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Passado Obscuro

Passado Obscuro

Alê Santos

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31
Capítulo

Jack Carter é um dos melhores investigadores do departamento policial em Chicago, Illinois. Sendo um dos melhores, ele é incumbido a comandar as investigações de uma onda de assassinatos de mulheres, que está acontecendo na região. Mas com um pensamento assombroso: essas mulheres sempre lembram minha esposa... Dentre todos esses crimes, eis que o pior acontece, algo que Carter jamais imaginava e acaba por dilacerar sua vida, quando ele descobre que uma das vítimas é sua amada esposa, a quem ele prometeu cuidar e proteger. Tudo isso já não sendo suficiente para acabar com sua vida, Jack Carter é apontado como principal suspeito do assassinato, por terem encontrado provas contra ele na roupa que Lisa usava no dia do crime. Agora, ele precisa não apenas vingar a morte de sua esposa, como também provar a sua inocência. Mas será que ele é realmente inocente? ATENÇÃO: A OBRA CONTÉM GATILHOS E CENAS DE SEXO EXPLÍCITO.

Capítulo 1 Mau Pressentimento

Jack Narrando

- Carter, precisamos de você na Rogers Park, temos um assassinato. - estava a caminho do departamento de polícia, quando recebo uma chamada do meu chefe pelo rádio da viatura.

É exatamente assim minha rotina diária, não que eu esteja reclamando, amo meu trabalho e estar no meio da ação faz a adrenalina pulsar em minhas veias.

- Ok. - respondo, seguindo para o local do crime.

Sou o principal investigador do departamento.

Chegando ao local, vejo que a área já foi isolada pela faixa de sinalização amarela, impedindo as pessoas ao redor de passarem ou chegarem perto. Passo pela barreira de contenção e me abaixo, próximo à vítima que estava coberta por um lençol branco. O local do ocorrido era um beco não muito estreito, mas escondido o suficiente para um crime como este. Ao esticar o tecido, fico abismado com o estado da vítima, seu rosto estava deformado, o corpo coberto de sangue, além disso, sinais de tortura, como a falta de dois dedos em uma de suas mãos e marcas de bala.

Como se não bastasse tudo isso, meus olhos param exatamente em seus cabelos, ao notar que eram ruivos, como os de minha esposa, esse já é o segundo caso somente nesse mês, o que me causa uma estranha sensação, sinto calafrios por todo meu corpo.

Lisa pode estar em perigo.

- Está tudo bem, Carter? - olho para o lado, notando a presença do Harris.

- Sim, - saio do meu transe, tentando disfarçar o pânico de minutos antes - É... Parece com a vítima da semana passada - passo a mão no queixo, pensando um pouco - Scott! - chamo a atenção do perito - Recolha tudo que puder e me entregue, preciso de toda informação possível sobre a vítima.

- Sim, detetive. - responde, então me afasto da vítima.

****

- Bom dia, Carter. - recebo o cumprimento de um dos meus colegas de trabalho, assim que adentro o departamento, após retornar da cena do crime.

- Bom dia. - devolvo o cumprimento, enquanto beberico um gole de café que comprei no caminho.

Sento em minha cadeira e vejo meu chefe se aproximando.

Ele coloca uma pilha de arquivos sobre minha mesa, fazendo um pequeno barulho.

Deposito meu copo na mesa e olho para ele.

- Chegaram novos casos suspeitos que precisam ser investigados, no entanto - faz uma pausa e folheia uma das pastas, apontando para a foto - Esse caso aqui, em específico, precisa de uma atenção maior. - inclino um pouco a cabeça para ver do que se trata.

É uma imagem bem feia, uma mulher brutalmente assassinada, foi aparentemente torturada antes de sua morte, está ensanguentada, bem parecida com a vítima de mais cedo e a da semana passada.

Isso está ficando cada vez mais sério.

- A propósito, tenho um pouco de pressa sobre esse caso, a família está desesperada, devido ao desaparecimento da vítima dias antes do ocorrido e suspeito que alguns dos outros casos recentes tenham ligação.

- Não tem outra pessoa que possa lidar com o caso agora?

