"A traição veio da pior parte" Amanda é uma jovem de dezessete anos brasileira cursando o último ano do ensino médio. Sendo uma jovem que se destaca por sua beleza e inteligência, Amanda chamou atenção de um dos principais traficantes do Rio de Janeiro que se empenhou em conquistá-lá desde os dizeis anos da jovem. No início tudo são flores, o tempo passa e com isso veio as mudanças, agressões e o sentimento de possessão. Sentimentos são retidos, junto isso o ódio e o arrependimento. O caminho é sem volta, as atitudes suspeita aumentam sobre seu namorado que banca um altíssimo padrão de vida além do comum. O mau sabia Amanda de onde estava vindo todo esse dinheiro. O desvio é altíssimo e o verdadeiro dono viria buscar o que é seu.
Amanda Almeida
-Acho que estou apaixonada!
Diz a minha amiga Marcela pela quinta vez suspirando apaixonada por um dos homens que se aproxima da mercearia em um grupo de aproximadamente cinco homens.
Céus! Eu não aguento mais isso, essa mulher tem uma atração surreal por traficantes. Juro! Marcela é de boa família, estruturada e em situação financeira estável. Vários garotos da sua escola de alto padrão já pediram ela em namoro ou pediram para conhecê-la, ela quis?
Não!
Marcela dispensou todos! Segundo a mesma, eles são sem "sal" e não tem adrenalina como esse tipo de homem que ela é apaixonada.
Não pude evitar mais uma revirada de olho ao ouvir a respiração falsa apaixonada da minha amiga.
-Sabe que seus pais nunca aceitariam isso.- Digo sincera dando uma leve jogada de ombros para os lados. -Eles não tem nada a te oferecer, Marcela.
Ela bufou indignada pois sabia que eu só tinha dito verdades. Seus pais são advogados de uma empresa super importante e querem que ela siga o mesmo caminho deles. Um vez ele descobriram que ela estava namorando o rapaz daqui da comunidade e a trancaram dentro do quarto sem celular por duas semanas.
Ela não aprendeu a lição.
-Estraga prazeres.- murmurou baixo. -Mas olha pra ele, ele é tão lindo Amanda.- ela fez bico apoiando seu rosto sobre meu ombro.
Desvio a atenção para o grupo que agora conversam em frente a um pequeno mercado. Na rocinha tudo é bem movimento, sem falar o calor dos infernos que está fazendo nesse exato momento.
Estamos em uma praça onde algumas crianças brincam, alguns casais se beijam e animais correm com seus donos. Do outro lado está o grupo de homens e em destaque um deles, Gabriel.
Ou como ele gosta de ser chamado: Biel.
Ele é alto, possui várias tatuagens espalhadas pelo corpo, rosto juvenil, olhar marcante e ainda carrega um fuzil em suas costas.
Inclino levemente a cabeça o analisando de cima a baixo.
Até que ele é bonito.
-Bem que a Júlia poderia apresentar ele pra gente.- diz dengosa. -Que tipo de amiga não apresenta o irmão?
-Pra você!- A corrijo. -Ainda bem que não tenho irmão.
-Primo também serve.- ela brinca.
Tudo que não preciso no momento é conhecer e piorou me envolver com esse povo. Já basta o meu tio que faz parte desse meio social, ele faz parte da área financeira junto à um primo meu.
Eles são minha única família já que meus pais sumiram no mundo quando eu era bem novinha.
Tenho 16 anos, moro com meu tio e com meu primo e atualmente estou no primeiro ano do ensino médio e com ótimas notas.
-Oi!- Júlia chega inesperadamente já se sentando ao meu lado. -O que vocês estão olhando assim?- Júlia estreita os olhos diretamente para o grupo de homens que agora estão no asfalto. -Sério isso?
Ela nos olham com desgosto.
Aponto com o queixo para Marcela que cruza os braços como se não fosse nada demais.
-Meu irmão gente!- indaga fingindo está irritada.
-Você poderia fazer a boa? Tipo, apresentar ele pra gente.
A morena do cabelo cacheado e pele bronzeadoa cerrou os olhos e arqueou uma sobrancelha curiosa.
Júlia tem vinte anos, é um amor de pessoa e nem parece que é irmão do Gabriel e muito menos andam com ele. Só sabemos que ela era irmão dele porque a própria disse.
-Vocês querem mesmo?- Questiona intrigada.
-Chama!
-Não!- Gritei.
Por sinal alto demais. Marcela me olhou com os olhos arregalados, Júlia riu alto e só então percebi que a maioria da praça me olhava e por incrível que pareça eu estava de pé.
Os olhos dele estavam em mim.
