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O meu pesadelo virou fantasia

O meu pesadelo virou fantasia

Caroli

5.0
Comentário(s)
40
Leituras
5
Capítulo

Queria que fora tudo um pesadelo, aquela não podia ser minha nova realidade, não sei quem me salvará de um pior pesadelo seja um anjo ou um diabo mandado para me fazer mal.

Capítulo 1 Onde estou

Estava a caminho de casa já era de madrugada, minha casa ficava ainda um bocado longe, tinha passado a noite toda a dançar minhas pernas estavam cansadas meus pés doridos, um pouco atordoada por causa do álcool.

Ia olhando as estrelas e aproveitando a paisagem, quando do nada uma mão agarrar-me a boca e a outra pela cintura - hammmm...hammm...- o único som abafado que sai pela minha boca até perder os sentidos.

Vou acordando, meus ouvidos estavam a zumbir, tinha uma dor de cabeça enorme e o corpo em uma má posição sentindo uma dor agonizante, antes de abrir os olhos pensará no pesadelo que acabará de ter.

Mas quando abri os olhos não era um pesadelo era a realidade, estava dentro da parte de traz de um camião, estava escuro não se via muito, conseguia notar os vultos de outras raparigas, umas nos chão deitadas, outras já acordadas encostadas umas as outras.

Minha cabeça estava a mil tentando perceber onde estava? O que me tinha acontecido? Por que eu?

Sentei me assustada em um canto agarrando as pernas, uma menina senta se ao meu lado olha para mim.

- Olá meu nome é Katia, como te chamas?

- Sou...sou a Caro...Carolina - Disse com uma voz fraca.

- Vejo que sejas uma das novatas, faz tudo o que eles te mandarem e tudo correrá bem, ainda tenho um pouco de água queres?

- Onde estou? O que me aconteceu? Quem são eles?

- Calma, acredita em mim, nós estamos no transporte a mudar de casa, eles são nossos donos, a partir de hoje és uma de nós, acredita nos já tentamos escapar, dar luta mas nada resulta, tens de permanecer calma e fazer tudo o que eles mandarem, é melhor assim não queiras saber o que eles são capazes de fazer se não obedecer. Bebe um pouco de água.

Estava assustada bebi uns golos na água a viagem foi longa deve ter durado dias.

Conheci todas as meninas que lá estavam era tantas umas 40 entre a idade de 14 a 20 anos, havia umas caixas de papelão no canto com umas garrafas de água e uns pacotes de bolachas e barras energéticas, o sufeciente para sobrevivemos.

Tentei ao máximo não adormecer, tinha medo de fechar os olhos, ao inicio foi fácil com todos os cenários a me passar pela cabeça do que me iria acontecer, e o choro de algumas das meninas as suas lágrimas.

Teria adormecido um pouco, acordei com um grande pesadelo que tivera, vou ter com um grupo de raparigas que já lá estavam a uns anos e sabiam como aquilo era.

Quando me aproximei no caminho acabo por pisar sem querer o braço de uma das meninas, quando me apercebo baixo me para ver se ela está bem, parecia estar a dormir, quando toco em seu rosto está frio.

Tenho que apertar os olhos para a ver melhor e ela está branca/azulada, vejo a sua pulsação, é então que mando um berro a chorar e digo soluçando - Está morta, ela esta morta.

Abraço me ao seu corpo com esperança que ela tenha ido para um sitio melhor e com um toque de alívio pois ela não teria que viver aquele futuro que as esperavas.

Pelas gretas que dava para espreitar lá para fora, calculava que já teria passado 6 dias desde que fosse raptada, de cabeça tentava perceber para onde ia, mas não sabia quanto tempo teria ficado apagada.

O camião entra por uma estrada de terra, nós estávamos lá a traz a saltitar de um lado para o outro com nossos corpos frios e doridos contra as paredes e umas as outras.

Do nada parou, ouvia se lá fora uns homens gritando, do nada um barulho intenso que zumbia por nossos ouvidos, credo era não alto, um homem baterá com um tubo de metal contra a lateral de metal do contentor.

As portas se abrem, entra muita claridade por um tempo não conseguíamos ver pois estávamos a dias no escuro, quase sem luz, a luz ardia nos olhos, quando já consigo ver melhor e ouvir, esta um homem a gritar para fazermos 3 filas e sair do camião lentamente, havia vários homens a volta da porta, até à porta de um armazém, tudo armado até ao dentes.

Eu era umas das últimas, recebia encontrões de algumas moças tentando escapar, já estávamos quase todas na rua, uma delas inconformada corria de uma lado para o outro no fundo do camião, um homem foi a agarrar e joga lá ao chão, ela chorava tanto.

Estamos todas a entrar dentro do armazém e oiço um dos homens a gritar - Chefe, desta vez temos 3 putas mortas - tento ver para quem ele falaria, quem seria o chefe, continua ele dizendo - Uma das antigas e duas das novas.

Estamos em uma sala no meio do armazém, os homens em nossa volta gritam para nós despirmos e ficarmos totalmente nuas, as raparigas que já lá estavam a mais tempo fizerem sem pensar o que eles lhe mandaram, eu tomei coragem pensei que seria melhor e o fiz, umas raparigas não queriam e uns homens as despiram nas a força, quando todas em fila.

A mesma voz mada nos ir tomar banho indicando nos uma sala cheia de chuveiros improvisados, no centro havia várias embalagens de champô e gel de banho.

Os homens nos observavam e mandavam comentários nojentos, a água a escorrer no corpo sabia bem, embora o que estava a acontecer, deram nos umas toalhas e umas langerie e poucas peças de roupa para nós vestimos.

Elas lutavam entre elas sobre uma blusa ou umas calças, eles viam e gostavam era como um jogo para eles, acabei por ficar vestida só com uma langerie vermelha toda rendada que revelava meu corpo todo, ela tinha ranhura entre as pernas.

Meteram nos numas salas separadas cada uma de nós numa divisão minúscula, tira uma cama, uma cadeira entre a cama e a parede que mal cabia lá, a cama tinha um colchão e dois lençóis.

A mesma voz grita do outro lado da parede

- Façam a cama e metam se a vontade que essa é a vossa nova casa.

Passado uns minutos a porta se abre e um homem joga umas latas de comida lá para dentro, umas toalhitas, papel, havia uma lata de feijoada, guisado, frutas, atum, com a fome que tinha comi.

Estava tão desesperada de fome, com tanto medo e assustada, uma a uma ouvia se ela a desaparecerem por uma hora e quando voltavam, voltavam a chorar ou gemer de dor.

Não sabia o que me iria acontecer, estava contando as portas que ouvia e a distância do som e sabia que era a próxima.

Um homem abre a porta pega me pelo braço e arrasta me para uma sala, ele colocou me no centro, estaca rodeada de homens de pé, estava a ser leiloada entre os homens de preto armados até aos dentes.

Um deles ia em minha direção como uma cara de quem tenha ganhado o Jackpots na lotaria, quando um homem que estava calado observando se levanta e diz - Ela é minha - era a mesma voz autoritária que nos mandava fazer as coisas.

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