Renascida do Fogo: Adeus, Leo

Renascida do Fogo: Adeus, Leo

Gavin

3.5
Comentário(s)
348
Leituras
11
Capítulo

Acordo com o cheiro a queimado, grávida de nove meses, e o prédio está em chamas. Com a minha mãe, ficamos presas no 12º andar, o fogo a bloquear a saída. O meu marido, Leo, está lá em baixo. Clamo por ajuda ao telefone, e ele promete que vem nos salvar, instruindo-nos a ir para a varanda. Mas, do nada, ouço a voz da sua meia-irmã Sofia, em pânico total. Leo hesita apenas um segundo antes de me dizer que Sofia está mais perto do fogo e que precisa dele primeiro. E desliga. Abandonada à sorte, espero, enquanto o fumo e o calor nos sufocam. Quando os bombeiros finalmente chegam, é tarde demais. No hospital, a verdade cruel: a minha barriga está lisa. O fumo e o stress provocaram um descolamento da placenta, e eu perdi o meu bebé. Leo aparece, não com remorso, mas com desculpas esfarrapadas, culpando a minha "falta de calma" e defendendo a sua "escolha heroica". O meu sogro e a própria Sofia, que ele salvou, juntam-se ao coro, tentando virar a culpa contra mim. Como pôde o pai do meu filho, o homem que jurei amar, ter-nos abandonado num incêndio, levando à morte do nosso bebé? Como podem acusar-me de uma tragédia que a escolha dele causou? A dor dilacera-me, a raiva incendeia-me, mas no meio das cinzas do meu luto, uma decisão inabalável nasce. Olho-o nos olhos e, com voz firme, sentencio: "Quero o divórcio." Nenhuma chantagem ou manipulação me impedirá de arrancar este pesadelo da minha vida. Esta é a minha revanche.

Introdução

Acordo com o cheiro a queimado, grávida de nove meses, e o prédio está em chamas.

Com a minha mãe, ficamos presas no 12º andar, o fogo a bloquear a saída.

O meu marido, Leo, está lá em baixo.

Clamo por ajuda ao telefone, e ele promete que vem nos salvar, instruindo-nos a ir para a varanda.

Mas, do nada, ouço a voz da sua meia-irmã Sofia, em pânico total.

Leo hesita apenas um segundo antes de me dizer que Sofia está mais perto do fogo e que precisa dele primeiro.

E desliga.

Abandonada à sorte, espero, enquanto o fumo e o calor nos sufocam.

Quando os bombeiros finalmente chegam, é tarde demais.

No hospital, a verdade cruel: a minha barriga está lisa.

O fumo e o stress provocaram um descolamento da placenta, e eu perdi o meu bebé.

Leo aparece, não com remorso, mas com desculpas esfarrapadas, culpando a minha "falta de calma" e defendendo a sua "escolha heroica".

O meu sogro e a própria Sofia, que ele salvou, juntam-se ao coro, tentando virar a culpa contra mim.

Como pôde o pai do meu filho, o homem que jurei amar, ter-nos abandonado num incêndio, levando à morte do nosso bebé?

Como podem acusar-me de uma tragédia que a escolha dele causou?

A dor dilacera-me, a raiva incendeia-me, mas no meio das cinzas do meu luto, uma decisão inabalável nasce.

Olho-o nos olhos e, com voz firme, sentencio: "Quero o divórcio."

Nenhuma chantagem ou manipulação me impedirá de arrancar este pesadelo da minha vida.

Esta é a minha revanche.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Herança e um Casamento Forçado

Herança e um Casamento Forçado

LGBT+

5.0

A chuva incessante batia na janela da velha mansão, um lamento que apenas acompanhava a dor no peito de Sofia. Há uma semana, a tragédia levara seus pais e irmãos, deixando-a, aos 22 anos, a única herdeira da Fazenda Alvorada, um império do café. Mas a mansão, antes cheia de risos, agora era um mausoléu. Dona Clara, a gerente da fazenda, entrou com uma bandeja, a preocupação em seu rosto. "Menina Sofia, você precisa comer alguma coisa." Sofia mal podia desviar os olhos da paisagem cinzenta lá fora. "Não consigo, Clara. Não sinto fome." Dona Clara suspirou, antes de revelar a bomba que mudaria tudo. "O advogado da família esteve aqui. Sua avó, Dona Alice, deixou uma cláusula no testamento." A base de tudo, a lei da família, agora se tornava a sua maior prisão. "Há uma condição," continuou Dona Clara, a voz baixa, "para você assumir o controle total da fazenda e da fortuna: você precisa estar casada." Casada? Em meio a tanto luto? Parecia uma piada cruel do destino. "Isso é um absurdo," Sofia sussurrou, a voz trêmula. "Por que a vovó faria isso?" A notícia se espalhou como fogo por Monte Belo, e um nome emergiu nas fofocas maldosas: "Aquela filha ilegítima dos vizinhos teve sorte, vai virar a Sra. da Fazenda de Café." Era Camila, a garota por quem Sofia nutriu uma paixão platônica por toda a adolescência. E, como invocada, Camila apareceu na mansão naquela mesma tarde. Com uma arrogância que Sofia nunca quisera ver, ela parou à sua frente. "Fiquei sabendo da sua situação." A voz fria de Camila atingiu Sofia como um tapa. "Considerando sua devoção por mim todos esses anos e que agora você está desamparada, posso me casar com você." Mas a facada veio logo em seguida. "Mas saiba que eu e Lucas nos amamos, e mesmo como Sra. da Fazenda, darei filhos a ele." Lucas. Seu primo. O cúmplice. O quebra-cabeça macabro se montou, revelando a ganância dos seus tios e a traição de Camila. O coração de Sofia se esfarelou. Sua devoção por Camila fora a grande tolice de sua juventude, uma alavanca para ser usada no momento mais oportuno. Subindo as escadas, ela ouviu vozes vindas do escritório do pai. "Você realmente disse isso pra ela? Assim, na cara dela? Você é incrível, meu amor." Era Lucas, risonho, com Camila respondendo cheia de desprezo. "Claro que eu disse. Aquela idiota sempre foi louca por mim. É só estalar os dedos. Assim que nos casarmos, a fazenda será nossa. E seus pais podem parar com esse teatrinho de luto e começar a planejar como vamos gastar o dinheiro." Um beijo longo e debochado. A imagem deles, rindo de sua dor e conspirando, foi a gota d' água. A tristeza profunda deu lugar a uma raiva fria, cortante. No espelho, Sofia viu a garota ingênua morrer. Eles a subestimaram. Mas a verdadeira noiva de Sofia já estava a caminho.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro