A Vingança da Filha Abandonada

A Vingança da Filha Abandonada

Gavin

5.0
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Capítulo

A primeira coisa que senti foi a raiva da Júlia, minha irmã. Ela segurava um envelope amassado, a carta da universidade estrangeira. Meu coração parou. Eu tinha escondido tão bem, no fundo da gaveta de meias. "Me devolve isso, Júlia. Não é da sua conta." Ela recuou, com um olhar que nunca tinha visto. Uma mistura de inveja e ódio puro. "Você ia fugir, não é? Ia para o outro lado do mundo e deixar a gente aqui." A voz dela atraiu minha mãe, Marta. "O que está acontecendo? Por que essa gritaria?" Júlia estendeu o envelope para ela. O rosto da minha mãe se fechou. A frieza me atingiu. "É verdade, Lara? Depois de tudo que sacrificamos por você, você ia nos abandonar?" A palavra "abandonar" soou como uma sentença. Eu tentei explicar sobre a bolsa de estudos integral. A garganta fechou. O tapa no meu rosto veio rápido e forte. "Sua ingrata." Meu pai, Sérgio, chegou em casa. "Que bagunça é essa?" Júlia, com um sorriso vitorioso, apontou para mim. "A Lara ia fugir do país. Ia deixar a gente na mão." Meu pai agarrou meu braço com força. "Você não vai a lugar nenhum." Ele me arrastou para a sala, me jogando no chão. Minha cabeça bateu na mesinha. A dor explodiu. Júlia e minha mãe só observavam. Meu pai pegou meu celular. "Não vai precisar mais disso." Ele o arremessou na parede. Me puxou pelos cabelos de volta ao quarto. "Você vai ficar aí até aprender qual é o seu lugar." Ouvi a chave girar. No chão frio, a dor latejava. A escuridão me levou. Então, abri os olhos. A luz do sol entrava pela janela. O cheiro de café. Minha cabeça não doía. Meu celular intacto na mesinha. A data era a mesma do dia anterior. Eu estava de volta. Eu tinha renascido no início do meu pesadelo.

Introdução

A primeira coisa que senti foi a raiva da Júlia, minha irmã.

Ela segurava um envelope amassado, a carta da universidade estrangeira.

Meu coração parou.

Eu tinha escondido tão bem, no fundo da gaveta de meias.

"Me devolve isso, Júlia. Não é da sua conta."

Ela recuou, com um olhar que nunca tinha visto.

Uma mistura de inveja e ódio puro.

"Você ia fugir, não é? Ia para o outro lado do mundo e deixar a gente aqui."

A voz dela atraiu minha mãe, Marta.

"O que está acontecendo? Por que essa gritaria?"

Júlia estendeu o envelope para ela.

O rosto da minha mãe se fechou.

A frieza me atingiu.

"É verdade, Lara? Depois de tudo que sacrificamos por você, você ia nos abandonar?"

A palavra "abandonar" soou como uma sentença.

Eu tentei explicar sobre a bolsa de estudos integral.

A garganta fechou.

O tapa no meu rosto veio rápido e forte.

"Sua ingrata."

Meu pai, Sérgio, chegou em casa.

"Que bagunça é essa?"

Júlia, com um sorriso vitorioso, apontou para mim.

"A Lara ia fugir do país. Ia deixar a gente na mão."

Meu pai agarrou meu braço com força.

"Você não vai a lugar nenhum."

Ele me arrastou para a sala, me jogando no chão.

Minha cabeça bateu na mesinha.

A dor explodiu.

Júlia e minha mãe só observavam.

Meu pai pegou meu celular.

"Não vai precisar mais disso."

Ele o arremessou na parede.

Me puxou pelos cabelos de volta ao quarto.

"Você vai ficar aí até aprender qual é o seu lugar."

Ouvi a chave girar.

No chão frio, a dor latejava.

A escuridão me levou.

Então, abri os olhos.

A luz do sol entrava pela janela.

O cheiro de café.

Minha cabeça não doía.

Meu celular intacto na mesinha.

A data era a mesma do dia anterior.

Eu estava de volta.

Eu tinha renascido no início do meu pesadelo.

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