Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Fortaleza - Ceará
Enquanto eu encarava pela milésima vez o relógio em meu pulso, "Vermelho" da Glória Groove estrondava pelos fones de ouvido e com o fim da música eu vi que restavam apenas 10 minutos para que os portões do Atheneu fechassem.
Droga! Atrasada de novo, Maria Alice?!
Não é como se eu tivesse culpa, um grande congestionamento se estendia por quilômetros e não havia nada que eu pudesse fazer com o trânsito.
Que Oxalá não permita que eu encontre a Diretora Dóris pelos os corredores da escola, supliquei inquieta porque eu sabia que ela era a personificação do próprio rei do inferno (Lúcifer); e como se não bastasse implorei ainda mais porque eu ainda tinha que chamar pela palavra carinhosa de mãe.
Que merda.
Assim que passei pelo portão eu analisei o pátio.
— Ainda bem que não encontrei ninguém.
— Que bonito, hein, Maria Alice!
Virei e vi Letícia, uma menina que estudava comigo desde que eu me entendia por gente, mas não éramos amigas e sempre que ela podia ela pegava no meu pé (por razões que só faziam sentido na cabeça dela).
Droga, antes fosse minha mãe!
Tentei ser simpática apenas para sair daquela situação.
— Oi... - falei dando um meio sorriso, mais falso que nota de três reais.
— Então a princesinha do colégio Atheneu chegou atrasada de novo? — Ela fez um bico enquanto refletia — como é filha da diretora, você acha que pode chegar a hora que quiser? — Questionou ironicamente colocando uma bala de halls na boca.
Pedi para que Maria Padilha de Aruanda me guiasse, porque não era possível ter tanta paciência com essa criatura logo pela manhã.
Mas tudo que eu não precisava agora era um escândalo que chamasse atenção de alguém.
Como da minha mãe.
— Você sabe que não é culpa minha - respondi - acabei pegando um ônibus e...
— Letícia e Maria Alice. — Meu sangue esfriou — O que ambas fazem no corredor da escola em horário de aula?
— Mãe — saiu automaticamente e eu corrigi logo — Quer dizer, diretora. Eu posso explicar.
Mas eu não pude, Letícia tratou de fazer isso por mim.
— Diretora Dóris, eu estava indo beber água quando encontrei ela atravessando o portão neste horário — falou dando ênfase para o relógio do salão — Pelo que sei, após 8h o aluno não pode entrar em sala de aula sem o consentimento da diretora. Ou isso só serve para alunos normais? — Alfinetou.
Ah, se eu pudesse fazer magia fora de Hogwarts.
— Maria Alice, diretoria. Letícia, para a sala de aula.
Letícia me analisou por um segundo, mas não contestou.
— Ok, diretora. Até mais, Maria Alice — sorriu dando a volta e indo em direção as salas de aula.
Filha da puta!
Eu precisava manter a calma, ou arrancaria o sorriso dela com apenas um soco. Havia o ditado de que a "a calada vence" e podia até ser verdade, mas o estresse de vencer calado talvez não valesse tão a pena.
— Ok, eu te dou cinco minutos para você explicar o motivo do seu atraso. — Falou fechando a porta da diretoria.
— Mãe, eu me atrasei porque estava entregando currículo! - Justifiquei me jogando sobre a cadeira - eu só quer...
— Maria Alice, primeiro: aqui na escola...
Eu expirei.
— Sempre chamar você de diretora Dóris, esteja alguém presente ou não — repeti a frase memorizada que ela dizia roboticamente para mim desde o ano passado.
— Segundo: você não precisa se preocupar com emprego, não agora pelo menos — ela falou tirando os óculos e esfregando os olhos — filha, você tem apenas dezesseis anos.
Eu levantei as mãos exasperada.