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Contos de Fantasia
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Capítulo

Um livro de contos de fantasia que contem 7 contos. Alguns de capítulo único e outros com mais capítulos. Nestes contos você encontrará princesas, fadas, bruxas , guerreiras e muito mais.

Capítulo 1 Fada das Flores - Capítulo único

Era uma vez...

Uma linda fada das flores que se apaixonou por um lindo rapaz fada das estações. Mas no mundo das fadas haviam apenas três regras:

1º Cuidar de seu território e proteger com a sua própria vida.

2° Não abandonar seu território.

3º Não se apaixonar por uma fada de outro território.

Aí estava o problema. A fada das flores, Floral, que era linda com cabelos cacheados dourados enfeitados com flores de todos os tipos, olhos verdes, pele branquinha como leite e uma brilhante asa translúcida. Pertencia ao território das fadas das flores. E seu amado, o lindo Thorn, pele morena, com cabelos negros lustrosos e olhos azuis, asas brancas e com um brilho colorido que se podia ver de longe. Era uma fada das estações, mais especificamente do outono, e pertencia ao território das estações. Sendo assim, o amor deles era proibido. Mas Floral e Thorn não podiam se separar, o coração dos dois doía demais. Então primeiro eles tentaram se encontrar escondido, o que funcionou por um tempo, mas ambos deixavam de fazer suas atividades em seus territórios para estarem um com o outro. Por isso, as flores e outras plantinhas que Floral cuidava, estavam murchando ou deixando de dar botões. As estações estavam descontroladas, com presença de ventos fortes fora de época, com frio ou calor exagerado. E essas modificações chamou a atenção da rainha das fadas, que precisou investigar o que estava acontecendo e descobriu o relacionamento dos dois. Então os chamou para uma reunião.

- Floral, aproxime-se! - Falou a rainha. - Você também, Thorn!

Os dois se aproximaram da grande poltrona onde a rainha se sentava.

- Sim senhora, vossa majestade Solstícia. - Os dois falaram juntos.

Solstícia antes de ser rainha era uma fada das estações, do verão. O povo das fadas a escolheu como rainha por sua seriedade e senso de justiça, buscando sempre o melhor para as fadas.

- Vocês infringiram uma lei. - Ela disse em voz firme.- Mas vou dar-lhes uma chance. O castigo seria a perda de suas asas, mas se, se distanciarem e esquecerem um do outro e levarem suas vidas sem prejudicar o mundo das fadas, vocês não serão castigados. Mas se não respeitarem a lei, terei que castiga-los. Além da perda das asas, para evitar que se encontrem, vocês serão isolados e estarão constantemente vigiados.

Com lágrimas nos olhos os dois concordaram. Se abraçaram e saíram do palácio real. Com um olhar triste os dois se separaram, mas a separação não durou muito.

Thorn teve uma ideia, ele não suportava mais viver sem Floral. Apenas uma semana sem ela e ele não conseguia dormir ou comer. O rapaz iria morrer sem ela. Floral não estava diferente, andava triste pelos cantos e só comia quando obrigada, já quanto a dormir, preferia dormir o dia todo à ficar acordada se lembrando de seu amado.

No meio de uma noite chuvosa, era o momento perfeito, as fadas estavam escondidas, ninguém os veria. Thorn jogou sementes na janela de Floral até que ela viesse atender. Subindo com dificuldade por causa da chuva, Thorn explicou seu plano. Floral sorriu, fez uma trouxa com o que pôde rapidamente e saiu pela janela. Os dois iriam fugir. Passariam o resto da vida juntos em qualquer lugar que encontrassem. Voariam pra longe e nunca mais se separariam. E assim fizeram.

Ao saber da fuga, a rainha disse que a vida cuidaria deles, que a vida sozinhos não seria fácil e logo estariam voltando e pedindo perdão. E então seriam castigados.

Passaram-se anos e Floral e Thorn não voltaram. Não voltariam mesmo. Os dois encontraram uma montanha escondida e sem muita vida. Floral cuidou das plantas locais, criou jardins perfeitos e o local se tornou a montanha mais linda. Thorn equilibrou as estações da montanha, tornando-a agradável o ano inteiro. E lá construiram sua casinha, tiveram um casal de fadinhas que eram os bebês fadas mais lindos com os cabelos da mãe e os olhos do pai. Mas quando as fadas que ficaram perceberam que eles não voltariam e viram que eles não foram castigados e provavelmente estavam vivendo felizes em algum lugar, as fadas que possuíam seus amores secretos ou sofriam por não estarem junto de seu amor, resolveram seguir o exemplo de Floral e Thorn, e fugiram.

Quando a Rainha percebeu a fuga das várias fadas, ela resolveu lançar o castigo para todas elas. Sendo assim, todas as fadas perderam suas asas e sem poder voar para longe a maioria delas voltou para seus territórios e foram obrigados a continuarem longe de seus amores.

Séculos se passaram, as fadas acreditavam que elas nunca tiveram asas, que as histórias sobre fadas que voavam eram somente lendas.

Ninguém sabia de uma condição que a rainha Solstícia havia colocado em seu castigo: Quando duas fadas apaixonadas decidissem por vontade própria sacrificar seu amor pelo bem maior do mundo das fadas, o castigo teria seu fim e as fadas teriam suas asas de volta.

