5.0
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15
Capítulo

podemos não sair vivos desta vez. Explosões ressoam no céu e nas minhas calças. Estou encharcada de suor. Ian, de inıćio, estava vestindo uniforme camulado, mas eu o arranquei com os dentes. E por isso que sei que estou sonhando - minha boca não é tão hábil assim. Na vida real, eu quebraria um dente no zıṕer dele. O despertador berra outra advertência. Minha mente despertando grita: Levanta ou vai se atrasar! Eu me envio mais ainda sob as cobertas, e meu inconsciente vence. Ian dos Sonhos me joga por cima do ombro, como se estivesse tentando ganhar uma Medalha de Honra, e então caıḿos em um beliche de metal. Outra indicação de que isso é um sonho é o fato de que a parte carnuda da minha bunda bate na quina do beliche, mas não dói. Ele se esfrega em mim e balança a cama. Eu arranho suas costas. - Nós vamos ser pegos, soldado - eu gemo. Sua boca cobre a minha, e ele me lembra: - Aqui é uma zona de guerra; podemos fazer quanto barulho quisermos. Uma saraivada de tiros de metralhadora soa do lado de fora. Botas pesadas fazem barulho rumo à porta trancada. - Rápido, precisamos fazer uma barricada! - eu imploro. - Mas como? Não há nada de útil aqui, apenas aquele chicote de couro e meus coturnos que vão até os joelhos! Ele me puxa contra a porta, e nós nos olhamos. A solução de repente se torna clara: teremos de usar nossos corpos como um bloqueio sexy. - Ok, toda vez que eles chutarem a porta, eu vou entrar em você, entendeu? No três: um, dois... Assim que meu sonho chega à parte boa, meu celular começa a tocar "Islands in the Stream", de Kenny Rogers e Dolly Parton. O country pop dos anos 80 soa no volume máximo. Ouço sintetizadores. Eu gemo e me forço a abrir os olhos. Ian mudou meu toque novamente. Ele faz isso algumas vezes por mês. A anterior era outra música boba de dois velhos malucos. Pego o celular e o puxo para baixo das cobertas comigo. - Tá, tá - eu respondo. - Já tomei banho e estou passando da porta. - Você ainda está na cama. A voz profunda e rouca de Ian dizendo a palavra "cama" faz com que coisas engraçadas aconteçam no meu estômago. Ian dos Sonhos está se misturando com o Ian da vida real. Um deles é um tenente bonitão com braços de aço. O outro é meu melhor amigo, cujos braços são feitos de um metal que nunca tive o prazer de sentir. - Dolly Parton desta vez? Sério? - pergunto. - Ela é um tesouro nacional, assim como você. - Como você arruma essas músicas? - Eu tenho uma playlist no celular. Por que você está respirando com tanta dificuldade? Parece que você daria conta de embaçar um espelho. Ai, meu Deus. Eu me sento e me livro dos resquıćios do sonho. - Adormeci vendo as reprises de M*A*S*H novamente. - Você sabe que há outros programas para ver, não sabe?! - Sim, sei, só que ainda não encontrei um homem que me excite como Hawkeye. - Você sabe que Alan Alda está na casa dos 80, certo? - Ele provavelmente ainda tá com tudo em cima. - Se você diz, Hot Lips... Eu gemo. Assim como acontecia com a Major Houlihan, esse apelido me irrita... um pouco. Afasto os cobertores e planto os pés no chão. - Quanto tempo eu tenho? - O primeiro sinal toca em trinta minutos. - Parece que vou ter que pular aquela corrida matinal de mais de dez quilômetros que estava pretendendo fazer. Ele ri. - Arram. Começo a vasculhar o armário, procurando um vestido e um cardigã que estejam limpos. Os requisitos de vestimenta dos funcionários da nossa escola me obrigam a me vestir como a versão feminina do sr. Rogers. Hoje, meu vestido de verão é vermelho-cereja, e meu cardigã é rosa-claro, apropriado para o primeiro dia de fevereiro. - Alguma chance de você ter enchido uma garrafa térmica extra com café antes de sair de casa? - pergunto, esperançosa. - Vou deixar na sua mesa. Meu coração palpita de gratidão. - Quer saber, eu estava errada - eu provoco, fazendo um tom afetado e apaixonado

Capítulo 1 Quero isso

Hoje, meu vestido de verão é vermelho-cereja, e meu cardigã é rosa-claro, apropriado para o primeiro dia de fevereiro. - Alguma chance de você ter enchido uma garrafa térmica extra com café antes de sair de casa? - pergunto, esperançosa. - Vou deixar na sua mesa. Meu coração palpita de gratidão. - Quer saber, eu estava errada - eu provoco, fazendo um tom afetado e apaixonado. - Há um homem que me excita mais do que Hawkeye, e seu nome é Ian Flet... Ele geme e desliga. A Oak Hill High School a cinco minutos de bicicleta do meu apartamento.

