Continuo escondido atrás da sombra nebulosa do prédio que fica no beco. Inverno, em Paris, definitivamente não gosto do frio. Junto as mãos aproximando da boca para soprá-las. Encosto na pilastra, observando os casais supostamente apaixonados. Mãos dadas, abraçados, sorrindo com olhares carinhosos. Diria que é patético, mas como estamos em uma das cidades mais românticas do mundo “Vivre l'amour.’’ Aguardo o homem para matá-lo. É, meu caro amigo, não é nada pessoal, mas fazer lua de mel com a amante mais jovem que sua esposa, não foi uma boa ideia. Os homens não têm noção de como uma mulher traída, e pior, por uma mais jovem, pode se tornar perigosa e vingativa. Esse ano é o quarto trabalho que aceito, onde tenho que dar fim a vida do marido traidor. Homens, se querem tanto aproveitar a liberdade, porque se casam? Aprendam comigo, pego e não se apego. Quem sabe um dia crie um manual com dicas, o título será: como não ser assassinado por minha esposa. Confiro mais uma vez o relógio, completamente entediado. Quanto tempo essa porra leva para comer um prato com tão pouca comida? Se tiver que esperar muito mais, irei mudar a cláusula do contrato de morte limpa e rápida, para lentamente torturante. Bom, vamos às opções : Primeira opção: Usar o silenciador com um tiro certeiro na cabeça de ambos. Segunda opção: Usar o fio que está guardado no bolso da minha jaqueta para enforcá-los. Ou atirar na cabeça da vadia, e espancá-lo até ficar irreconhecível. Assim iria dificultar um pouco o lado da polícia. Qual é? Ninguém nunca me falou que nessa profissão tenho que ser complacente com a polícia. Como dizem, cada qual com seus problemas. Mudo o peso do corpo de uma perna para outra. Bato o pé impacientemente no chão. A ponta do meu nariz está congelando, junto com a pele do rosto. Juro que esse velhote safado irá pagar bem caro por isso. Ouço vozes de longe, escondo o corpo ainda mais para a escuridão. Como esperado o pacote caminha em minha direção tropeçando nos próprios pés. Alguém se excedeu na bebida. Então, opto por usar o primeiro método, só quero acabar logo e ir para o hotel degustar de uma boa taça de vinho à beira da lareira, antes de partir. Abro o casaco enfiando as mãos nos bolsos internos. Pego a pistola, juntamente com o silenciador. Encaixo-o na ponta, deixando o equipamento preparado. Essa é minha última encomenda do ano, preciso de férias. Quero um lugar quente, isolado, onde possa ouvir o som da minha própria respiração. Engulo em seco, ajeito o corpo na posição mais confortável, e aguardo que se aproximem ainda mais. Balanço a cabeça ao observar o casal sensação abraçados. A jovem não tem mais de vinte e quatro anos, e o adúltero cinquenta e cinco anos, o dobro da idade. Admiro a coragem dessa princesa, mas sinto muito, você entrou em um jogo perigoso demais. Repito, não é nada pessoal. Cubro a cabeça com a touca do casaco, escondendo ainda mais minha presença. Ergo o cano da arma, miro diretamente na testa da garota, e sem dó nem piedade, faço o primeiro disparo. Certeiro e limpo. Seu corpo magro cambaleia para trás, caindo no chão como se fosse uma boneca de pano. O porco bêbado, sem entender nada a encara. Após uns segundos, recobra sua consciência e percebe que a mulher está morta com sangue escorrendo da testa. Assustado, acelera os passos olhando para todos os lados. Tenho um recado da esposa que não posso esquecer de transmitir. Antes que ele possa se afastar demais, avanço alguns passos parando em sua frente. Não sei se dou risada da sua expressão, ou se meto logo a bala nesse filho da puta. Espera. Qual era o recado mesmo? Ah, lembrei.
Prólogo
Continuo escondido atrás da sombra nebulosa do prédio que
fica no beco. Inverno, em Paris, definitivamente não gosto do frio.
Junto as mãos aproximando da boca para soprá-las. Encosto na
pilastra, observando os casais supostamente apaixonados. Mãos
dadas, abraçados, sorrindo com olhares carinhosos. Diria que é
patético, mas como estamos em uma das cidades mais românticas
do mundo “Vivre l'amour.’’
