A Traição Que Mudou Tudo

A Traição Que Mudou Tudo

Gavin

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Capítulo

A sirene da ambulância rasgava a noite, mas para mim, Ricardo, era só o som do fim. Caído no asfalto molhado, com a cabeça latejando e gosto de sangue na boca, eu via as luzes vermelhas e azuis dançarem, enquanto minha vida brilhante, antes cheia de promessas, se esvaía de forma patética e injusta. Tudo desabou rápido demais. De aluno exemplar de engenharia, orgulho do meu pai, tornei-me um pária, um criminoso. A falsa acusação de Alice, que eu tentei ajudar, envenenou minha vida. A universidade me suspendeu, amigos se afastaram. O golpe final foi a morte do meu pai, um homem trabalhador que sacrificou tudo por mim. Libertado por falta de provas, mas não de suspeitas, eu era um fantasma, sem diploma, sem honra. E ali, no chão, meu último pensamento foi um lamento: se eu pudesse voltar, se tivesse uma segunda chance... De repente, a dor sumiu. A escuridão se dissipou. O cheiro de café fresco e pão na chapa invadiu minhas narinas. Abri os olhos. Eu estava no meu quarto, na casa do meu pai. "Ricardo! Filho, você vai se atrasar pra aula! O café tá na mesa!" Era a voz dele. Viva, quente. Peguei o celular. A data: três anos atrás. O dia em que tudo começou. Não era sonho. De alguma forma impossível, eu havia retornado. As lágrimas que escorreram não eram de tristeza, mas de alívio, fúria e determinação. Eu lembrei do desprezo de Alice, da arrogância de Bruno, da dor do meu pai. E lembrei de tudo. Naquela vida, naquele exato dia, eu veria Alice sendo importunada por Bruno e interviria, selando meu destino. Mas não desta vez. O garoto ingênuo morreu naquela calçada fria. O homem que acordava nesta cama era mais cauteloso, astuto e perigoso. Eu não interviria diretamente. Usaria minha inteligência, minha memória do futuro, para orquestrar uma justiça muito mais devastadora. Eu não apenas limparia meu nome. Eu destruiria aqueles que me destruíram. Eu honraria a memória do meu pai. Desta vez, eu não seria a vítima. Eu seria o caçador.

Introdução

A sirene da ambulância rasgava a noite, mas para mim, Ricardo, era só o som do fim.

Caído no asfalto molhado, com a cabeça latejando e gosto de sangue na boca, eu via as luzes vermelhas e azuis dançarem, enquanto minha vida brilhante, antes cheia de promessas, se esvaía de forma patética e injusta.

Tudo desabou rápido demais. De aluno exemplar de engenharia, orgulho do meu pai, tornei-me um pária, um criminoso.

A falsa acusação de Alice, que eu tentei ajudar, envenenou minha vida. A universidade me suspendeu, amigos se afastaram.

O golpe final foi a morte do meu pai, um homem trabalhador que sacrificou tudo por mim.

Libertado por falta de provas, mas não de suspeitas, eu era um fantasma, sem diploma, sem honra.

E ali, no chão, meu último pensamento foi um lamento: se eu pudesse voltar, se tivesse uma segunda chance...

De repente, a dor sumiu. A escuridão se dissipou. O cheiro de café fresco e pão na chapa invadiu minhas narinas.

Abri os olhos. Eu estava no meu quarto, na casa do meu pai.

"Ricardo! Filho, você vai se atrasar pra aula! O café tá na mesa!"

Era a voz dele. Viva, quente.

Peguei o celular. A data: três anos atrás. O dia em que tudo começou.

Não era sonho. De alguma forma impossível, eu havia retornado.

As lágrimas que escorreram não eram de tristeza, mas de alívio, fúria e determinação.

Eu lembrei do desprezo de Alice, da arrogância de Bruno, da dor do meu pai. E lembrei de tudo.

Naquela vida, naquele exato dia, eu veria Alice sendo importunada por Bruno e interviria, selando meu destino.

Mas não desta vez. O garoto ingênuo morreu naquela calçada fria.

O homem que acordava nesta cama era mais cauteloso, astuto e perigoso.

Eu não interviria diretamente. Usaria minha inteligência, minha memória do futuro, para orquestrar uma justiça muito mais devastadora.

Eu não apenas limparia meu nome. Eu destruiria aqueles que me destruíram.

Eu honraria a memória do meu pai. Desta vez, eu não seria a vítima. Eu seria o caçador.

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