstros do mundo, são guardadas em uma estante de vidro blindado na entrada da fundação de mais de quarenta e oito metros quadrados.

Todas as salas são cheias de equipamentos modernos, e ajustados exclusivamente para cada novo caçador. Os professores que nos ensinam são ex caçadores experientes, cheios de técnicas e macetes para lutar com qualquer ser sobrenatural que exista. Neste lugar, finalmente eu consigo deixar de ser um simples adolescente de dezessete anos para ser um verdadeiro caçador da noite, aqui todos os jovens aspirantes a caçadores tem a permissão de treinar com revólveres, lanças, e facas. Aqui eu consigo ser eu mesmo, sem ter que me conter, ou me esconder em pilhas de livros na última fileira da sala de aula de uma escola normal.

Meu nome é Alan Stuart, sempre fui treinado para odiar e matar qualquer ser que não tenha o sangue humano correndo em suas veias. Se me perguntar qual lembrança que tenho de minha infância, claramente vou falar sobre os monstros acorrentados no meu porão, da sala de armas que eu era proibido de entrar, mas sempre que meu pai se entretia em outra coisa, eu dava um jeito de entrar e imitar os golpes dele, segurando alguma arma igual ele segurava, sempre que me vem essas lembranças meu coração fica cheio de raiva, e acumulado por vingança, mas sei que um dia sua morte será vingada, e eu conseguirei viver em paz.

Hoje a minha ida para fundação é muito mais especial. Hoje é o dia da última prova, todos os jovens de dezessete anos que conseguirem passar, iram receber a marca do caçador, e enfim poder caçar de verdade, matar monstros reais, não aqueles de realidade virtual que são usados nos treinamentos da fundação. Vamos ter as nossas próprias armas, vamos realizar nossas próprias batalhas épicas, e quem sabe um dia ter nossa foto dentro da parede de vidro como exemplo para os novos caçadores que virão.

Um chiado de microfone ecoa pelo campo fazendo algumas pessoas se assustarem e levarem as mãos aos ouvidos. O vice-presidente do conselho, Ulisses Vargas bate com o dedo indicador no microfone. Tirando a saliva presa na garganta, ele começa a falar

— Hum Hum! Sejam bem vindos a mais um ano de saudação da F.C.N. Meus futuros caçadores da noite, preparem-se, aos seus lugares. A última prova já vai começar.

Viro para Kira e o olhar dela encontra o meu, soltamos nossas mãos e nos preparamos para o que quer que possa vir, todos os outros vinte e oito alunos também se preparam. A última prova nunca é igual, todos os anos eles mudam os obstáculos e os monstros. A cada ano que passa, fica mais difícil passar por ela.

Um muro enorme surge da terra rodeando toda o campo, com um pequeno portão de grades de ferro a quilômetros de distância em nossa frente, concentro meus olhos na escuridão que emerge no fundo do portão. Que de dentro, bem devagar sai uma borboleta azul voando e pousando no meio do campo. Olho para Kira, e ela está concentrada olhando para a borboleta, em frações de segundos todos começam a correr em direção ao pequeno animal que continua parado no centro da arena. Diego sempre foi meio afobado, e impulsivo, assim como eu, ele sempre esperou por esse dia, mas por incrível que pareça ele nem se moveu. Eu sempre achei que ele fosse ser o primeiro a dar a largada para batalhar com qualquer monstro que fosse.

Eu corro alguns metros, e paro para ver se ele já está correndo, mas ele ainda está parado. Diego de me olha, mas rapidamente desvia o olhar para os outros alunos que ainda estão correndo até a borboleta, continuo parado observando Kira e alguns outros correrem em direção a grade de ferro.

_ Tem alguma coisa errada, está muito fácil _ penso. Direciono outra vez meus olhos para a borboleta azul que volta a bater suas asas. E com apenas duas batidas ela se transforma em um grande dragão de duas cabeças, que em seguida cospe fogo em grande parte dos alunos. Pilares enormes de concreto saem da terra se erguendo há muitos metros do chão. Um desses surge embaixo dos meus pés, me levando rapidamente para o alto. Olho para baixo e Diego esta tentando chegar até o pequeno portão, se escondendo entre os pilares. O dragão passa por cima de mim, tomo impulso e me seguro em sua cauda, tento escalar até uma de suas cabeças, mas ele rodopia de forma voraz para que eu caia. Puxo minha adaga que está presa com uma fivela de couro em minha cintura. Dou o primeiro corte, mas ele parece nem sentir. Alguns alunos escalam as colunas de concreto, outros correm de encontro ao pequeno portão. Kira está escalando os pilares, ela é ágil, é uma das melhores entre nós, tudo o que ela faz é com extrema perfeição, ela pula de Pilar em Pilar, e em alguns segundo ela já está no topo preparando-se para lutar com o dragão.

Eu tento me segurar como posso, mas a pele do animal é escorregadia, ele voa de um canto paro o outro dentro da arena, tentando me tirar a qualquer custo de cima dele. Eu me seguro na adaga que está enfiada na parte lateral de uma de suas asas. Eu poderia correr para o portão escuro igual aos outros, mas eu quero mostrar que sou um bom caçador, quero que meu pai sinta orgulho de mim, seja lá onde ele estiver.

Kira se agacha para tomar impulso, e espera a hora exata de subir em cima do dragão, ela rapidamente escala e enfia a sua adaga do outro lado da asa.

Diego consegue chegar até o pequeno portão, e no mesmo instante em que ele se aproxima para entrar, dezenas de vampiros pulam em cima dele e dos outros alunos. O banho de sangue está tomado. Olho para baixo tentando ainda nocautear o grande dragão, vejo dezenas de vampiros escalando os pilares, eles são rápidos, olhos vermelhos e dentes afiados.

Kira e eu, conseguimos chegar até a cabeça do dragão, depois de muito esforço enfiamos nossas adagas, uma em cada cabeça, rasgando-as ao meio, na mesma hora o dragão fica inconsciente e entra em queda livre nos levando junto. Esmagando vários alunos e vampiros e quebrando a maioria dos pilares. Começamos a lutar contra os predadores. Enfio minha adaga tão rápido em seus corações, que quase não tenho tempo para pensar, minha mente está vazia, a única coisa que quero agora é acabar com cada um deles.

Kira também está indo muito bem, ela quebra cada pescoço com facilidade, suas mãos e seu rosto estão lavados por sangue. Ela sabe que não podemos parar, perdemos muitos amigos na arena, mas os vampiros parecem se multiplicar, quanto mais os matamos mais eles aparecem, o cansaço toma conta de seu corpo, ela olha para mim e eu posso ver em seu rosto que ela está prestes a desistir, então ela para de lutar, e apenas espera pelo seu fim. O corpo de Kira é coberto pelos vampiros, eu tento correr até ela, mas é impossível, os monstros estão por toda a parte.

Quando eu pensei que já tinha a perdido, Diego surge com sua espada cortando o pescoço, e partindo ao meio os sangue sugas que encurralam Kira.

Nesse instante um som agudo sai pelos altos falantes espalhados pela arena, fazendo todos os vampiros entrarem em choque epilético. Caídos no chão eles sangram pelos olhos, boca e ouvidos até a morte. Ficando com a pele cinza e seca rente aos ossos.

__ Parabéns, vocês agora são os novos caçadores da noite. Disse o vice- presidente Ulisses, pelo alto falante.

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