A Redenção do Nosso Amor

A Redenção do Nosso Amor

Gavin

5.0
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Capítulo

O cheiro de fumaça sufocava meus pulmões, e os gritos da minha mãe rasgavam a noite e a minha alma. Então, o silêncio pesado preencheu o espaço, indicando que eu estava sozinha. No meio do caos, flutuando na escuridão antes da morte, o rosto dela surgiu: minha prima, Bruna. Ela não chorava; em vez disso, sorria friamente, vitoriosa, enquanto as chamas de nossa casa se refletiam em seus olhos. "Finalmente", ela sussurrou, a voz como veneno. "Tudo que era seu. Agora é meu." A dor da perda era insuportável, mas a traição, ainda pior. Nós a acolhemos, minha mãe a amou como filha, meu pai abriu as portas de nossa casa e eu a tratei como irmã. Ela nos pagou com fogo e morte. Para roubar nossa vida, ela destruiu tudo. O teto desabou, engolindo-me na escuridão. No entanto, um chamado familiar me trouxe de volta: "Sofia? Filha, você está me ouvindo?" Abri os olhos com um sobressalto, o coração batendo descontroladamente. Eu estava na sala de estar, minha mãe, Dona Lúcia, e meu pai, Seu Carlos, estavam vivos e bem. "Estamos discutindo sobre a Bruna", disse meu pai. "Sua mãe acha que deveríamos trazê-la para morar conosco." Bruna. O nome ecoou como uma pedra no meu estômago. Olhei o calendário, e a data me atingiu como um soco. Eu havia voltado. Voltei no tempo. Para o dia exato em que a tragédia começou, o dia em que acolhemos a cobra em nosso ninho. "Não", declarei, a voz surpreendentemente firme.

Introdução

O cheiro de fumaça sufocava meus pulmões, e os gritos da minha mãe rasgavam a noite e a minha alma.

Então, o silêncio pesado preencheu o espaço, indicando que eu estava sozinha.

No meio do caos, flutuando na escuridão antes da morte, o rosto dela surgiu: minha prima, Bruna.

Ela não chorava; em vez disso, sorria friamente, vitoriosa, enquanto as chamas de nossa casa se refletiam em seus olhos.

"Finalmente", ela sussurrou, a voz como veneno. "Tudo que era seu. Agora é meu."

A dor da perda era insuportável, mas a traição, ainda pior.

Nós a acolhemos, minha mãe a amou como filha, meu pai abriu as portas de nossa casa e eu a tratei como irmã.

Ela nos pagou com fogo e morte.

Para roubar nossa vida, ela destruiu tudo.

O teto desabou, engolindo-me na escuridão.

No entanto, um chamado familiar me trouxe de volta: "Sofia? Filha, você está me ouvindo?"

Abri os olhos com um sobressalto, o coração batendo descontroladamente.

Eu estava na sala de estar, minha mãe, Dona Lúcia, e meu pai, Seu Carlos, estavam vivos e bem.

"Estamos discutindo sobre a Bruna", disse meu pai. "Sua mãe acha que deveríamos trazê-la para morar conosco."

Bruna. O nome ecoou como uma pedra no meu estômago.

Olhei o calendário, e a data me atingiu como um soco.

Eu havia voltado. Voltei no tempo.

Para o dia exato em que a tragédia começou, o dia em que acolhemos a cobra em nosso ninho.

"Não", declarei, a voz surpreendentemente firme.

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Romance

5.0

O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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