Aguardo o homem para matá-lo. É, meu caro amigo, não é nada
pessoal, mas fazer lua de mel com a amante mais jovem que sua
esposa, não foi uma boa ideia. Os homens não têm noção de como
uma mulher traída, e pior, por uma mais jovem, pode se tornar
perigosa e vingativa. Esse ano é o quarto trabalho que aceito, onde
tenho que dar fim a vida do marido traidor. Homens, se querem tanto
aproveitar a liberdade, porque se casam? Aprendam comigo, pego e
não se apego. Quem sabe um dia crie um manual com dicas, o título
será: como não ser assassinado por minha esposa.
Confiro mais uma vez o relógio, completamente entediado.
Quanto tempo essa porra leva para comer um prato com tão pouca
comida? Se tiver que esperar muito mais, irei mudar a cláusula do
contrato de morte limpa e rápida, para lentamente torturante. Bom,
vamos às opções :
Primeira opção: Usar o silenciador com um tiro certeiro na
cabeça de ambos.
Segunda opção: Usar o fio que está guardado no bolso da minha
jaqueta para enforcá-los. Ou atirar na cabeça da vadia, e espancá-lo
até ficar irreconhecível. Assim iria dificultar um pouco o lado da
polícia. Qual é? Ninguém nunca me falou que nessa profissão tenho
que ser complacente com a polícia. Como dizem, cada qual com
seus problemas.
Mudo o peso do corpo de uma perna para outra. Bato o pé
impacientemente no chão. A ponta do meu nariz está congelando,
junto com a pele do rosto. Juro que esse velhote safado irá pagar
bem caro por isso. Ouço vozes de longe, escondo o corpo ainda
mais para a escuridão. Como esperado o pacote caminha em minha
direção tropeçando nos próprios pés. Alguém se excedeu na bebida.
Então, opto por usar o primeiro método, só quero acabar logo e ir
para o hotel degustar de uma boa taça de vinho à beira da lareira,
antes de partir. Abro o casaco enfiando as mãos nos bolsos internos.
Pego a pistola, juntamente com o silenciador. Encaixo-o na ponta,
deixando o equipamento preparado.
Essa é minha última encomenda do ano, preciso de férias. Quero
um lugar quente, isolado, onde possa ouvir o som da minha própria
respiração. Engulo em seco, ajeito o corpo na posição mais
confortável, e aguardo que se aproximem ainda mais. Balanço a
cabeça ao observar o casal sensação abraçados. A jovem não tem
mais de vinte e quatro anos, e o adúltero cinquenta e cinco anos, o
dobro da idade. Admiro a coragem dessa princesa, mas sinto muito,
você entrou em um jogo perigoso demais. Repito, não é nada
pessoal.
Cubro a cabeça com a touca do casaco, escondendo ainda mais
minha presença. Ergo o cano da arma, miro diretamente na testa da
garota, e sem dó nem piedade, faço o primeiro disparo. Certeiro e
limpo. Seu corpo magro cambaleia para trás, caindo no chão como
se fosse uma boneca de pano. O porco bêbado, sem entender nada
a encara. Após uns segundos, recobra sua consciência e percebe
que a mulher está morta com sangue escorrendo da testa.
Assustado, acelera os passos olhando para todos os lados. Tenho
um recado da esposa que não posso esquecer de transmitir. Antes
que ele possa se afastar demais, avanço alguns passos parando em
sua frente. Não sei se dou risada da sua expressão, ou se meto logo
a bala nesse filho da puta. Espera. Qual era o recado mesmo? Ah,
lembrei.
Você pensa demais com a cabeça de baixo, morre seu traidor
desgraçado.
Confesso que soou estranho, mas quem está pagando sempre
tem razão. E em fração de segundos, finalizo o trabalho atirando na
cabeça careca do meliante traidor. Guardo o equipamento de
trabalho rapidamente. Afasto-me com passos rápidos saindo do beco
indo em direção ao movimento. Abaixo a touca que cobria meu rosto
para deixá-lo visível, e não levantar suspeitas. Enfio as mãos no
bolso, enquanto caminho calmamente aproveitando a paisagem
como qualquer turista.
— Ei, você, ei... Ei... eu vi tudo. — Encaro a figura feminina que
está atrapalhando meu caminho e apontando o dedo para mim.
Olho de um lado para o outro para ter certeza de que essa
maluca está falando comigo mesmo. Sua voz está estranha, falando
enrolado como se estivesse bêbada. Será que ela me viu no beco.
Porra, três cadávares na mesma noite.
— Não sei do que está falando. — Disfarço, tentando desviar
contornando o corpo por trás.
De repente sou pego de surpresa, quando sua mão aperta firme
meu braço, segurando-me no lugar. Claro que se quisesse poderia
escapar, e ainda quebrar o braço dessa bêbada maluca. Mas bater
em mulher é contra meus princípios, matá-las é diferente.
