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O Alfa me Quer...

O Alfa me Quer...

Arthur Souza

5.0
Comentário(s)
28
Leituras
2
Capítulo

Em uma sociedade onde os papéis de alfas, betas e ômegas definem o curso da vida de cada indivíduo, Kael Sampaio, um renomado médico obstetra alfa, dedica sua vida ao cuidado e bem-estar dos ômegas grávidos. Perfeccionista e comprometido com sua profissão, Kael sempre manteve uma barreira profissional impenetrável entre ele e seus pacientes. Porém, tudo muda quando Zyon Albane, um ômega de espírito livre e coração generoso, entra em sua clínica. Zyon, grávido de três meses, procura Kael após enfrentar dificuldades em encontrar um médico que compreenda suas necessidades específicas. Desde o primeiro encontro, Kael é surpreendido por um desmaio de Zyon. Enquanto Kael se esforça para manter sua postura profissional, ele não consegue ignorar os sentimentos crescentes que Zyon desperta nele. À medida que os meses passam, a relação entre Kael e Zyon se aprofunda. Eles compartilham momentos de alegria, insegurança e ternura, criando um vínculo que vai além das consultas médicas. Kael se vê dividido entre seus deveres profissionais e os sentimentos avassaladores que Zyon evoca nele. Em um mundo onde o preconceito e as expectativas sociais ameaçam qualquer desvio da norma, Kael e Zyon enfrentam desafios não apenas relacionados à gravidez de Zyon, mas também à aceitação de seu amor proibido. Enquanto a data do parto se aproxima, ambos precisam decidir se estão dispostos a enfrentar os riscos e lutar por um futuro juntos, desafiando todas as convenções estabelecidas. "O alfa me quer..." é uma história de amor, coragem e resiliência, onde dois corações encontram o caminho um para o outro em meio às adversidades, provando que o verdadeiro amor pode florescer nos lugares mais inesperados.

Capítulo 1 Na clínica

Zyon, sentado no sofá de uma clínica que se localizava no centro de Belo Horizonte, esperava ser chamado ao consultório médico. Sua consulta estava marcada para às 11:00 horas da manhã, entretanto como era de praxe o médico se encontrava atrasado com as consultas.

Ele parecia estar carregando uma tonelada em seu corpo, o cansaço era transparente em seu semblante. Sua vida nunca foi fácil, e a exatos três meses se complicara ainda mais.

"Maldita noite em que conheci Albert Albuquerque!" Zyon pensou com raiva de si mesmo.

Com os olhos inundados por lágrimas não derramadas se lembrou daquele fatídico dia em que sua mãe descobriu que ele estava grávido.

- Bem feito! Quem te mandou dormir com um cara que não conhecia? Agora pague as consequências de seus próprios atos Zyon. - Essas foram as palavras de sua mãe assim que ela descobriu que Zyon estava esperando um filho de um homem que não fazia ideia de onde estava. Ele sabia o nome do indivíduo, entretanto não seria louco de falar para sua mãe, ela era família, mas um tanto louca, e com certeza faria o se casar com o homem e Zyon não queria isso. - Só não te espanco para não perder essa aberração.

Aquelas palavras feriam a alma de Zyon que não sabia o que fazer, ele não podia revidar contra sua mãe, então permaneceu de cabeça baixa, as lágrimas escorriam por sua face borrando a sua maquiagem. Seu filho com toda certeza não era uma aberração, ele seria muito amado e com certeza traria alegria e felicidade a sua vida que no momento se encontrava triste e sombria.

Olhando ao seu redor viu famílias felizes que estavam à espera de um filho, nunca em toda sua vida passara por sua mente que seria pai solo, e agora ali estava ele, a espera de um filho.

Zyon não estava triste, muito menos se culpava por não tomar medidas anticoncepcionais, entretanto, pensara que nunca aconteceria com ele, esse foi seu maior erro. Suas mãos suavam sem controle por conta da ansiedade que tomava seu ser de pouco a pouco.

- Que demora! - Zyon resmungou para si mesmo. Já passava das 14:00 e ainda nao tinha comido nada em seu almoço, era mais que certo que não faria a refeição mais importante do dia. Depois que saísse dali, precisava com urgência voltar para seu emprego. Ele era professor em uma escola de 1º ao 5º ano dos anos iniciais do ensino fundamental, e como todo funcionário público, recebia uma merreca que quase não dava para pagar as contas do mês, quem diria comer fora.

