Caminhos De Liberdade

Caminhos De Liberdade

Gavin

5.0
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Capítulo

O cheiro de tinta fresca no meu apartamento mal disfarçava o amargo sabor de recomeço: hoje era o único dia em que Pedro me permitia ver João, nosso filho. Eu estava tentando me reerguer da depressão pós-parto, mas ele e Clara, a "amiga" dele, insistiam em me manter afastada, dizendo que eu não tinha "condições". A última visita foi devastadora; João estava pálido, com uma mancha vermelha no rosto, e Clara o tratava com uma frieza assustadora, quase como um objeto. Pedro, indiferente, minimizou tudo como "drama" meu. A humilhação era visível, mas nada preparou meu coração de mãe para saber que uma semana depois, João, meu bebê, havia caído da escada e não resistido. No hospital, Pedro chegou com terno impecável, reclamando de uma reunião importante, e Clara se agarrou a ele em um choro forçado, enquanto eu desmoronava. A visão daquela farsa, da frieza dele e das lágrimas de crocodilo dela, me encheu de uma raiva gelada e cortante. Não houve hesitação: eu a puxei pelos cabelos e a esbofeteei, minha voz um grito rouco de dor e ódio. Pedro me afastou com desprezo, escolhendo Clara, a causadora da morte do nosso filho. Foi ali que a verdade se tornou dolorosamente clara: eu era apenas uma peça em seu jogo. Meu casamento era uma transação, e eu, descartável. Com o coração em pedaços e a alma blindada pela dor, declarei: "Eu quero o divórcio, Pedro. E juro, vocês vão pagar por isso." Deixei a mãe dele, que só se importava com a reputação da família, para trás, sabendo que a guerra tinha acabado de começar. Eu me recusei a ser a vítima e embarquei para Portugal, decidida a reconstruir minha vida e encontrar a justiça que me foi negada. Quando Pedro, um homem assombrado pela própria culpa, me encontrou em Portugal e tentou me coagir com um "nós podemos recomeçar", Ricardo, com quem havia construído uma amizade, me protegeu. Seu "Nosso jantar vai esfriar, querida" fez Pedro soltar meu braço, e finalmente, pude deixá-lo para trás. A partir daquele momento, sabia que minha nova vida começaria, e eu ergueria algo belo das ruínas que ele deixou.

Introdução

O cheiro de tinta fresca no meu apartamento mal disfarçava o amargo sabor de recomeço: hoje era o único dia em que Pedro me permitia ver João, nosso filho.

Eu estava tentando me reerguer da depressão pós-parto, mas ele e Clara, a "amiga" dele, insistiam em me manter afastada, dizendo que eu não tinha "condições".

A última visita foi devastadora; João estava pálido, com uma mancha vermelha no rosto, e Clara o tratava com uma frieza assustadora, quase como um objeto. Pedro, indiferente, minimizou tudo como "drama" meu.

A humilhação era visível, mas nada preparou meu coração de mãe para saber que uma semana depois, João, meu bebê, havia caído da escada e não resistido.

No hospital, Pedro chegou com terno impecável, reclamando de uma reunião importante, e Clara se agarrou a ele em um choro forçado, enquanto eu desmoronava.

A visão daquela farsa, da frieza dele e das lágrimas de crocodilo dela, me encheu de uma raiva gelada e cortante.

Não houve hesitação: eu a puxei pelos cabelos e a esbofeteei, minha voz um grito rouco de dor e ódio.

Pedro me afastou com desprezo, escolhendo Clara, a causadora da morte do nosso filho. Foi ali que a verdade se tornou dolorosamente clara: eu era apenas uma peça em seu jogo.

Meu casamento era uma transação, e eu, descartável.

Com o coração em pedaços e a alma blindada pela dor, declarei: "Eu quero o divórcio, Pedro. E juro, vocês vão pagar por isso."

Deixei a mãe dele, que só se importava com a reputação da família, para trás, sabendo que a guerra tinha acabado de começar.

Eu me recusei a ser a vítima e embarquei para Portugal, decidida a reconstruir minha vida e encontrar a justiça que me foi negada.

Quando Pedro, um homem assombrado pela própria culpa, me encontrou em Portugal e tentou me coagir com um "nós podemos recomeçar", Ricardo, com quem havia construído uma amizade, me protegeu.

Seu "Nosso jantar vai esfriar, querida" fez Pedro soltar meu braço, e finalmente, pude deixá-lo para trás.

A partir daquele momento, sabia que minha nova vida começaria, e eu ergueria algo belo das ruínas que ele deixou.

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