— Senhorita, por favor, está me confundindo com alguém. —
Respiro fundo, tentando manter a calma.
— É você, estava de capuz, eu vi... Nossa, seus olhos são lindos.
Tem umas pintinhas coloridas.
— O quê? — questiono confuso.
Reagindo rapidamente, seguro o corpo da mulher que despenca
em direção ao chão. Além de bêbada, a criatura ainda fica
inconsciente. Preciso ter certeza se ela realmente viu algo, ou foi só
delírio alucinado. Suspendo-a no ar e a carrego nos braços. Não faço
ideia do que fazer com esse fardo, já que não estava nos meus
planos. Droga. A única opção é levá-la comigo para o hotel e tentar
descobrir mais sobre essa estranha. E assim que estiver sóbria,
decido o que realmente farei com sua vida.
Capítulo 1
Mal conheço a mulher e já estou levando prejuízo.
Desembolsei alguns euros para que a camareira me deixasse usar o
elevador dos empregados. Seria arriscado subir com ela desmaiada
em meus braços no elevador principal do hotel, sem contar o fato de
atravessar o saguão repleto de câmeras de segurança, realizando
vários closes da situação. Quando se está em um país onde milhares
de turistas circulam todos os dias, os funcionários dos hotéis, estão
acostumados com cenas como essas. Mulheres bêbadas, casais
bêbados, o que importa é o quanto você paga para que possa
receber ajuda. Salto para fora do elevador no quinto andar,
chacoalho o corpo mole e desfalecido para ver se a maluca
ressuscita, ou dê qualquer sinal de vida, mas nada. O que essa
criatura bebeu?
Por um momento sinto a fragrância exalando dos cabelos,
cheiro adocicado de tutti frutti. Seus lábios são largos e grossos, em
contraste com a estrutura óssea não muito delicada do rosto. O
corpo é magro, esguio, mas confesso que a comissão de frente é
bem satisfatória. Não tem o estereótipo de moça bêbada, drogada.
Posso estar sendo precipitado em meu julgamento, mas arrisco
dizer, que essa pessoa em meus braços totalmente inconsciente, é
uma mulher cem por cento certinha. Com uma família grande e
unida, deve ter no mínimo três gatos, isso se não tiver um cachorro
com aqueles nomes fofinhos e cheios de frescura.
Acelero os passos pelo corredor, evitando esbarrar com outros
hóspedes. Em frente à porta, não consigo pegar a porra do cartão
para abrir a fechadura. Posso deitá-la no chão por alguns segundos.
Ah, qual é, Jhon? Você é um assassino frio e calculista, mas, ainda
assim, é um cavalheiro. Respiro fundo, conto até três, suspendo-a no
ar e jogo-a por cima do ombro como um grande saco de batatas. Se
fosse batatas não daria tanto trabalho, já que não tem olhos, e muito
menos podem ser testemunhas de um crime.
Com uma mão apoio segurando sua bunda, e com a outra
enfio dentro do casaco procurando o cartão nos bolsos internos.
Sinto que estou começando suar com todo o esforço. Acho bom essa
desgraçada valer de alguma coisa, senão, realmente ficarei muito
bravo. Enfio o cartão na tranca, em seguida a luz verde ilumina o
mini painel seguido do som da trava sendo liberada. Empurro com o
corpo a porta, e entro no meu espaço seguro. Jogo o corpo da
mulher no sofá rapidamente me livrando do peso morto.
Estralo o pescoço para os dois lados balançando os braços
alongando o corpo. Depois dessa precisarei de uma massagem.
Quem diria que tão magra, poderia pesar tanto. Bom, costumam
dizer que osso também pesa. Trocadilho idiota, mas nesse momento
faz todo sentindo. Aproximo-me cuidadosamente, seguro seu pulso,
checando os batimentos cardíacos. A infeliz está bem viva, e
babando no lindo sofá do hotel.
— Preciso de uma bebida — digo em voz alta.
Sigo em direção à cozinha, abro a pequena geladeira e não
encontro nada que me agrade. Ok. Serviço de quarto. Além da
bebida, preciso de algo para comer, não tive tempo para jantar
esperando aquele casal lindo. Se os desgraçados não tivessem
demorado tanto naquela porra de restaurante.
Pelo menos morreram de barriga cheia.
Digito a senha no painel preso à parede. Claro, hotel de cinco
estrelas no mínimo tem que ter conforto e tecnologia de primeira
para satisfazer os clientes. Seleciono o cardápio na aba refeições.
