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PONTO DE VISTA DA ANA:
Acabamos de deixar a nossa antiga cidade há uma semana. Ainda sinto muitas saudades de lá e principalmente dos meus velhos amigos. Sobretudo do Bento, o meu melhor amigo. O que aquele idiota está fazendo a uma hora dessas sem mim? Ele me disse que viria me visitar algumas vezes e eu estou mega feliz com isso.
Hoje é o primeiro dia de aula na nova escola. Espero conseguir fazer novos amigos. Neste momento estou me preparando para o primeiro dia. Escolhi usar uma minissaia preta plissada com meias pretas e uma camiseta branca bastante simples, com uma jaqueta preta por cima. E o mais importante: estou usando as minhas botas de cano altas favoritas. Já que sou uma baixinha de um metro e meio, eu definitivamente quero parecer um pouquinho mais alta. Eu já estava quase pronta quando meu pai começou a me chamar para ir tomar o café da manhã.
"5 minutos e eu já vou, pai, estou quase pronta", eu disse.
"Vamos, querida, se continuar assim você vai se atrasar para o primeiro dia de aula", disse papai.
"Ok, deixe-me apenas terminar de pentear o meu cabelo", eu disse.
"Tudo bem, anjinho", meu pai completou.
Depois de escovar o meu cabelo ondulado, eu apenas dei uma olhada no espelho. De modo geral, eu estava bem. Meus olhos negros estavam brilhando e o meu cabelo pareciam ainda mais brilhante. As botas me deixaram mais alta como eu queria e a camiseta e a saia abraçavam minhas curvas muito bem. Depois de ter certeza de que estava tudo bem, comecei a descer as escadas.
O cheiro das panquecas fresquinhas atingiu o meu nariz, e minha boca instantaneamente ficou cheia de água. Corri em direção à cozinha e vi meu pai terminando de fazer minhas panquecas favoritas.
"Que delícia! Panquecas!" Eu gritei.
"Sim, meu bem", meu pai riu.
"Eu te amo muito, pai", disse enquanto abraçava o meu pai por trás.
"Eu também te amo, meu bebê", meu pai se virou para mim também e me deu um beijinho na testa.
Ainda que o meu pai não fosse rico, ele sempre tentou me dar tudo do melhor. Ele sempre me amou incondicionalmente e cuidou de mim. Ouvi da minha avó que minha mãe morreu logo depois que eu nasci e desde aquela época meu pai tem cuidado de mim com toda a dedicação. Por isso eu amo meu pai mais do que tudo.
Me sentei no balcão e logo papai começou a me dar as panquecas.
"Posso deixar que eu como sozinha, pai, já tenho idade suficiente para isso", protestei.
"Não importa quantos anos você tenha, você sempre será um bebezinho para mim", papai disse com um sorriso enorme no rosto.
Certamente o meu pai era a pessoa mais doce do mundo. Não consigo nem me lembrar se meu pai algum dia me repreendeu. Ele me tratava como uma verdadeira princesa.
Eu puxei os olhos do meu pai e o cabelo da minha mãe, completamente castanho escuro. Minha mãe era uma mulher linda. Em todas as fotos que eu vi dela, ela parecia um anjo absoluto. E meu pai também é muito bonito, mesmo depois de trabalhar o dia todo ele ainda parecia jovem e bem disposto. Eu queria muito que minha mãe ainda estivesse viva, assim poderíamos ter sido uma família perfeita. Eu sei que o meu pai ainda sente muita falta da minha mãe, é por isso que ele nunca se casou de novo.
Assim que terminou o café da manhã, meu pai me levou até o ponto de ônibus e eu o abracei e em seguida me despedi dele. Eu entrei no ônibus. E escolhi me sentar ao lado da janela. Após 10 minutos, chegamos à escola.
Eu desci e fiquei muito surpresa ao ver que a escola era muito maior e mais bonita do que a minha escola anterior.
Parecia tudo tão luxuoso e os alunos gritavam riqueza.
Todos estavam vestidos com roupas extremamente caras. Também havia muitos carros caros estacionados.
Comecei a ficar um pouco desconfortável com aquele clima.
Ai, meu Deus! Já estou morrendo de saudades da minha antiga escola.
Eu conseguia ver os alunos caminhando e fazendo as suas próprias coisas. Também vi algumas garotas vestindo roupas caras entrando na escola e me ignorando totalmente, uma olhou para mim e fez uma cara de nojo. Eu estava ficando muito nervosa, espero que nem todos os alunos sejam maus.
"Nada de ruim vai acontecer com você, Ana, fique calma", eu repetia para mim mesma. Respirando fundo, comecei a andar para dentro da escola ignorando todos os olhares que vinham na minha direção.
O meu pai já tinha me passado os horários das minhas aulas, um dos amigos dele era professor na escola e por isso ele conseguiu saber dos horários. Assim que entrei na escola, um homem muito alto me chamou, olhei para o lado e vi que ele estava caminhando na minha direção. Ele então logo me disse "Ei, querida, eu sou Carlos, amigo do seu pai."
"Oh, olá!" Eu respondi com um sorriso gentil.
"Eu sei que é o seu primeiro dia aqui, mas tente não ficar muito nervosa. Se você tiver algum problema, pode me procurar. Estarei na sala dos professores."
"Muito obrigada", eu respondi. De alguma forma, aquelas palavras me deixaram mais à vontade.
"Bem-vinda, e aqui estão as chaves do seu armário. O armário fica no segundo andar, lá você vai encontrar seus livros, eu os guardei lá." Ele disse sorrindo de uma forma muito simpática.
"Muito obrigada, o senhor não precisava ter feito tudo isso por mim, foi muito gentil", respondi com um sorriso no rosto.
"Você é como minha filha, Ana, e estou muito feliz por poder fazer tudo isso por você também", ele me deu um abraço de lado e foi embora.
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