A Noiva Abandonada e a Justiça Que Se Fez

A Noiva Abandonada e a Justiça Que Se Fez

Gavin

5.0
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Capítulo

O médico disse que a minha perna teria de ser amputada. Em segundos, o meu mundo desabou, e com ele, a promessa de um futuro perfeito. A cirurgia de emergência tinha acabado, mas o cheiro a antissético e a traição pairava no ar. Liguei ao meu noivo, o Diogo, para lhe dar a notícia. Ele atendeu com impaciência, falando sobre o "caos da cidade" quando eu precisava dele ao meu lado. Enquanto o ouvia, percebi vozes familiares ao fundo – a da minha melhor amiga, Sofia, a choramingar por ter perdido o seu gato, o Mimo, e a do pai do Diogo a consolá-la. O Diogo, o homem que ia casar comigo, disse-me: "Não vês o caos que está na cidade? Nem tive tempo para almoçar!" A minha mãe, ao meu lado, tinha os olhos inchados de chorar, mas o choque estava só a começar. Quando revelei que ia terminar o noivado, a raiva dele explodiu. "Não podes querer acabar tudo só por causa disto, pois não? Não tens um pingo de compaixão? Sabes como a vida da Sofia tem sido difícil, ela sente-se tão sozinha!" Ele continuou a gritar, perguntando quem me iria querer agora, amputada, e se eu queria passar o resto da vida sozinha. Depois, desligou-me na cara. Eu tinha acabado de perder uma perna. O meu noivo, o homem com quem ia casar em três meses, tinha-me abandonado ensanguentada na estrada para ir procurar um gato de outra mulher. Não era só a perna que eu tinha perdido; era a minha dignidade, o meu futuro, a minha fé. Será que ele não pensou em mim? Ou o nosso amor valia menos do que um gato? Nesse abismo de dor e desespero, recebi uma ligação do meu padrinho. Ele revelou uma verdade chocante: o pai do Diogo, o Senhor Alves, tinha arruinado o meu próprio pai anos atrás, usando táticas de traição semelhantes. Aquele casamento não era amor, era uma vingança familiar. A minha vingança estava apenas a começar.

Introdução

O médico disse que a minha perna teria de ser amputada.

Em segundos, o meu mundo desabou, e com ele, a promessa de um futuro perfeito.

A cirurgia de emergência tinha acabado, mas o cheiro a antissético e a traição pairava no ar.

Liguei ao meu noivo, o Diogo, para lhe dar a notícia.

Ele atendeu com impaciência, falando sobre o "caos da cidade" quando eu precisava dele ao meu lado.

Enquanto o ouvia, percebi vozes familiares ao fundo – a da minha melhor amiga, Sofia, a choramingar por ter perdido o seu gato, o Mimo, e a do pai do Diogo a consolá-la.

O Diogo, o homem que ia casar comigo, disse-me: "Não vês o caos que está na cidade? Nem tive tempo para almoçar!"

A minha mãe, ao meu lado, tinha os olhos inchados de chorar, mas o choque estava só a começar.

Quando revelei que ia terminar o noivado, a raiva dele explodiu.

"Não podes querer acabar tudo só por causa disto, pois não? Não tens um pingo de compaixão? Sabes como a vida da Sofia tem sido difícil, ela sente-se tão sozinha!"

Ele continuou a gritar, perguntando quem me iria querer agora, amputada, e se eu queria passar o resto da vida sozinha.

Depois, desligou-me na cara.

Eu tinha acabado de perder uma perna.

O meu noivo, o homem com quem ia casar em três meses, tinha-me abandonado ensanguentada na estrada para ir procurar um gato de outra mulher.

Não era só a perna que eu tinha perdido; era a minha dignidade, o meu futuro, a minha fé.

Será que ele não pensou em mim? Ou o nosso amor valia menos do que um gato?

Nesse abismo de dor e desespero, recebi uma ligação do meu padrinho.

Ele revelou uma verdade chocante: o pai do Diogo, o Senhor Alves, tinha arruinado o meu próprio pai anos atrás, usando táticas de traição semelhantes.

Aquele casamento não era amor, era uma vingança familiar.

A minha vingança estava apenas a começar.

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5.0

No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

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