Percorro a lista procurando pratos que sejam simples sem muito
requinte e nomes estranhos. Gosto do tradicional, comida típica. Não
é como se eu não soubesse aproveitar uma vida luxuosa. É que,
tudo que é demais uma hora cansa.
Ouço um barulho alto vindo da sala, não consigo identificar o
som. Em alerta, caminho nas pontas dos pés, e sou surpreendido ao
perceber que a maluca rolou para fora do sofá, caindo em cima do
tapete felpudo, virou para o lado e permaneceu dormindo. Mordo os
lábios segurando a risada que tenta escapar por entre eles. Retorno
para a cozinha e continuo na missão de encontrar algo para comer.
A cena dela caída no chão, dormindo com a boca aberta,
surge em meus pensamentos fazendo-me rir. Espero que
consigamos ter uma conversa amigável quando recuperar a
consciência. Não tenho a pretensão de matá-la, tudo vai depender
de como será ao despertar do seu sono de branca de neve.
Após uns minutos, enfim, decido qual prato irei pedir. Escolho
Galettes Bretonnes é como se fossem crepes salgados com
recheios de Fiambre, queijo e ovo. Agora, para beber, uma garrafa
de vinho Château Lagrance 2008.
O prazo para a refeição ficar pronta é de aproximadamente
quarenta minutos. Ando pelo quarto de um lado para outro. Preciso
de um banho quente para tirar o frio congelante dos ossos. Posso
confiar que ela não irá acordar, enquanto estou no chuveiro e fugir?
Posso levar o cartão de acesso comigo para o banheiro. Se mesmo
assim ainda tentar fugir pela janela e cair do quinto andar do prédio,
será lamentável, pobrezinha. Antes de sair da sala, cutuco-a sua
perna com a ponta do pé, e nada.
Sigo até o quarto, coloco o casaco em cima da cama, retiro a
arma, e outros equipamentos para guardar no cofre. Digito a senha
no pequeno quadrado de metal, abrindo-o e guardando-os. Respiro
aliviado que enfim posso relaxar. Abro o botão da calça, desço-a
levando junto a cueca até os pés. Empurro o conjunto para o canto.
Puxo por cima da cabeça meu suéter de lã, ficando completamente
nu.
Avanço os passos até o banheiro, atravesso o box de vidro,
abro a ducha deixando na temperatura mais quente. Entro embaixo
d’água. Levanto a cabeça deixando que a água aqueça minha pele,
levando quaisquer resquícios da noite. Não sinto remorso, nadinha,
quando finalizo o trabalho para qual sou contratado. Meu pai diz que
não tenho um coração batendo dentro do peito, eu diria que encaro
minha profissão como qualquer outra. Não vejo pessoas, e sim,
cifrões piscando como letreiros luminosos em suas testas. Agora, se
pagam para matá-los, vos pergunto: Quem realmente é o criminoso?
Esfrego as mãos nos cabelos, encharcando-os. Pego o frasco
de sabonete líquido preso na parede, esborrifo na mão. Fecho os
olhos, enquanto minha mão percorre o pescoço descendo para o
peito nu, aprecio a sensação do toque, mantenho os olhos
pressionados, pronto para descer a mão até tocar meu pau duro.
— O QUE É ISSO? — Ouço uma voz feminina gritando dentro
do banheiro.
Abro os olhos rapidamente girando o corpo, através do vidro,
vejo a maluca em pé segurando uma faca de cortar pão nas mãos
trêmulas. O que ela pretende com essa faca? Passar manteiga na
minha torrada?
Assustada, desnorteada, encara-me. Os olhos castanhos
nublados percorrem meu corpo até chegar a um local de suma
importância, a porra do pau duro. Arregalando ainda mais os olhos
como se fossem saltar da órbita craniana. A maluca joga a faca no
chão, e sai do banheiro, gritando.
Não tenho tempo para pensar em nada, somente reagir. Corro
para fora, atrás dela. Antes que ela possa alcançar a porta do quarto,
pulo sobre seu corpo, derrubando-a na cama. Pressiono o peso do
corpo por cima do seu, impossibilitando que fuja. Mantenho a mão
sobre sua boca para silenciá-la. Logo percebo que é do Brasil,
conheço a língua portuguesa, digamos que, tenho alguns negócios
naquele país tropical.
— Eu não vou te machucar, okay? Se quisesse fazer isso, já
teria feito há muito tempo.
Capítulo 1 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 2 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 3 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 4 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 5 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 6 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 7 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 8 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 9 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 10 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 11 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 12 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 13 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 14 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 15 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 16 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 17 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 18 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 19 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
Capítulo 20 Meu mercenário- Livro 4
13/03/2022
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