Entre Vingança e Paz: Um Novo Fim

Entre Vingança e Paz: Um Novo Fim

Gavin

5.0
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11
Capítulo

A escuridão tomou conta de mim, seguida por um frio que entrava pelos ossos. Tentei gritar, mas a água suja e gelada encheu minha garganta. Eu me lembrava de tudo: uma noiva prometida, dedicada à família Silva, ao meu amor de infância, Pedro Henrique. Mas no altar, ele me abandonou por Sofia, uma influenciadora digital que sussurrava veneno em seu ouvido. A humilhação foi um soco no estômago, sufocante. Corri para ponte, querendo acabar com tudo, mas um estranho me segurou. Voltei para a única casa que conhecia e os encontrei, Pedro e Sofia, casados, se beijando na sala que eu havia limpado tantas vezes. A raiva me consumiu quando ninguém acreditou na minha verdade. Pedro, para se livrar de mim, me internou em uma clínica psiquiátrica. Lá, descobri que Sofia envenenava Dona Beatriz, mãe de Pedro, por causa da herança. Eu fugi, juntei provas e expus tudo, vendo o mundo de Pedro desabar. Não queria vingança, só paz. Eu o deixei e então... o acidente, o fim. Mas agora, eu estava viva, de volta ao meu quarto de solteira, mais jovem e sem marcas de sofrimento. Eu tinha voltado no tempo. O som de risadas vindo do andar de baixo, a voz de Sofia. Era o dia do noivado dela com Pedro, um evento que, na minha vida passada, aconteceria meses depois do meu abandono. Desci as escadas, tremendo. Lá estava ele, Pedro Henrique. Seu olhar, uma frieza que eu só conheci no fim. Sofia, ao lado dele, com um sorriso falso. "Maria Clara, querida. Que bom que desceu." Pedro me ordenou secamente: "Estamos ocupados, Maria Clara. Volte para o seu quarto." Eu estava confusa; na minha outra vida, ele ainda me tratava como amiga. "Pedro, o que está acontecendo?" Sofia me pintou como a louca ciumenta, a iludida. Não adiantava discutir, então forcei um sorriso. "Você tem razão, Sofia. Eu estava confusa. Desejo toda a felicidade. Vou pegar um copo de água na cozinha." Tentei sair, mas Pedro me segurou com força, seus olhos cheios de uma suspeita sombria. "O que você está tramando, Maria Clara? Essa sua calma não me engana. Você sempre foi uma cobra sorrateira." Eu congelei. Essas palavras, essa raiva... ele nunca tinha dito isso antes. Ele também se lembrava. Ele também havia voltado. "Não estou tramando nada, Pedro. Só quero que vocês sejam felizes." "Vou testar sua lealdade. Provar que você não passa de uma mentirosa." Ele me arrastou para o quintal, para o poço velho. "Você diz que só quer a nossa felicidade", ele disse. "Então prove. Pule." Eu olhei para ele, incrédula. "Você enlouqueceu?" Seu rosto se contorceu em um sorriso cruel. "Eu não enlouqueci. Eu me lembrei." E então, ele me empurrou. Não tive tempo de gritar. Senti o impacto brutal com a água gelada lá no fundo. A mesma água. O mesmo frio. O mesmo cheiro de morte. Enquanto eu afundava, a voz dele ecoou na minha cabeça. Eu me lembrei. Ele também tinha voltado. E ele me odiava.

Introdução

A escuridão tomou conta de mim, seguida por um frio que entrava pelos ossos.

Tentei gritar, mas a água suja e gelada encheu minha garganta.

Eu me lembrava de tudo: uma noiva prometida, dedicada à família Silva, ao meu amor de infância, Pedro Henrique.

Mas no altar, ele me abandonou por Sofia, uma influenciadora digital que sussurrava veneno em seu ouvido.

A humilhação foi um soco no estômago, sufocante.

Corri para ponte, querendo acabar com tudo, mas um estranho me segurou.

Voltei para a única casa que conhecia e os encontrei, Pedro e Sofia, casados, se beijando na sala que eu havia limpado tantas vezes.

A raiva me consumiu quando ninguém acreditou na minha verdade.

Pedro, para se livrar de mim, me internou em uma clínica psiquiátrica.

Lá, descobri que Sofia envenenava Dona Beatriz, mãe de Pedro, por causa da herança.

Eu fugi, juntei provas e expus tudo, vendo o mundo de Pedro desabar.

Não queria vingança, só paz.

Eu o deixei e então... o acidente, o fim.

Mas agora, eu estava viva, de volta ao meu quarto de solteira, mais jovem e sem marcas de sofrimento.

Eu tinha voltado no tempo.

O som de risadas vindo do andar de baixo, a voz de Sofia.

Era o dia do noivado dela com Pedro, um evento que, na minha vida passada, aconteceria meses depois do meu abandono.

Desci as escadas, tremendo.

Lá estava ele, Pedro Henrique.

Seu olhar, uma frieza que eu só conheci no fim.

Sofia, ao lado dele, com um sorriso falso.

"Maria Clara, querida. Que bom que desceu."

Pedro me ordenou secamente: "Estamos ocupados, Maria Clara. Volte para o seu quarto."

Eu estava confusa; na minha outra vida, ele ainda me tratava como amiga.

"Pedro, o que está acontecendo?"

Sofia me pintou como a louca ciumenta, a iludida.

Não adiantava discutir, então forcei um sorriso.

"Você tem razão, Sofia. Eu estava confusa. Desejo toda a felicidade. Vou pegar um copo de água na cozinha."

Tentei sair, mas Pedro me segurou com força, seus olhos cheios de uma suspeita sombria.

"O que você está tramando, Maria Clara? Essa sua calma não me engana. Você sempre foi uma cobra sorrateira."

Eu congelei.

Essas palavras, essa raiva... ele nunca tinha dito isso antes.

Ele também se lembrava.

Ele também havia voltado.

"Não estou tramando nada, Pedro. Só quero que vocês sejam felizes."

"Vou testar sua lealdade. Provar que você não passa de uma mentirosa."

Ele me arrastou para o quintal, para o poço velho.

"Você diz que só quer a nossa felicidade", ele disse.

"Então prove. Pule."

Eu olhei para ele, incrédula.

"Você enlouqueceu?"

Seu rosto se contorceu em um sorriso cruel.

"Eu não enlouqueci. Eu me lembrei."

E então, ele me empurrou.

Não tive tempo de gritar.

Senti o impacto brutal com a água gelada lá no fundo.

A mesma água.

O mesmo frio.

O mesmo cheiro de morte.

Enquanto eu afundava, a voz dele ecoou na minha cabeça.

Eu me lembrei.

Ele também tinha voltado.

E ele me odiava.

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