Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Dedicatória
"Para meu amor, que foi meu farol na tempestade."
A justiça sempre foi meu senso de direção, tudo o que eu fiz como pessoa e tudo o que eu busquei para minha vida, foi com base em ser um ser humano justo. Por isso, que quando meus pais me proibiram de dar continuidade na queixa, o chão sob meus pés cedeu e tudo em que eu acredito, foi posto à prova. Eu era a filha deles e acima de tudo uma policial, que vive atrás de vagabundos como aquele, para garantir que outro pai e outra mãe não percam uma filha. Parece que eu já tinha percebido que aquele dia só iria piorar mais.
Mais cedo naquele dia...
- Nina, você está de serviço hoje? Perguntou Liz, minha irmã mais nova.
- Sim, estou saindo daqui a pouco, entro às 17h hoje.
- Nossa, que horário ruim, hein?! Vê se toma cuidado.
- Tá bom, pode deixar!
- Ah! Outra coisa, você pode fechar o portão quando o Pedro sair? Ele perdeu a chave dele.
- Ah... Sim, tudo bem!
Minha irmã ficou com um sorriso triste, ela sabia que eu não gostava do Pedro por causa do que tinha acontecido entre nós, mas como ela havia decidido seguir em frente, resolvi conviver bem com ele para que ela não ficasse triste. Mas sinto que estou me perdendo a cada dia depois do que aconteceu...
-
Até amanhã, Nina!
- Até!
Fui trabalhar pensando naquele sorriso da minha irmã, eu faria qualquer coisa para não ver aquele sorriso de novo, inclusive me sacrificar mais do que já estava.
Mas para aquilo não tirar minha concentração, decidi focar no serviço, pois ser policial não te dá espaço para vacilos. Chegando na viatura estava meu parceiro Matheus, meu melhor amigo e uma das pessoas inspiradoras para que eu me tornasse policial. Como ele tem mais tempo de corporação que eu, ele sempre fica de encarregado da viatura e eu como motorista.
Rondamos algumas ruas, abordamos algumas pessoas, mas nada muito sério, mas por mais que eu tentasse, não conseguia tirar aquela aflição do peito, estava tão triste pelo sorriso da Liz e tão deprimida por sempre estar me deixando de lado, aquilo tudo estava girando tanto na minha cabeça que nem ouvi o Matheus falar.
- ... ela simplesmente levantou da mesa e saiu andando, isso tem três dias e ela não atende minhas ligações.
- Leva ela em outro restaurante, talvez ela não tenha gostado desse.
- Nina, que parte do "ela não atende minhas ligações" você não entendeu? - Matheus me olha sério e pergunta - Aconteceu alguma coisa que eu deva me preocupar?
- Não, fica tranquilo.
- Então me diz o que é Nina, porque estamos quase encerrando o serviço e você não disse nem dez palavras.
O Matheus não era só meu melhor amigo, ele era literalmente meu parceiro de vida, ele cuidava de mim como uma irmã e sabia reconhecer melhor do que qualquer um, quando tinha alguma coisa errada comigo, então não adiantava eu esconder...
- Minha irmã ainda tenta forçar a barra entre eu e Pedro, para que eu conviva com ele como "família" - fiz aspas com os dedos - mas toda vez que ela faz isso, tudo o que aconteceu fica repassando na minha cabeça e só de lembrar disso, já fico com enjoo.
- Ei, tira isso da sua cabeça! Aquilo aconteceu muito tempo atrás, você era imatura, inocente, não soube lidar com a situação, agora você é madura, uma policial treinada, nada vai te acontecer, você só tem que colocar um ponto final nessa história e se livrar desse passado e desses sentimentos, que tudo vai ficar bem, tá bom?
- Tá bom!
- É isso aí e qualquer coisa, sabe que eu tô aqui para o que precisar, né?
- Sei sim, obrigada!
- Unidades na escuta? Denúncia de suspeita de estupro na Av. dos Estados, n°101, vítima mulher de 21 anos. Entendido?
- Entendido Central, unidade M-1060 à caminho, chegada em 13 minutos.
Meu coração? Gelou, parecia que aquele dia piorava a cada minuto que passava. Chegamos no local e outra viatura já havia capturado o agressor e o estava interrogando, nos pediram que levassemos a vítima para a delegacia para fazer o exame de corpo de delito e a conduzir para o hospital.
Quando entramos na casa, a sala estava toda revirada devido aos sinais de luta, mesa tombada, porta retratos jogados no chão com os vidros estilhaçados e roupas rasgadas no chão. Em uma parede, havia um quadro rasgado, com a moldura de madeira quebrada, bem no meio da pintura estava o rasgo e uma mancha de sangue, que ia escorrendo até o chão e depois para as roupas rasgadas em cima do tapete.
A cena estava perturbadora, mas não mais que a vítima, que estava a poucos metros do local, no portal de entrada do outro cômodo. Ela estava com uma blusinha de botões xadrez aberta até os últimos botões, com o sutiã rasgado e sem calça, ou shorts, apenas a calcinha, toda manchada, tiveram a decência de colocar um cobertor em volta dela para que não ficasse mais exposta. Seu cabelo estava bagunçado e com algumas gotas de sangue, ela tinha um corte em cima dos olhos e no lábio inferior e em volta de seu pescoço, grandes hematomas roxos e avermelhados.
- Por mais triste que seja de ver, poderia ser pior. - Disse o Sargento Muniz que comandava o caso.
- Poderia ser pior? - Questionei horrorizada.