Sentir meu corpo congelar com sua expressão, seus olhos estão vidrados aos meus de uma forma que fez meu corpo congelar.
Marcela segurou meu pulso puxando levemente para baixo para que me sentasse e assim eu fiz.
Me sentei lentamente quebrando o contato visual com o homem e passando a encarar a minha amiga.
Que droga.
-Calma! Não precisa disso.- Marcela alisa meu braço na tentativa de me acalmar. -Não sabia que tinha fobia a ele.
Neguei rapidamente, tentei pronunciar alguma palavra mas me calei em seguida por tive uma breve sensação de que iria gagueja.
Apertei as mãos ansiosamente e cruzei as pernas balançando meu pé erguido no ar. Respirei fundo fechando os olhos abrindo em seguida.
Vou ter uma crise de ansiedade agora?
Tratei logo de acalmar meu coração que me parecia que iria infanta de tão acelerado que tava.
Respirei novamente, Amanda me dar uma cotovelada chamando minha atenção e com o queixo aponta para os meninos que estavam prestes a atravessar à rua.
Merda.
-Bom.- Júlia descansa os cotovelos sobre o encosto do sofá. -Não será mais necessário chamá-lo, Marcela.
A loira parece ter comemorado internamente, vi suas íris azuis brilharem intensamente com a chagada do homem que se sentralizava no meio dos homens mantendo uma pose ridícula.
Odeio isso.
Coloquei uma mexa do meu cabelo para trás, eu estava com medo de que ele tivesse achado ruim o fato de ter encarado ele por não sei quanto tempo.
Eu ainda estava usando a farda do colégio e minha mochila estava embaixo do banco, inclinei um pouco agarrando minha bolsa e logo me coloquei de pé e Júlia segura meu pulso.
-Fica!
Neguei puxando meu braço.
Teve tempo? Não! Aqui estava Gabriel, frente a frente comigo, perto dele minha altura era ridícula e tenho que admitir, de perto ele é ainda mais bonito.
Dei alguns passos para lado, Marcela se pós de pé assim como Júlia.
-Não era pra você está na faculdade?- seu timbre rígido fez meu corpo vibrar, olho para Júlia que ergue uma sobrancelha se aproximado um pouco mais do irmão.
-Sair mais cedo hoje.- Júlia agarra o braço do irmão e pede gentilmente para os garotos se afastarem um pouco. -Olha essa é Marcela.- ela aponta para a loira que sorri e acena freneticamente para o rapaz que acena com cabeça. -Essa é Amanda, ela é a sobrinha do PJ.- minha amiga intercala o olhar entre mim e ele.
Ele me olhou novamente de cima a baixo e mais uma vez o sorriso de canto surge no canto da sua boca carnuda.
Acho que vou desmaiar.
-Não sabia que o PJ tinha sobrinha.- ele diz sério e talvez em um tom irônico.
Não pude evitar a erguida desconfiada de uma das minhas sobrancelhas, ele sorrio dando um passo a frente entendendo sua mão.
-Gabriel, satisfação.
-Amanda.
Apertei sua mão contra minha vontade, de relance vi a cara de Marcela confusa olhando para nossas mãos grudadas. Soltei a sua mão e finalmente ele se afastou, ainda com suas íris em mim.
Puta merda.
-Desde quando você mora aqui?
-Hum, desde sempre?!- Dessa vez ele riu junto com os amiguinhos idiotas dele.
O rádio do seu amigo tocou e logo ele entregou para Gabriel que pós próximo a orelha.
-Visão.
Ele me olha estranho, o radinho é devolvido para o garoto que aparenta ter a minha idade se duvidar.
Tão novo.
-Circulando.- ordena autoritário e assim os garotos fazem sem esperar por ele. -Vão pra casa, vocês três. Júlia, quando chegar me passa uma mensagem.
Júlia acenou confusa.
E lá se foi o Biel, ele nem se quer se despediu.
Um último rapaz o esperou, ele parecia até ser mais velho que o Gabriel.
Duas motos chegaram bara buscá-los, Gabriel tomou a direção de uma e antes de ir acenou em um movimento quase imperceptível.
Lá se foi o biel morro a cima em um sol de quase 35 graus.
Marcela e Júlia se entre olharam como se tivessem perguntado: você viu isso?
-Que palhaçada vocês duas.
Júlia iria protesta mas interrompi.
-Temos que ir! Com certeza não vem coisa boa pela frente.
Júlia concordo enquanto Marcela se mantinha quieta. Ciúmes, certeza.
Um veículo preto estacionou e buzinou chamando por Júlia diversas vezes.
Olhamos para morena que apenas
-Nossa carona.
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