A Noiva Abandonada e Seu Triunfo

A Noiva Abandonada e Seu Triunfo

Gavin

5.0
Comentário(s)
16.4K
Leituras
31
Capítulo

Sete anos. Foi o tempo que minha família e meu noivo pediram para que eu ficasse na prisão, assumindo um crime da minha irmã adotiva, Helena, para proteger a reputação deles. Mas no dia em que o portão se abriu, meu noivo, Cristiano, me abandonou no meio da estrada para socorrer Helena, que teve uma "crise de ansiedade" com a minha volta. Em casa, fui mandada para o quarto de serviço úmido e mofado. Minha família me humilhava em francês, achando que eu não entendia, enquanto planejavam o noivado de Cristiano com a mulher que destruiu minha vida. A traição mais profunda veio quando ele me acusou de mentir. Anos atrás, eu doei um rim para salvar a vida dele em segredo. Agora, ele acreditava que Helena tinha sido a doadora. Eles não roubaram apenas minha liberdade, mas também meu maior sacrifício, meu ato mais puro de amor. A dor era tão avassaladora que se transformou em um vazio gelado. O amor que eu sentia por eles morreu para sempre naquela mansão. Foi então que, no meu celular antigo, encontrei um e-mail esquecido. Uma oferta da Agência Brasileira de Inteligência. Uma nova identidade. Uma missão secreta em outro país. Uma fuga. Em dez dias, Clarinda Magalhães morreria. E eu, finalmente, renasceria das cinzas.

Capítulo 1

Sete anos. Foi o tempo que minha família e meu noivo pediram para que eu ficasse na prisão, assumindo um crime da minha irmã adotiva, Helena, para proteger a reputação deles.

Mas no dia em que o portão se abriu, meu noivo, Cristiano, me abandonou no meio da estrada para socorrer Helena, que teve uma "crise de ansiedade" com a minha volta.

Em casa, fui mandada para o quarto de serviço úmido e mofado. Minha família me humilhava em francês, achando que eu não entendia, enquanto planejavam o noivado de Cristiano com a mulher que destruiu minha vida.

A traição mais profunda veio quando ele me acusou de mentir. Anos atrás, eu doei um rim para salvar a vida dele em segredo. Agora, ele acreditava que Helena tinha sido a doadora.

Eles não roubaram apenas minha liberdade, mas também meu maior sacrifício, meu ato mais puro de amor.

A dor era tão avassaladora que se transformou em um vazio gelado. O amor que eu sentia por eles morreu para sempre naquela mansão.

Foi então que, no meu celular antigo, encontrei um e-mail esquecido. Uma oferta da Agência Brasileira de Inteligência. Uma nova identidade. Uma missão secreta em outro país. Uma fuga.

Em dez dias, Clarinda Magalhães morreria. E eu, finalmente, renasceria das cinzas.

Capítulo 1

Sete anos. Foi o tempo que a minha família e o meu noivo pediram. Sete anos da minha vida em troca da reputação deles e da liberdade da minha irmã adotiva, Helena.

"Helena tem a saúde frágil, ela não sobreviveria à prisão. Por favor, Clarinda, faça isso por nós," meu pai, Adauto Magalhães, um advogado renomado, implorou.

"São só sete anos, meu amor. Quando você sair, eu me caso com você. Eu prometo," disse Cristiano Ramalho, o magnata do mercado financeiro que eu amava.

Eu não concordei, mas eles me traíram. Eles me entregaram à polícia.

Agora, sete anos depois, o portão da penitenciária se abriu. O sol de São Paulo queimou meus olhos, desacostumados à luz. Eu mancava, um lembrete permanente de uma briga na prisão. Cicatrizes cobriam meus braços, escondidas sob a roupa barata que me deram.

Um carro preto e luxuoso parou na minha frente. Cristiano saiu. Ele estava impecável como sempre, em um terno caro, o cabelo perfeitamente penteado. Ele não tinha mudado nada.

Eu, por outro lado, era um fantasma.

Ele me olhou, seu rosto se contorcendo em uma mistura de pena e desconforto. Ele não conseguiu esconder a repulsa ao ver meu estado.

"Clarinda... você saiu."

Sua voz era um sussurro. Ele tentou me abraçar, mas parou no meio do caminho, como se tivesse medo de tocar na minha pele danificada.

"Vamos para casa," ele disse, abrindo a porta do carro para mim. "Vamos recomeçar."