Seu estômago doía de fome, como sempre descrevia parecia que uma adaga estava sendo cravada nele de tanto doía, Zyon tinha consciência que não podia em hipótese alguma ficar sem se alimentar, para o bem do bebe que estava gerando. É verdade que esse bebe veio sem ser esperado, mas, com toda certeza desse mundo será muito amado por ele. Ele enfrentará Deus e o mundo para ficar com o ser que estava gerando, mesmo não dando o braço a torcer Zyon já o amava com toda a força que tinha.

- Zyon Albane, consultório 4 - A voz de inteligência artificial soa pelos alto falantes da televisão que estava fixada na parede em frente as cadeiras de espera. Zyon se levanta com dificuldade, seguindo a passos vagarosos em direção ao consultório, no decorrer de seus passos sentiu as vistas embaçadas, junto a tontura, provocando um repentino enjoo nele. Se apoiando na porta Zyon perde a consciência.

***

Kael Sampaio estava tendo um dia tranquilo na medida do possível, se encontrava sentado em frente a mesa de seu consultório, ele era médico obstetra que atendia na maioria das vezes pai ou mãe solo, essa era uma triste realidade que acompanhava cerca de 45% da população mundial.

O médico entre uma consulta e outra analisava a planilha da relação de pacientes em seu computador, segundo a mesma seu próximo paciente era Zyon Albane, logo o chamou pelo monitor que se localizava na área de espera da clínica, com as mãos em cima da mesa mexendo os dedos como se estivesse tocando piano.

" Será que ele não viera?" Kael pensou notando que o paciente estava demorando mais que o normal.

Assim que sua porta foi aberta abruptamente teve a certeza que tinha algo de errado acontecendo ao ver uma recepcionista ao invés de seu paciente, e pela expressão que fazia com toda certeza algo de muito grave aconteceu com seu paciente.

- Doutor, o paciente desmaiou! - Zoey exclamou com desespero aparente na voz, além de estar inquieta.

Kael se levantou o mais depressa que conseguia seguindo para a porta do consultório, não disse nenhuma palavra, não precisava, sua preocupação se encontrava estampada em sua face. Seu paciente precisava de atendimento, não conseguiria ficar ali parado sem fazer nada. Sua consciência não o deixaria tranquilo se não fosse conferir como estavam as coisas. Ao passar pela porta visualizou o paciente caído no chão.

" A situação é mais grave do que fui informado, Zyon além de ter desmaiado sofreu uma queda, aquilo agravou o estado de emergência." Kael pensou enquanto prestava os primeiros socorros constatando que Zyon teria que ser encaminhado a um hospital com emergência, pois precisaria fazer um ultrassom para ter certeza de que estava tudo bem com o bebê.

- Chame uma ambulância, agora - Kael ordenou para Zoey, que ficou sem entender o motivo de o médico ter sido tão grosso com ela. A verdade era que nem ele conseguia entender o motivo de estar sendo tão "enfático" nesta situação. Em sua cabeça ele estava sendo, na medida do possível, normal, entretanto em seu íntimo sabia que havia uma centelha diferente que saltava de seu corpo. Em um primeiro momento não dera tanta importância para aquilo, mas com o passar dos minutos, essa fagulha foi aumentando cada vez mais, ele nunca sentiu algo parecido, muito menos presenciara. Na tentativa de dispersar tal sensação sacudiu a cabeça, mas não adiantou nada.

Um cheiro de mel misturado com chocolate invadiu suas narinas, era estranho pois nunca havia sentido tal cheiro e mesmo assim lhe passava a sensação de conforto.

O que era mais louco era que tinha a certeza de que o cheiro vinha do seu paciente, respirando uma e outra vez tentava controlar seu lado lobo, que no momento estava aflorado. Para as pessoas ao redor era visível o descontrole do médico, além de exalar seu feromônio, seus olhos mudaram de azul para amarelo.

- Doutor, o senhor está bem? - Uma enfermeira perguntou se aproximando, entretanto, assim que Kael voltou seu olhar para ela, a mesma recuou dando espaço para o Doutor e seu paciente. A enfermeira só não entendeu o porquê do lobo do Doutor estar aparentemente descontrolado. A verdade era que nem o próprio Kael não compreendia a situação em que se encontrava. Seu peito doía ao ver Zyon deitado no chão, sua mente trabalhava a mil por hora imaginando inúmeras possibilidades, da mais complexa à mais simples. Seu lobo arranhava seu interior querendo sair, chorando feito um filhote com fome, ele estava desesperado.

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