Sinopse de Cemitério: Será que se pode conhecer um novo amor por entre as tumbas de um cemitério? [...] Romance de Cemitério vem para mostrar que a vida também se manisfesta mesmo nas terras da Cidade dos pés Juntos... Amor e morte andam lado lado. Seja bem vindo,(a) ao Universo Bradockiano... Nenhum Autor:
Desde a idade das trevas ou antes já se tinha, (...) notícias daquela coisa tão antiga, sem rosto com forma humanoide, agora; estava lá nos fundos do cemitério, (...) dizem a literatura oculta; que estava, abandonada, esquecida, sempre esconjurada, por rezas, orações e rituais de banimento. Sempre no escuro das paredes, (...) aquilo se criara.
Quando ouve luz, ela, (a sombra) já há muito nascera, (...) vampira de feridas, sangue e energia.
Dungão ou Cicero Dunga Bionor, Vigia efetivo por tempo de serviço no poder municipal, (...) porém acumulara também a função de coveiro.
No passado era é um vendedor externo, ou porta a porta. Mas à quase trinta anos estava na prefeitura. Era o faz tudo do cemitério.
-Dunga 'tai' por aí? Indaga uma voz rouca do outro lado do muro,
-Quem é? -Indaga Cícero Coveiro fitando o alto do muro lá dos fundos daquele velho cemitério
-É Zé. Zé Mucufa, - Retruca colocando a cabeça por cima daquele mural cadavérico.
-Não hoje não, tô com uma ressaca da porra!
Disse Cícero Dunga, Colocando a mão no fígado.
Zé Mucufa, pulara o muro do cemitério São Miguel, portara uma garrafa de cachaça misturada com raízes e ervas.
-Oia! Trouxe essa misturada pra gente beber até ver bicho. -Disse seu parceiro de copo.
Já bebendo diretamente no gargalo da garrafa.
-Oxe! Tô fora! Tu se quiser bebi essa porra sozinho, ninguém "guenta" teu ritmo mesmo.
Risos! -Disse o vigilante fitando um mausoléu degradado ali naquelas terras de vermes e morte.
Quer escutar uma história de mal-assombro de verdade: - Disse.
"Esse só sabe mesmo história de cachaça".
Fitando o tal coveiro amigo: - É, e eu bebo mermo! -Retruca Mucufa, com as suas mãos trêmulas e suadas, um odor profundo de pinga.
Oxe! E eu disse alguma coisa?
-Não, mas pensou. Vi nesses 'olho' de bomba.
-Eu também tenho uma boa história para contar.
-Vixe! (...). Fala; pode falar eu aguento.
-Você de novo? Só fica por aqui por essas negras e gélidas tumbas, cheias de baratas e tapurus. Disse o vigia/coveiro, fitando todos os lados, o vento forte traz o cheiro daquela casa de morte, e continua: - Não se aproxime! Fica aí.
-Merda! Tu tá falando com quem? Dungão. -Pergunta fitando em volta mas sem avistar nada, nem ninguém. Dera um trago forte e duplo no litro de água ardente misturada.
O frio além-túmulo tomara a sua espinha.
O arrepiara os cabelos da cabeça até o dedão do pé.
O vigia Dunga Conferira se trouxera algo:
" Cadê o sal grosso será que esqueci "?
Procura nos bolsos de sua jaqueta de napa negra despelando-se, devido o material obsoleto
"made in China".
-Ah! Encontrei graças a São Cipriano, Amém!
-Amém! -Disse também Zé, Fazendo uma espécie de sinal da cruz, de trás para a frente e de frente para trás, mesmo sem saber o seu significado.
-Tem uma sombra aqui, olhando a gente. -Disse baixinho Cícero Dunga,
-'Taí' de conversa feia, "homi", deixa disso toma aqui vai! -Retruca Mucufa lhe estendendo o litro de cana.
-Hum... Me dá aqui isso logo. -Exclama Dungão arrancando-lhe o recipiente de vidro de suas tremidas mãos.
-Aí tá certo! Dou valor assim! -Fala Zé ainda olhando para ambos os lados, e também a sua própria sombra.
Aquilo deslizara pela terra fofa do cemitério, tal qual um negro espectro, misturando-se a sombra de Zé Mucufa, É logo começara a chupar a aura daquele homem ébrio, com odor de axila e roupa suja e cinzenta.
Rosto quadrado, cara romana.
Dungão Tirara sal grosso do seu bolso e jogara na sombra do seu amigo bêbado, (...) imediatamente saíra outra sombra de cima.
"Jesus".
-Meu Deus do céu! -Exclama Zé boquiaberto.
O vento uivara, e açoitara como um chicote do além.
Naquele cemitério, o ladrão de sombras tinha olhos verde-esmeralda, sem íris apenas olhos brilhantes como rubins,
-O seu querido Deus me abandonou, (...) Nas sombras, - (Gargalhadas demoníacas). A tal coisa.
-As sombras é a ausência da luz, (...). Vai te daqui!! Coisa maligna agora! -Exclama O vigia Sacando uma lanterna e ligando a mesma apontara para a tal sombra dissipara-se como um passe de mágica.
" As vezes tenho medo da minha própria sombra ".
Pensa Dunga fitando a sua sombra pelo cemitério adentro. Eram as primeiras horas da madrugada de uma sexta feira treze.