Também a cinco minutos de bicicleta da casa de Ian. Poderıámos fazer o trajeto juntos, mas temos rituais matinais drasticamente diferentes. Eu gosto de tentar a sorte e forçar a barra com o despertador. Me causa emoções boas dormir até o último segundo. Ian gosta de acordar com o padeiro. Ele está inscrito em uma academia e faz valer a mensalidade todo dia pela manhã. Seu percentual de gordura corporal é próximo dos de adolescentes. Eu estou inscrita na mesma academia, e minha carteirinha está escondida atrás de um amado cartão de recompensas do Dunkin' Donuts. Ele olha feio para mim cada vez que mando para dentro uma rosquinha com cobertura de morango ao meio-dia. Aquelas engenhocas bárbaras na academia me intimidam. Certa vez, torci o pulso tentando alterar o peso em uma máquina de remada, e você já viu todos os diferentes tipos de puxadores, cordas na máquina com aquela polia? Metade dos equipamentos parece se resumir a brinquedos sexuais para cavalos. Em vez de me submeter a ir para a academia, premiro minhas corridas diárias de bicicleta. Além disso, não há como lutar contra minha fisiologia neste momento. Eu sou uma mulher de 27 anos, ainda aproveitando a onda de que meu shape vem naturalmente com a juventude e com o planejamento alimentar que um professor pode custear. Os únicos #gains que existem em minha vida são as maratonas do programa Do Velho ao Novo, com Chip e Joanna Gaines. Ian diz que sou muito dura comigo mesma, mas no espelho vejo joelhos nodosos e bojos pequenos quase não preenchidos. Em dias bons, tenho um metro e sessenta. Acho que posso fazer compras na Baby Gap. Quando chego à escola (dez minutos antes do primeiro sinal), encontro uma barra de granola ao lado da garrafa térmica de café na minha mesa. Na pressa de chegar à escola, esqueci de pegar algo para o café da manhã. Eu me tornei previsıv́el o ciente para que Ian tenha guardado belisquetes em cima e dentro da minha mesa. Posso abrir qualquer gaveta que sei que vou encontrar alguma coisa - nozes, sementes, biscoitos de manteiga de amendoim. Tem até um Clif Bar colado com adesiva embaixo da minha cadeira. Meu arsenal é mais para o bem dele do que para o meu. Eu sou a pessoa mais ansiosa que você já conheceu. Quando meu açúcar no sangue cai, eu me transformo na Jean Grey versão destrutiva. Eu engulo a barra de granola e tomo meu café, mandando uma mensagem rápida para agradecê-lo antes que os alunos comecem a lotar a sala de aula para o primeiro tempo. SAM: Obg pelo café da manhã. O café tá O AUGE. IAN: o blend que você comprou na semana passada. Seus alunos estão te ensinando novas gıŕias de novo? SAM: Eu ouvi ontem na hora da saıd́a. Ainda não tenho certeza se sei usar. Trago mais detalhes em breve. - Bom dia, senhoura Abrams! - meu primeiro estudante cantarola. E Nicholas, o editor-chefe do jornal de Oak Hill. E o tipo de garoto que usa suéter na escola. Ele leva minhas aulas de jornalismo muito a sério - ainda mais a sério do que leva sua paixonite por mim, o que significa muita coisa. Dou a ele um olhar de reprovação. - Nicholas, pela última vez, é senhorita Abrams. Você sabe que não sou casada. Ele sorri muito abertamente, e seu aparelho reluz. Ele mandou botar os elásticos com cores alternadas, azul e preto, as mesmas da escola. - Eu sei. Eu só gosto de ouvir você dizer isso. - Que garoto implacável. - E se me permite dizer, o tom do seu vestido está muito apropriado. O vermelho quase combina com o seu cabelo. Com um estilo desses, você vai virar uma senhoura casada muito em breve. - Não, não permito que você diga isso. Sente-se. Outros alunos estão começando a entrar na minha sala. Nicholas se senta na frente, bem no centro, e eu evito contato visual com ele o máximo possıv́el enquanto começo minha aula. Ian e eu temos empregos drasticamente diferentes