Rosa, uma fada das flores jovem e linda com seus cabelos negros e lisos como seda, em uma manhã chuvosa, estava saltitando entre as flores para alcançar seu campo que fora atingido fortemente pelas chuvas. As flores eram jovens e não suportariam ao solo encharcado sem a ajuda de Rosa. Mas entre um salto e outro, Rosa caiu no chão e machucou uma perna. Se arrastando, apoiando-se em uma bengala improvisada com um galho quebrado que estava no chão, ela tentava chegar as suas delicadas flores.

Um barulho a assustou, ela tentou se esconder mas não deu tempo. Quando viu, um enorme rato estava sobre ela. Ela soltou um grito assustada, mas percebeu alguém descendo do animal. Era um rapaz fada maravilhoso, ela ficou encantada, a dor passou e o medo também. Seu coração acelerou. Ele estendeu mão e ela ainda entorpecida a aceitou.

- Meu nome é Felix. Sou uma fada dos animais e você?

- Eu sou... Rosa! - Ela respondeu ficando vermelha de repente. - Fada das flores.

Felix tinha olhos castanhos e cabelos ainda mais escuros que os de Rosa, chegavam a ter reflexos azuis, e sua pele também era escura. Ele a ajudou a chegar em seu campo, a esperou cuidar de suas flores e a levou em casa. Para Rosa era novo andar nas costas de um rato, mas ela gostou da experiência e principalmente da companhia.

Era inevitável, os dois se apaixonaram. No início Rosa tentou se esconder achando que se não o visse, o amor que estava brotando murcharia como uma flor sem água. Mas não, o amor deles era forte e resistente, mas era proibido. E a primeira regra das fadas era cuidar e proteger seu território com sua própria vida.

Ela se encontrou com ele na beira de um lago, cercado de tulipas coloridas. Eles concordaram que mesmo que seus corações doessem, eles não poderiam se ver mais, pelo bem do mundo das fadas. Com lágrimas escorrendo dos olhos os dois se beijaram, era o primeiro e último beijo. O beijo durou um tempo, se abraçaram como se um pudesse se fundir ao corpo do outro e levá-lo consigo no coração. Se despediram, e sem olhar para trás se afastaram.

Um forte vento tomou o lago, depois começou a se expandir para todo o mundo das fadas, e Rosa se sentiu se desequilibrar e ser levada pelo vento. Ela rodopiou no ar e quando o vento parou ela despencou. Trancou os olhos para não se ver espatifar no chão, mas ela parou no ar e não entendeu por quê. Abriu os olhos, olhou ao redor e viu que estava flutuando.

Quando olhou para suas costas viu um par de asas cor de rosa translúcida. A asa era maravilhosa. Ela começou a procurar Felix e de repente ela vê alguém vindo muito rapidamente em sua direção. Era Felix, com um par de asas azuis escuras e brilhantes. Eles voltaram juntos para ver o que estava acontecendo. Em poucas horas todos estavam fascinados com suas asas e voando para todos os lados, mal acreditando que poderiam ter asas. Algumas fadas mensageiras chegaram para avisar que o Rei das fadas queria fazer uma pronunciação.

Essas reuniões eram feitas em um salão imenso onde caberiam milhões de fadas e através de magia, que somente o rei ou a rainha das fadas possuíam, todas as fadas poderiam ouvir a palavra do rei.

- Meu querido e amado povo das fadas! - O rei começou. - Ao final do castigo das fadas. Uma mensagem guardada por magia da rainha Solstícia foi revelada a mim!

E então ele contou toda a história para as fadas. Ao fim da mesma, o rei prosseguiu:

Quem foi o casal que no momento em que os ventos surgiram haviam acabado de sacrificar seu amor pelo bem do mundo das fadas?

Rosa e Felix se aproximaram do rei.

- Fomos nós, vossa majestade rei Mário. - Disse Felix segurando a mão de Rosa.

- Bem... - falou o rei. - ... Sempre achei que a lei onde as fadas de diferentes territórios não poderiam se apaixonar fosse uma lei cruel. E hoje vimos que o amor de duas fadas pelo mundo das fadas tirou todos nós do castigo. Um castigo que nem sabíamos que existia.

E aqui vemos uma fada das flores e uma fada dos animais. Por que os dois não podem se apaixonar? A natureza não vive em harmonia? Por que não podemos viver assim também? Por isso a partir de hoje declaro extinta a lei que proíbe fadas de territórios diferentes de se apaixonarem. Sejam todos felizes!

Assim o rei encerrou a reunião. As fadas se espalharam voltando para suas casas felizes pela extinção de uma lei cruel. Rosa e Felix voaram até o lago, onde eles haviam se sacrificado.

Felix se ajoelhou em frente a Rosa, tomou sua mão e disse:

- Rosa, minha linda fada das flores. Aceita se casar comigo? Serei a fada mais feliz do mundo se disser que sim.

Ela se ajoelhou na frente de Felix, deu um beijo leve em seus lábios e voltando a olhá-lo nos olhos respondeu:

- Sim! Eu aceito me casar com você, Felix. Serei a fada mais feliz do mundo junto com você.

Os dois se abraçaram e algum tempo depois, junto ao lago onde eles haviam tido o momento mais triste e mais feliz de sua vida no mesmo dia, os dois se casaram! Construíram uma casinha no alto de uma árvore próxima ao lago e começaram uma linda e feliz família!

FIM

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