Cicatrizes de Um Passado

Cicatrizes de Um Passado

Gavin

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Capítulo

Eu estava na prisão, o cheiro de mofo e desespero impregnado na pele, uma cicatriz latejando nas minhas costas. A porta da cela se abriu e Marina, deslumbrante como sempre, mas com um brilho gélido nos olhos, apareceu. "Gabriela, está na hora." Meu coração bateu descontrolado. Hora de assinar os papéis para outra doação de órgão. Eu sabia o que aquilo significava: a morte. Uma pessoa não sobrevive sem os dois rins. "Eu não vou", minha voz saiu fraca. Ela apenas sorriu. "É para a Luiza." Meu mundo congelou. Luiza estava morta. Mas Marina disse que não. Que Luiza estava em coma e precisava de um doador compatível. Eu. Tudo se encaixou: a "morte" de Luiza, meu aprisionamento, a primeira doação forçada. Era tudo um plano para me aniquilar. "Eu já te dei tudo, Marina! Carreia, meu amor, meu rim. Isso vai me matar!" "Eu sei", ela respondeu, sem uma ponta de remorso. "Mas a Luiza precisa viver. Eu a amo, Gabi. Você nunca entenderia." Assinei minha sentença de morte sob lágrimas escaldantes de traição. Senti a agulha, o anestésico, a escuridão. Pensei que era o fim. Mas, de repente, uma luz. O cheiro de café fresco. Eu estava na minha cama, na Villa da Primavera, minhas mãos e meu corpo saudáveis. Nenhuma cicatriz. "Marina, meu amor, a Gabi ainda está dormindo? Ela não vai gostar de me ver aqui no café da manhã", ouvi a voz manjosa de Luiza vindo do andar de baixo. Corri. O calendário na mesa de cabeceira me atingiu como um soco. Era o dia. O dia em que Luiza reapareceu em nossas vidas. Eu não morri. Eu renasci. Uma risada amarga escapou dos meus lábios. A Gabi ingênua e apaixonada morreu. A mulher que renasceu só tinha um propósito: vingança. Marina, você me tirou tudo. Agora, eu vou tirar tudo de você.

Introdução

Eu estava na prisão, o cheiro de mofo e desespero impregnado na pele, uma cicatriz latejando nas minhas costas.

A porta da cela se abriu e Marina, deslumbrante como sempre, mas com um brilho gélido nos olhos, apareceu.

"Gabriela, está na hora."

Meu coração bateu descontrolado. Hora de assinar os papéis para outra doação de órgão.

Eu sabia o que aquilo significava: a morte. Uma pessoa não sobrevive sem os dois rins.

"Eu não vou", minha voz saiu fraca.

Ela apenas sorriu. "É para a Luiza."

Meu mundo congelou. Luiza estava morta.

Mas Marina disse que não. Que Luiza estava em coma e precisava de um doador compatível. Eu.

Tudo se encaixou: a "morte" de Luiza, meu aprisionamento, a primeira doação forçada. Era tudo um plano para me aniquilar.

"Eu já te dei tudo, Marina! Carreia, meu amor, meu rim. Isso vai me matar!"

"Eu sei", ela respondeu, sem uma ponta de remorso. "Mas a Luiza precisa viver. Eu a amo, Gabi. Você nunca entenderia."

Assinei minha sentença de morte sob lágrimas escaldantes de traição.

Senti a agulha, o anestésico, a escuridão. Pensei que era o fim.

Mas, de repente, uma luz. O cheiro de café fresco.

Eu estava na minha cama, na Villa da Primavera, minhas mãos e meu corpo saudáveis. Nenhuma cicatriz.

"Marina, meu amor, a Gabi ainda está dormindo? Ela não vai gostar de me ver aqui no café da manhã", ouvi a voz manjosa de Luiza vindo do andar de baixo.

Corri. O calendário na mesa de cabeceira me atingiu como um soco. Era o dia. O dia em que Luiza reapareceu em nossas vidas.

Eu não morri. Eu renasci.

Uma risada amarga escapou dos meus lábios. A Gabi ingênua e apaixonada morreu.

A mulher que renasceu só tinha um propósito: vingança.

Marina, você me tirou tudo. Agora, eu vou tirar tudo de você.

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Romance

5.0

Pedro Alvares, um bilionário do mercado imobiliário, era o marido perfeito. Sua devoção a Sofia Lima, sua esposa, era lendária, e ele não economizava esforços para expressar seu amor em demonstrações públicas grandiosas. Mas essa imagem perfeita estava prestes a ruir. Um pequeno pacote rosa, contendo uma camisinha sabor morango – que Sofia detestava –, caiu do bolso do casaco de Pedro. Um arrepio gelado correu por Sofia, pois a embalagem era idêntica à que ela vira nas mãos de Camila, a secretária de Pedro, o que reacendeu uma memória recente e desconfortável. A voz de Pedro, vindo do banheiro, a tirou do transe: "Amor, no que você está pensando?". Vendo o rosto pálido de Sofia, ele franziu a testa, preocupado, e ela o encarou por longos segundos. A mentira sobre a camisinha saiu da boca dele com uma naturalidade assustadora, e Pedro agiu como se Sofia o tivesse ofendido profundamente. Pedro conseguiu acalmá-la, mas a cena subsequente, onde ele se esgueirava para atender um telefonema de Camila, que apareceu encharcada na porta de sua casa, revelou a terrível verdade. Sofia viu Pedro beijar Camila na chuva e, por um momento, Pedro parecia preocupado, ele não queria que sua "esposa" o descobrisse. Entretanto, ele não estava preocupado com a esposa, mas sim com sua "amante". "Não! Se minha esposa te visse aqui, seria um problema enorme", ele disse enquanto a despachava. Ali, naquele momento, Sofia percebeu a profundidade da farsa: seu marido não apenas a estava enganando, mas o romance extraconjugal com sua secretária, Camila, era elaborado e envolvia mentiras contínuas. Presa em um casamento de aparências, onde o homem que jurou dedicação a traía, Sofia encarou uma verdade dolorosa. Seis anos de amor e confiança evaporaram. Como ela poderia lidar com essa traição, especialmente quando a traidora era a mesma mulher que ela ajudou Pedro a contratar? O que Sofia fará agora que o "homem dos seus sonhos" revelou ser um mentiroso?

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