na Oak Hill High. Ele é professor de Quıḿica Aplicada II. Ele tem mestrado e trabalhou na indústria após terminar a faculdade. Durante a pós- graduação, ajudou a desenvolver uma tira adesiva para a lıńgua que alivia queimaduras de coisas como café quente e pizza pegando fogo. Parece estúpido - o SNL até zombou disso -, mas despertou muito interesse no mundo da ciência, e essa experiência faz com que os alunos o admirem. Ele é o professor maneiro que arregaça as mangas da camisa até os cotovelos e explode as coisas em nome da ciência. Sou apenas a professora de jornalismo e coordenadora de equipe do Oak Hill Gazette, um jornal semanal lido por exatamente cinco pessoas: eu, Ian, Nicholas, a mãe de Nicholas e nosso diretor, o sr. Pruitt. Todo mundo acha que eu me enquadro na categoria "se não sabe fazer, ensine", mas na verdade gosto do meu trabalho. Ensinar é divertido, e eu não fui feita para o mundo real. Jornalistas sérios não são muito de fazer amigos. Eles entram em ação, pressionam, cutucam e expõem histórias importantes para o mundo. Na faculdade, meus professores me davam broncas por apenas produzir "textos muito arrumadinhos". Tomei isso como um elogio. Quem não gosta de coisas fofas? De qualquer forma, estou orgulhosa do jornal e dos alunos que ajudam a administrá-lo. Começamos cada semana com uma "Reunião Geral", como se fôssemos um jornal real e funcional. Os alunos apresentam suas ideias para matérias ou me informam sobre o andamento dos trabalhos. Quase todo mundo leva isso a sério, exceto os poucos garotos que procuraram o jornalismo para tirar boa nota facilmente - o que, cá entre nós, acontece mesmo. Ian diz que sou meio bestalhona. Estou conversando com uma aluna que se enquadra na segunda categoria agora. Acho que ela não entregou uma tarefa sequer desde que voltamos das férias de Natal. - Phoebe, você pensou em uma história para o jornal da próxima semana? - Ah, ahn... sim. - Ela estoura uma bola de chiclete. Sinto vontade de tirá-lo de sua boca e enviá-lo em seu cabelo. - Acho que vou perguntar por aı ́ se os zeladores estão se dando bem depois do expediente ou algo assim. - Você me deixe o pobre do sr. Franklin em paz. Vamos lá, o que mais você tem aı?́ - Ok, que tal... Almoço escolar: saudável ou não? Interiormente, eu envio as unhas nos meus globos oculares. Esse tipo de texto já foi escrito tantas vezes, que a merendeira da escola e eu criamos um sistema. Eu mantenho os alunos longe de sua cozinha e, em troca, ganho todas as batatas fritas que quiser. - Não há nenhuma novidade nesse tema. A comida não é saudável. Nós todos sabemos disso. O que mais? Ouço algumas risadinhas. As bochechas de Phoebe ficam vermelhas, e seus olhos se estreitam. Ela está chateada porque dei uma bronca na frente de toda a classe. - Ok, tá. - Sua voz está carregada de um tom atrevido e cruel, como só a de uma adolescente consegue ser. - Que tal eu fazer algo mais saliente? Talvez um artigo sobre amor proibido entre professores? Fico tão entediada, que bocejo. Rumores sobre Ian e eu são notıćias velhas. Todo mundo presume que, como somos melhores amigos, estamos saindo. Não tem como ser menos conectado com a realidade. Eu sinto vontade de dizer a eles: Sim, eu QUERO ISSO, mas sei que não sou o tipo de Ian. Aqui