Recomeçar. A palavra soou vazia, uma promessa oca. Sentei no banco de couro macio, o cheiro de riqueza enchendo minhas narinas. Era um mundo que eu não conhecia mais.

Ele dirigiu em silêncio por um tempo. O silêncio era pesado, cheio de coisas não ditas. Eu olhava pela janela, a cidade passando como um borrão. Nada parecia real.

Então, o celular dele tocou. Ele atendeu, e sua expressão mudou de tensa para preocupada.

"O que aconteceu? Calma, Helena, respira fundo. Eu estou a caminho."

Helena. Sempre Helena.

Ele desligou e olhou para mim, o rosto cheio de desculpas. "Clarinda, eu sinto muito. É a Helena. Ela teve uma crise de ansiedade quando soube que você estava voltando. Preciso ir até ela."

Eu não disse nada. Apenas o encarei. A velha ferida em meu peito se abriu um pouco mais.

"O motorista vai te levar para casa. Eu vou assim que ela se acalmar, prometo."

Ele parou o carro, me abandonando no meio do caminho para socorrer a mulher que destruiu minha vida. Ele chamou um de seus motoristas, que chegou em minutos e me levou até a mansão dos Magalhães. A casa onde eu cresci.

Ao chegar, fui recebida pela governanta, uma mulher que me conhecia desde criança. Ela me olhou de cima a baixo com desprezo.

"A senhora Cláudia disse para você ir para o quarto de serviço nos fundos. Suas coisas antigas não estão mais no seu quarto."

Cláudia, minha mãe. A socialite que sempre me tratou com indiferença, preferindo a filha adotiva, Helena, a mim, sua filha biológica.

Obedeci sem uma palavra. O quarto de serviço era pequeno, úmido e cheirava a mofo. Era uma cela, só que com uma janela. Sentei na cama dura, o corpo doendo.

Do lado de fora, ouvi as vozes da minha família no jardim. Eles falavam em francês, achando que eu não entenderia.

"Ela está horrível," disse minha mãe. "Como Cristiano pôde sequer pensar em se casar com isso?"

"Ele não vai," disse minha irmã mais nova, Giulia. "Ele ama a Helena. Ele só sente pena da Clarinda."

Eu fechei os olhos. A dor era tão familiar que quase se tornou reconfortante. Era tudo o que eu conhecia deles.

Abri minha bolsa velha, o único pertence que levei da prisão. Dentro, havia apenas alguns documentos. Peguei meu celular antigo, um modelo simples que a prisão me devolveu. Liguei o aparelho, e uma notificação de e-mail apareceu na tela.

Era um e-mail com o selo oficial do governo. Agência Brasileira de Inteligência. ABIN.

"Prezada Sra. Clarinda Magalhães, sua inscrição de oito anos atrás foi reavaliada e aceita. Apresente-se em dez dias para sua missão. Nova identidade e realocação sigilosa em um país da América do Sul. Ordens de não contatar ninguém por cinco anos."

Meus olhos se arregalaram. Eu tinha me inscrito antes de tudo acontecer, quando era uma estudante brilhante de Relações Internacionais, fluente em vários idiomas. Eu pensei que esse sonho tinha morrido na prisão.

Uma nova identidade. Uma fuga. Uma chance de desaparecer.

Um sorriso lento se formou em meus lábios pela primeira vez em sete anos.

Dez dias. Eu só precisava suportar mais dez dias.

E então, eu estaria livre para sempre.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Minha Joia: Prisioneira Do Amor

Minha Joia: Prisioneira Do Amor

Moderno

5.0

Eu era a herdeira rebelde de um império, mas secretamente, era o brinquedo de Fabrício Rolim, o homem contratado pelo meu pai para me "disciplinar". Por dois anos, fui sua amante, sua "Minha Joia", acreditando em seu amor tortuoso. Tudo desmoronou quando descobri a verdade: ele me usava como vingança contra meu pai, enquanto seu verdadeiro amor era minha recém-descoberta meia-irmã, Jessica. Ele e meu pai se uniram para me humilhar. Leiloaram o colar da minha mãe, a única lembrança que eu tinha dela, e Fabrício deixou Jessica destruí-lo na minha frente. Ele gravou nossos momentos íntimos para me chantagear e até me entregou à polícia para ser espancada. "Você é minha, Taisa! Minha!", ele gritou, desesperado, quando tentei fugir. Mas a dor me deu clareza. Eu não era mais a vítima. Grávida e presa em sua ilha particular, fingi submissão. Usei seu amor pelo nosso filho e sua arrogância para planejar minha fuga. Agora, com o motor da lancha roncando sob a escuridão, eu finalmente estava livre, deixando para trás o homem que me quebrou e carregando a única coisa que importava: meu filho e minha liberdade. Para o mundo, eu era Taisa Leitão, a herdeira rebelde e radiante de um império do agronegócio. Por trás das portas fechadas, eu era "Minha Joia", um segredo guardado por Fabrício Rolim, o homem que me possuía todas as noites. O contraste entre essas duas vidas era tão gritante quanto a luz do sol e a escuridão.

