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Sombra de Sangue

Sombra de Sangue

Jeniix

3.5
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77
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5
Capítulo

Uma jovem vampira, Alina, foi sequestrada quando bebê, arrancada de seu clã ancestral por um grupo misterioso que desejava usá-la para seus próprios fins. Criada em uma família humana que a tratava como filha, Alina cresceu sem suspeitar da verdade sobre sua origem. À medida que seus poderes vampíricos começam a se manifestar, ela percebe que algo está errado e começa a questionar a sua realidade. Quando descobre a verdade, que sua "família" é responsável por seu sequestro, Alina precisa escolher entre buscar vingança, retornar ao seu verdadeiro clã ou forjar seu próprio caminho, enfrentando inimigos poderosos e o dilema de sua identidade.

Capítulo 1 Sussurros da verdade

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A escuridão da noite envolvia a cidade, iluminada apenas pelas luzes tênues das lâmpadas de rua. Alina caminhava pelo parque, as folhas secas estalando sob seus pés. Era uma noite comum, mas uma inquietação pulsava dentro dela, um sentimento que a seguia como uma sombra. Desde que seus poderes começaram a despertar, tudo parecia... diferente.

Alina sempre fora diferente. Desde pequena, sua força e agilidade a destacavam das outras crianças. Enquanto seus amigos se cansavam durante as brincadeiras, ela continuava a correr, rindo e saltando com uma energia quase sobrenatural. Porém, seus pais adotivos, que a amavam como a própria filha, nunca lhe disseram o porquê de suas peculiaridades. Alina acreditava que era apenas uma menina especial, uma benção em suas vidas.

Mas, conforme os anos passaram, os sussurros de algo mais profundo começaram a emergir. Quando a lua cheia brilhava no céu, Alina sentia uma necessidade incontrolável de estar ao ar livre, de se perder nas sombras. E os sonhos - ah, os sonhos! Visões de um clã ancestral, de pessoas com olhos que brilhavam como rubis, dançando sob a luz da lua, sussurrando seu nome. Eram visões tão reais que ela acordava com o coração acelerado, sentindo-se presa entre duas realidades.

Naquela noite, enquanto a brisa fresca acariciava seu rosto, Alina decidiu que precisava entender. "Por que eu me sinto assim?" Ela murmurou para si mesma, parando sob uma árvore imponente. Olhando para as estrelas, suas lembranças de infância pareciam tão distantes. O amor de seus pais adotivos era genuíno, mas havia um vazio, uma falta de pertencimento que ela não conseguia ignorar.

Um estrondo a fez sobressaltar. Um grupo de jovens se aproximava, rindo e brincando. Ela tentou se afastar, mas uma voz familiar a fez parar. "Alina! Onde você está indo?" Era sua melhor amiga, Clara. Alina forçou um sorriso e se virou.

"Só estou... pensando," respondeu, sentindo uma pontada de desconforto. Clara notou a expressão em seu rosto. "Está tudo bem?"

"Claro! Vamos!" Alina tentou esconder a inquietação, mas a sensação de estar sendo observada não a deixava. Uma sombra a seguia, uma presença que parecia se intensificar a cada passo que dava. Ela se forçou a ignorar.

Naquela noite, enquanto todos se divertiam, Alina se sentou à margem, observando os amigos. O riso ao seu redor era uma lembrança constante de tudo que parecia fora de alcance. Quando o grupo começou a contar histórias de medo sobre vampiros e criaturas da noite, ela não pôde evitar o frio que a percorreu. Era como se cada palavra ressoasse dentro dela, ecoando uma verdade que estava oculta.

Depois de algum tempo, Clara se aproximou. "Você está tão quieta. Alguma coisa está te incomodando?" Alina hesitou. A verdade sobre quem realmente era a assombrava, mas dizer isso em voz alta parecia arriscar tudo que tinha.

"Eu... só estou cansada," disse Alina, forçando um sorriso. "Talvez eu precise de um tempo sozinha."

Ao se afastar, decidiu caminhar um pouco. O caminho parecia chamá-la, as árvores altas estendendo seus galhos como braços. A noite estava silenciosa, e a única companhia que tinha era o sussurro do vento. Alina percebeu que se afastava da festa, cada passo mais longe da realidade que conhecia.

De repente, ela sentiu uma onda de frio. Parou e olhou ao redor, seus instintos agudizados. Uma figura encapuzada surgiu à distância, observando-a. O coração de Alina disparou. "Quem é você?" ela gritou, mas a figura não respondeu, apenas se aproximou lentamente.

Ao chegar mais perto, Alina pôde ver os olhos da figura, brilhando com uma intensidade vermelha. O medo e a curiosidade a dominaram, e uma voz ressoou em sua mente. "Alina, a verdade está mais próxima do que imagina. Seu passado não está esquecido."

O mundo ao seu redor começou a desvanecer, e uma sensação de reconhecimento invadiu seu ser. Lembranças de uma vida que ela nunca viveu se misturavam com as da sua infância. O que era real? A figura estendeu a mão, e Alina, apesar do medo, sentiu uma estranha conexão.

"Venha," sussurrou a figura. "Está na hora de descobrir quem você realmente é."

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Continua..

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