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me apaixonei por suas habilidades em corda. Eu fiquei porque, de alguma forma, ele pegou meu coração e o fez dele. Callum Valentine não queria escutar. Então de novo? Quando um homem está chamando uma mulher de gorda na frente da sua mesa, é meio difícil não intervir. Especialmente quando a criatura mais bonita da cidade é chamada de gorda. Desi só quer ser deixada em paz. Depois de um divórcio feio, ela pensa que está livre. Então seu ex assume a responsabilidade de continuar a tornar sua vida miserável, dando a Desi nenhuma escolha a não ser pegar ou ir embora. De fato, suas malas estavam quase prontas quando Callum enfiou o nariz no espetáculo mais embaraçoso que a cidade de Kilgore já testemunhou. No momento em que ele a declara dele e fora dos limites, tudo muda, e definitivamente não para melhor. Como se as coisas não pudessem ser pior do que ser chamada de uma novilha lamentável e gorda na frente do homem mais quente que ela já viu, Callum tem que ir e dizer que é dele, e eles têm que jogar um jogo que ela não tem certeza de que quer estar jogando. Mas diante de seus olhos, as coisas mudam. E de repente as regras do jogo não são claras. E eles estão cruzando fronteiras que nenhum deles vê chegando. Capítulo 1 Por que o chocolate precisa engordar? Por que o aipo não pode engordar? - Pensamentos secretos de Desi Desidara Divórcios arrastados. O que é mais chato que ver seu ex-marido sair com a mulher com quem ele a traiu? Ou, mais precisamente estar lá. Embora ele não tenha me visto, graças a Deus. Eu olho para o meu colo, esperando além da esperança de que, se não mantiver contato visual, isso significa que ele não vai fazer... mas eu devia saber melhor. Mal Stevens e Marjorie Christmas são idiotas. Se eles pudessem encontrar uma maneira de tornar minha vida mais difícil do que precisa, eles o fariam. Pior ainda, eles me envergonhariam se pudessem. Ou seja, quando eles caminham, eles me torturam implacavelmente. “Bem, olá, Desi-Massa”, ouço meu recém-divorciado ex- marido praticamente zombar. Desi-Massa. Deus, se houvesse uma maneira de excluir uma palavra da linguagem humana, seria a palavra 'massa'. Cerca de um ano e meio de casamento, quando comecei a ganhar peso, Mal começou a usar palavras criativas e inventivas para me lembrar que eu não tinha mais seis anos. Pior ainda, ele compartilhou essas palavras com sua agora namorada, que também fica encantada cada vez que ela usa a palavra e eu recuo. Eu lentamente olho para cima, sei o que encontrarei quando o fizer. O olhar cruel de Mal centra-se unicamente em mim. “Oi, Mal”, eu digo suavemente. “Em que posso ajudar?” Seus lábios se levantam em um sorriso de escárnio. “Você pode me ajudar dizendo a meu pai que não precisa mais de dinheiro.” Minhas sobrancelhas se erguem. “Eu não posso”, eu digo. “Se eu não tiver dinheiro de você, não posso pagar a casa, e você sabe disso.” Um pagamento da casa que ele me forçou a adquirir. Um pagamento da casa que, se eu pudesse, desistiria em um piscar de olhos. O único problema é que ninguém na sua maldita mente quer comprar dois mil acres e uma casa de dez mil pés quadrados. Inferno, eu nem sei por que diabos tinha concordado em comprá-la, mas aqui estou eu, endividada até meus olhos, com uma chance mínima no inferno de descarregar uma casa que eu não quero, nem preciso. “Sim”, ele zomba. “Você continua dizendo a si mesma isso

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está preparado para isso e eu... Kendall bate o copo de chá gelado com tanta força que o líquido de seis dólares cai de sua borda. Agarrando o guardanapo, ela enxuga o molhado e me encara sobre o prato meio comido de crepes de trigo-mourisco. — O que foi? — Eu pisco para a minha melhor amiga. — Consegue notar que está falando sobre Sr. Puffs, Cottonball e Rainha Elizabeth pela última meia hora? — Kendall se inclina, os olhos castanhos estreitados. — É gato isso, gato aquilo, veterinário aquilo outro. — Ah — Envergonhada, olho para o relógio na parede do local de brunch no qual Kendall me arrastou. Com certeza, já faz quase trinta minutos desde que chegamos aqui – e não calei a boca durante esse tempo. Sem graça, olho para Kendall. — Me desculpe por isso. Não quis te entediar. — Não, Emma. — O tom de Kendall é de paciência exagerada