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Prólogo
Era o meu fim! Caminhando desnorteada pelas ruas dessa cidade egoísta e cruel, seguindo na estrada da vida um caminho repleto de escuridão, dor, humilhações e tristezas, por todos os lados só havia trevas que me puxavam cada vez mais e mais para um túnel negro onde não havia nenhuma luz. Nenhuma luz! O fundo do poço! Eu estava no fundo do poço e não tinha a mínima ideia de como sair dali! Estava presa! Era assim que eu estava me sentindo naquele dia terrível! Eu, Taís Maia me sentia completamente presa em uma total escuridão, sem esperanças, perdida em um vazio que me consumia e me afogava, sem nenhum motivo ou vontade para continuar a caminhada porque eu estava perdida. Eu estava perdida! Até o momento em que eu me encontrei! Porque eu o encontrei! Foi ele quem eu sempre procurei mesmo quando ainda não sabia o que queria achar! Era ele! Sempre foi ele! Para sempre seria ele! João Melis, a luz que iluminou a minha vida! ................................
Devia ser umas quatro ou cinco da tarde! Nem sei dizer! As lágrimas que escorriam em meus olhos estavam tão fortes que nem conseguia enxergar direito. Caminhei pelas ruas sem destino, sem rumo, mas não me importava! Tudo o que eu queria era me afastar o máximo possível de toda aquela merda, eu só queria respirar, pensar na minha vida, espairecer. Andei bastante até chegar em uma praça, eu precisava de um banco para me sentar. Não sabia dizer por quanto tempo havia caminhado, mas sabia que meus pés estavam cansados. Olhei para todos os bancos e percebi que estavam todos ocupados, então deixei escapar um suspiro de frustração. Caminhei mais um pouco me perguntando como uma praça que havia tantos bancos não havia nenhum em que estivesse vazio. Foi então que eu o vi! Assim que olhei pra ele foi mágico, foi como se todas as trevas que me rondavam tivessem sumido! Naquele instante ele foi a luz que iluminou toda a escuridão da minha alma! Ele estava sentado no último banco que ficava embaixo de uma árvore, estava desenhando algo e olhando diretamente para o lago, seus cabelos loiros pareciam brilhar na luz do sol, ele era lindo, muito lindo. Eu estava tão encantada por ele que não conseguia parar de olhá-lo! Então depois de um tempo ele percebeu que eu estava o olhando e virou o rosto em minha direção, mas eu achei muito estranho o fato dele não me olhar diretamente nos olhos, ele parecia olhar para minha bochecha em algum ponto específico, mas nunca nos olhos. Mesmo assim eu ignorei completamente essa particularidade, porque a única coisa que eu reparava naquele momento era no seu rosto lindo, as bochechas levemente coradas, a boquinha rosada e seus olhos incrivelmente azuis, que me lembravam uma piscina, era a coisa mais linda de se ver. E como se eu estivesse sendo atraída por um imã, fui até o banco em que ele se encontrava e me sentei em um lugar vago. E foi aí que eu morri de vergonha! Porque no mesmo instante em que eu me sentei ele se arrastou e foi para a pontinha do banco me deixando totalmente sem graça. Primeiro eu abaixei meu nariz discretamente para verificar se eu não estava cheirando mal, mas até onde eu conseguia sentir estava tudo bem. Quando eu olhei novamente pra ele me dei conta que ele estava ficando vermelho e um pouco nervoso, como se estivesse com medo de mim, então me preparei para me levantar, pois não queria assustar o garoto. Foi aí que do nada escutei um sussurro muito baixo, era tão baixo que naquele momento eu pensei ser apenas fruto da minha imaginação, olhei novamente para o garoto e percebi que o mesmo olhava em um ponto fixo no lago. Eu realmente não queria assustar ele então me levantei de uma vez, e foi aí que novamente eu escutei o sussurro.
– Não vá! Eu não estou com medo de você! Estou apenas nervoso! - Ouvi sua voz baixa e rouca me chamando. Ele falava muito baixo, eu tive que me esforçar bastante para conseguir ouvir o que ele dizia!
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