-Zé Mucufa? Cadê tu bebo safado! Hein? Deixa de onda 'pingunso' da "boba serena".
Brada Dunga procurando-o, (...) por entre as tumbas velhas e flores mortas.
Em seus pés passara serpenteando uma; Coral cobra.
"Só ver uma coisa desta quando o Diabo está por perto".
Pensa Cícero Dungão fitando aquele réptil que rastejara lentamente sem dever nada a ninguém.
-Toma seu Demônio maldito! -Disse o coveiro, metendo uma pá que estava bem ali recostada em um mausoléu sem cor ou mesmo flores, ao alcance de seu braço direito.
Matara a tal cobra, cortara sua cabeça fora em um só golpe.
A lua escondera-se por trás de negras e densas nuvens.
"Hoje é sexta, madrugada de treze"
Ao dar sua ronda rotineira, escutara as sirenes urgentes lá na rua além das muralhas arcaicas do mais antigo cemitério da cidade.
"Será a polícia? Ou uma ambulância"?
Quando avistara seu companheiro Mucufa estendido na terra do cemitério, entre duas covas rasas, baratas e tapurus passeiam pelo corpo de Zé.
-Amigo? Mucufa? -Dunga fora levantar o seu parceiro e logo constatara: (...)
"Mas é como que estivesse em coma".
-Zé! Acorda homem. -Exclama Cícero coveiro
lhe sacudindo, mas nada de retornar.
Dunga vigia percebera uma nefasta cena: (...)
-Oxe! Mas cadê a sombra do meu amigo? -Indaga aquele certo coveiro, e completa Nervoso com suas mãos geladas e o coração descompassado: - Roubaram a sombra de Zé Mucufa. -Disse.
"Foi aquele demônio, a sombra maligna, tenho quase certeza, isso depois daquele casal de macumbeiros".
Outro arrepio lhe subira na pele e na espinha dorsal. Sentira uma estranha e forte sensação que algo lhe observara por suas costas.
A sombra aparecera do nada, viera do escuro da tumba e dera mais uma estridente gargalhada! Risos satânicos!
Roubara a sombra de Zé Mucufa, a garrafa ainda meia por ali caído ao chão de terra daquele certo cemitério no centro da cidade.
A princesa do agreste ao sertão.
José Murilo de Maria, Quando criança não queria por nada saber de estudo, os pais tanto que lutaram; (...) Aos treze anos de idade tomara o sei primeiro porre. Três 'quartinhos', (copo Americano cheio de cachaça). Desde esse episódio nunca mais parou de beber pinga.
Ganhara o carismático codinome de Zé Mucufa, (não se sabe a origem). Já quando adolescente deixava de namorar para ir beber.
Enquanto os seus colegas bebiam e namoravam, outros casavam, Zé só bebia e bebia como se o mundo fosse acabar no mesmo dia ou noite.
Estava lá deitado na cidade dos defuntos.
Em coma profundo e sem sombra.
Formigas Tanajuras submergiam das catacumbas e covas pelo cemitério afora.
A alta madrugada indo embora. Era quase aurora. Dunga ligara para os paramédicos, que não vieram. Então resolvera ligar para a polícia, que após algum tempo chegara, (...).
Pelos portões oxidados e arqueados, exalara o odor fúnebre e mofado daquele tal cemitério.
Quando os policiais adentraram a casa de morte encontraram apenas o nada.
Dungão avistara novamente a tal sombra rindo de sua "cara".
Capítulo 1 A SOMBRA LADRONA DE ALMAS ou ODOR DO CEMITÉRIO
05/12/2021
Capítulo 2 No Cemitério A Casa dos Espíritos Fumantes
05/12/2021
Capítulo 3 Parte: "III"
05/12/2021
Capítulo 4 O Cemitério das Crianças
06/12/2021
Capítulo 5 Parte: "V"
06/12/2021
Capítulo 6 O FETICHE (O fantasma da menina com cara de gato ressurge)
12/12/2021
Capítulo 7 CARNAVAL DO RECIFE VELHO ou CARNAVAL MALDITO II ( A Galega da CA.DI.S.A encontra A Galega de Santo Amaro ) Série: A poesia do agreste mal assombrado X Recife mal assombrado
12/12/2021
Capítulo 8 Parte; 08 VIII
12/12/2021
Capítulo 9 O VELHO & o CEMITÉRIO (A origem do Andarilho dos Cemitérios)
12/12/2021
Capítulo 10 Parte: XI
12/12/2021
Capítulo 11 A SOMBRA VINDA DO CEMITÉRIO (O retorno ao cemitério de concreto)
12/12/2021
Capítulo 12 13 XIII
12/12/2021
Capítulo 13 O DEMÔNIO DA GARRAFA (A poetisa & o Incubu)
12/12/2021
Capítulo 14 O FANTASMA DO CEMITÉRIO ou O DIA DE FINADOS Série: outras histórias de cemitério
12/12/2021
Capítulo 15 CATENDE FANTASMA (A mulher da sombrinha)
12/12/2021
Capítulo 16 Parte: XVII 17 O FANTASMA DO RECIFE ANTIGO (A Dama do Carnaval)
14/12/2021
Capítulo 17 Parte: 17 2
14/12/2021
Capítulo 18 Parte: XVIII 18
14/12/2021
Capítulo 19 Parte: 19 XIX
14/12/2021
Capítulo 20 Parte: XX 20
14/12/2021
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