Você deve gostar

Minha irmã roubou meu companheiro e eu a deixei

Minha irmã roubou meu companheiro e eu a deixei

PageProfit Studio
5.0

"Minha irmã tentou roubar o meu companheiro. E eu deixei que ela ficasse com ele." Nascida sem uma loba, Seraphina era a vergonha da sua Alcateia. Até que, em uma noite de bebedeira, engravidou e casou-se com Kieran, o impiedoso Alfa que nunca a quis. Mas o casamento deles, que durou uma década, não era um conto de fadas. Por dez anos, ela suportou a humilhação de não ter o título de Luna nem marca de companheira, apenas lençóis frios e olhares mais frios ainda. Quando sua irmã perfeita voltou, na mesma noite em que o Kieran pediu o divórcio, sua família ficou feliz em ver seu casamento desfeito. Seraphina não brigou, foi embora em silêncio. Contudo, quando o perigo surgiu, verdades chocantes vieram à tona: ☽ Aquela noite não foi um acidente; ☽ Seu "defeito" era, na verdade, um dom raro; ☽ E agora todos os Alfas, incluindo seu ex-marido, iam lutar para reivindicá-la. Pena que ela estava cansada de ser controlada. *** O rosnado do Kieran reverberou pelos meus ossos enquanto ele me prendia contra a parede. O calor dele atravessava as camadas de tecido da minha roupa. "Você acha que é fácil assim ir embora, Seraphina?" Seus dentes roçaram a pele não marcada do meu pescoço. "Você. É. Minha." Uma palma quente subiu pela minha coxa. "Ninguém mais vai tocar em você." "Você teve dez anos pra me reivindicar, Alfa." Mostrei os dentes em um sorriso. "Engraçado como você só se lembra que sou sua... quando estou indo embora."

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

Viviene
5.0

Aviso de conteúdo/sensibilidade: Esta história contém temas maduros e conteúdo explícito destinado a audiências adultas (18+), com elementos como dinâmicas BDSM, conteúdo sexual explícito, relações familiares tóxicas, violência ocasional e linguagem grosseira. Aconselha-se discrição por parte do leitor. Não é um romance leve - é intenso, cru e complicado, explorando o lado mais sombrio do desejo. ***** "Por favor, tire o vestido, Meadow." "Por quê?" "Porque seu ex está olhando", ele disse, recostando-se na cadeira. "E quero que ele perceba o que perdeu." ••••*••••*••••* Meadow Russell deveria se casar com o amor de sua vida em Las Vegas, mas, em vez disso, flagrou sua irmã gêmea com seu noivo. Um drink no bar virou dez, e um erro cometido sob efeito do álcool tornou-se realidade. A oferta de um estranho transformou-se em um contrato que ela assinou com mãos trêmulas e um anel de diamante. Alaric Ashford é o diabo em um terno Tom Ford, símbolo de elegância e poder. Um homem nascido em um império de poder e riqueza, um CEO bilionário, brutal e possessivo. Ele sofria de uma condição neurológica - não conseguia sentir nada, nem objetos, nem dor, nem mesmo o toque humano. Até que Meadow o tocou, e ele sentiu tudo. E agora ele a possuía, no papel e na cama. Ela desejava que ele a arruinasse, tomando o que ninguém mais poderia ter. E ele queria controle, obediência... vingança. Mas o que começou como um acordo lentamente se transformou em algo que Meadow nunca imaginou. Uma obsessão avassaladora, segredos que nunca deveriam vir à tona, uma ferida do passado que ameaçava destruir tudo... Alaric não compartilhava o que era dele. Nem sua empresa. Nem sua esposa. E definitivamente nem sua vingança.

Capítulo
Ler agora
Baixar livro