- Tem, porém, você é o melhor, consegue desvendar qualquer mistério em pouco tempo, como tenho pressa, tem que ser você. - firma o olhar em mim.

Suspiro pesadamente e massageio a testa.

- OK - faço uma breve pausa - Mesmo assassino? - arqueio as sobrancelhas.

- Talvez.

- Ok, senhor. Tentarei ser o mais rápido possível, sabe o quanto tenho estado atolado de trabalho.

- Sei que consegue. - dá um tapa de leve em meu ombro.

Já no fim do dia, quando a delegacia estava quase vazia, haviam somente alguns funcionários, eu observava o arquivo da vítima de mais cedo, analisava cada detalhe do assassinato, sua ficha de antecedentes criminais, relacionamentos e aparentemente não havia nada que pudesse explicar o tal crime.

Finalizo minhas pesquisas, insatisfeito por não ter obtido sucesso em minha investigação e pego meus pertences para ir embora.

- Encerrei o expediente por hoje, senhor. - abro a porta do escritório do meu chefe.

- Alguma pista sobre o caso, Carter? - Harris me pergunta, sentado em sua cadeira, com os dedos cruzados.

- Ainda não, senhor. Amanhã quero ouvir o testemunho dos parentes da vítima, talvez dessa forma, eu consiga obter avanço. - não entro, apenas respondo segurando a porta para não bater.

- Tudo bem, Carter. Entrarei em contato com eles, mas não se preocupe, vai conseguir, não tem ninguém melhor que você nesse departamento. - sorri sem mostrar os dentes.

- Obrigado, senhor. Boa noite. - fecho a porta de seu escritório e vou em direção ao carro para ir até minha casa.

Dirijo pelas ruas de Chicago, sentindo-me exausto por concluir mais um dia e com a mente fervilhando. Tudo que mais desejo no momento é chegar em casa, tomar um belo de um banho e aproveitar o tempo com minha esposa.

Estaciono o carro na garagem de casa e subo a pequena escada, que dá acesso à cozinha. Passo pelo corredor, subindo a escada, que leva ao andar de cima, indo para o quarto. Paro na porta, encosto na parede admirando Lisa, enquanto se olha no espelho e passa perfume. Admiro minha linda e adorável esposa, minha ruiva com algumas sardas no rosto.

Então aproximo-me devagar, coloco uma mão em cada lado de sua cintura e deposito um beijo em seu pescoço.

- Está linda. - digo sorrindo, meus olhos miram a mulher em minha frente, através do espelho.

- Não vi quando chegou. Parece cansado... - inclina a cabeça para trás, repousando em meu ombro.

- E estou. O dia hoje foi daqueles - afasto-me dela e sento na cama, retirando os sapatos - Surgiu um novo caso que está acabando com meus neurônios - ela encosta na penteadeira e cruza os braços embaixo dos seios, prestando atenção em minhas palavras - Ao que parece, temos um novo serial killer na cidade.

- Serial Killer, em Chicago? - ela ri - Tão típico.

- Pois é. - desabotoo a camisa, expondo meu peitoral.

- Tenho certeza que o melhor detetive do departamento de polícia de Chicago, consegue desvendar esse caso. - anda até mim, desamarrando o robe, deixando à mostra o decote em v, que exibe perfeitamente seus seios, sorrio de lado e chego a salivar em desejo por Lisa.

Ela me empurra, fazendo-me deitar e começa a distribuir beijos por todo meu corpo. Animo-me e troco nossa posição, ficando por cima. Ficamos nessa brincadeira, até Lisa trocar nossa posição, ficando por cima novamente e sem demora estávamos nos amando ardentemente, com ela dando cavalgadas com as mãos em meu peito, nossos gemidos de prazer ecoando pelo quarto e eu depositando tapas em sua bunda e a apertando.

****

- Cuidado, Lisa! - desperto aos berros e com a respiração descompassada.

Acordo suando frio e sento na cama, tentando controlar a respiração, passando a mão nos cabelos, após sonhar com minha esposa sendo morta.

- Foi só um pesadelo, amor - Lisa põe a mão em minhas costas e acaricia - Volta a dormir.

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