quando ela se inclina para trás, jogando o cabelo escuro e brilhoso por cima do ombro. — Você não me entediou. Mas me fez perceber uma coisa. — O quê? — Você, minha querida, é oficialmente a Senhora dos Gatos. Minha boca se abre. — Como assim? — Sim. Uma típica Senhora dos Gatos. — Claro que não sou! — Não? — Ela arqueia uma sobrancelha perfeitamente formada. — Vamos rever os fatos então. Quando foi a última vez que teve seu cabelo cuidado por um profissional? — Hum… — Conscientemente, toco na explosão de cachos vermelhos na minha cabeça. — Talvez um ano ou mais atrás? — Foi, na verdade, para a festa do vigésimo quinto aniversário de Kendall, o que significa que já faz dezoito meses que nada além de um pente tocou essa bagunça cheia de frizz. — Certo. — Kendall corta seu crepe com a delicadeza de Rainha Elizabeth – minha gata, não a monarca britânica. Depois de mastigar, ela diz: — E o seu último encontro, foi quando? Sobre isso eu preciso realmente pensar. — Dois meses atrás — digo triunfante quando a lembrança finalmente chega até mim. Eu cortei um pedaço do meu próprio crepe e levei-o à minha boca, murmurando: — Isso não é há muito tempo. — Não — Kendall concorda. — Mas eu estou falando sobre um encontro de verdade, não um café por sentir pena de seu vizinho de sessenta anos. — Roger não tem sessenta anos. Ele tem no máximo quarenta e nove... — E você tem vinte e seis. Fim da história. Agora, não evite a pergunta. Quando foi a última vez que você teve um encontro de verdade? Pego meu copo d’água e engulo enquanto tento lembrar. Tenho que admitir, Kendall me pegou nessa. — Talvez um ano atrás? — Eu me arrisco, embora tenha certeza de que a data em questão – uma ocasião menos que memorável, claramente – antecedeu a festa de aniversário de Kendall. — Um ano? — Kendall bate as unhas cor castanho na mesa. — É sério, Emma? Um ano? — O quê? — Tentando ignorar o rubor subindo pelo meu pescoço, concentro-me em consumir o resto do meu crepe de vinte e dois dólares. — Tenho andado ocupada

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Minha primeira semana oficial no trabalho foi muito mais lenta do que as duas semanas anteriores, mas eu não estava reclamando. Eu nem me importei com a papelada que passamos o dia todo na segunda-feira vasculhando. O resto da semana foi repleta de preparação e organização. Me atualizando de todas as certificações de que precisava para me permitir usar as habilidades que aprendi no exército legalmente na vida civil. Uma verificação oficial de antecedentes dos arquivos de Cain. Tempo no campo de tiro. Lutando com os caras. O último pode parecer estranho, mas devido ao tipo de trabalho que fazíamos, fosse uma simples tarefa de segurança ou uma entrega de resgate, o vínculo entre os membros da equipe era mais importante do que qualquer outra coisa. Eles eram um bom grupo de caras. Eu não tinha com eles a história que tive com Leo, ou mesmo com os outros caras com quem servi, mas não teria isso com mais ninguém. O que eu poderia ter, porém, era algo novo. Poderia ter amigos que entendessem o que é servir, como é passar de militar para civil, por uma série de razões. Eu amava minha família, mas eles não podiam entender da mesma forma que aqueles homens podiam. Os flashbacks. Seguindo ordens com as quais você não concordou. Uma cadeia de comando. A confiança em alguém que poderia estar bem ao seu lado em um tiroteio. — Parabéns, — disse Cain da porta do escritório que eu dividia com Bruce. Como Bruce estava trabalhando, Cain entrou e se sentou no assento do outro homem. — A última de toda a sua papelada chegou. Você pode começar oficialmente o rodízio a partir de segunda- feira. Temos um trabalho de guarda-costas para o qual você, Fever e Dez são perfeitos.

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