Noite Ardente.

O quarto estava iluminado somente com a fraca luz do luar, as cortinas da janela balançavam e a noite era fria. Mas as pessoas naquele naquele quarto não estavam com frio, e sim com temperatura alta em seus corpos. Gemidos podiam ser ouvidos, corpos entrelaçados em um só.

O homem prendia a mulher em baixo de si, seus beijos eram famintos de desejo, a mulher se contorcia em baixo dele choramingando de prazer e um pingo de tristeza. As costas do homem misterioso foram arranhadas e seus cabelos foram puxados. O homem ficou satisfeito com as ações dessa mulher.

"Querida.. está gostando?" Perguntou o homem com uma voz fria, mais maliciosa seus movimentos ficaram mais rápidos e respirações ofegantes foram ouvidas. "Eu estou satisfeito... Afinal era de se esperar, afinal eu paguei meio milhão por uma noite com você..."

Essas palavras esmagaram o coração. De Isabela, ela iria aguentar até o fim, afinal ela havia cido paga para fazer sexo com esse homem, então ela teria que terminar como o combinado.

Lágrimas escorreram de seus olhos enquanto som abafados saiam de sua boca, o homem ficou satisfeito pelos sons que saíram de sua boca, mas a lágrimas de Isabela não foram vistas.

Isabela havia cido paga para fazer sexo. Ela vendeu seu corpo, qual seria a diferença entre ela e uma mulher da vida? A jovem mulher se perguntou

A noite foi longa, gemidos tomaram conta do quarto pela noite inteira finalmente corpos cansados caíram lado a lado. Isabela puxou o lençol para cobrir seu corpo. Suas costas tocaram o peito do homem e mãos rodearam sua cintura. E uma voz roca e misteriosa sussurrou em seu ouvido.

"O dinheiro está ao lado da porta". O homem exibiu um sorriso frio e sarcástico e finalmente a soltou, Isabela sem ousar olhar para ele, vestiu suas roupas e pegou a mala, suas mãos tremiam. Sua mão tocou a maçaneta da porta e Isabela saiu do quarto sem hesitar...

Aquela foi sua primeira noite com um homem, aquela foi a noite mais obscura e vergonhosa de toda sua vida. Isabela saiu do hotel e foi direto para casa sem nem uma única vez olhar para trás.

Ao entrar em sua simples casa, finalmente jogou a mala de dinheiro no sofá seus pés cederam e lágrimas molharam seu belo rosto bronzeado, ela ria entre o choro alternando entre felicidade e tristeza.

"Mãe, pai, eu consegui..." Seu olhar pousou sobre o retrato encima da mesinha no centro da sala, uma mulher segurava um menino pequeno no colo, e o homem de cabelos castanhos, de sorriso doce e contagiante segurava uma menininha de dez anos. A família no retrato sorria, aquele foi um dos dias mais felizes para eles.

Aquela era.. a família de Isabela, seus pais e seu irmão mais novo, o que havia restado desta família feliz.. somente era ela e seu irmão.

Isabela tempo depois descobriu, pouco tempo antes da morte de sua mãe. Que seu irmão precisava de uma cirurgia no coração, urgentemente pois o dele teria pouco tempo antes de falhar.

A cirurgia era muito cara, Isabela tentou de tudo mais não encontrou maneiras de conseguir o dinheiro. E sem opções ela recorreu a uma amiga.. que havia entrado nessa vida para conseguir uma vida fácil e confortável. Sua amiga Julie ofereceu, a ela a ideia ser acompanhante por uma noite, como Isabela era virgem poderia cobrar caro.

Isabela pensou..bastante já não havia mais tempo, ela faria de tudo para salvar seu irmão! Até mesmo vender seu corpo.

E foi assim que Isabela acabou na cama de um hotel de luxo com um homem desconhecido.

Sua primeira reação depois de parar de chorar foi olhar pra si, e tomar um banho ela esfregou sua pele até que ficasse vermelha, Isabela queria tirar qualquer vestígio da noite de ontem de seu corpo.

após sair do banho se vestiu, com roupas simples arrumou seu cabelo e olhou para o vestido que usou ontem a noite no cesto de roupa. Em poucos minutos a roupa estava queimando em chamas dentro de um balde, depois de ter feito isso Isabela sorriu amargamente e suspirou, decidindo que iria agora mesmo ao hospital.

A primeira coisa que fez ao chegar no hospital foi ir para o escritório de administração e pagar a cirurgia e despesas do seu irmão. E logo depois foi para o quarto de seu irmão o observar do lado de fora.

"Fico feliz, que tenha conseguido" falou o médico de meia idade que sorria alegremente para a mulher a sua frente. Por várias noites viu essa mulher permanecer ao lado do seu irmão.

E ficou contente quando a jovem conseguiu o dinheiro, o hospital que o irmão de Isabela estava sendo tratado era particular. Isabela por dias tirou o dinheiro da sua própria comida, para não atrasar as mensalidades e pagar os remédios mas isso seria uma coisa que ela não contaria a ninguém.

O senhor de idade olhou para jovem mulher que olhava através do vidro o adolescente deitado com aparelhos ligados ao seu redor, Isabela estava preocupada vendo isso o senhor resolveu puxar assunto para traquiliza-lá.

"O médico que vai cuidar do Remo vem do exterior eu o conheci ontem, e pude ver que é um jovem talentoso que já havia lidado como casos piores que esse." Isabela não disse uma palavra mais sorriu ao ouvir isso e se virou para o senhor Alfredo.

Um senhor de meia idade e gentil esse era o médico Alfredo, que desde que Isabela esteve aqui sempre a ajudava como podia. "Então fique calma, Isabela. Seu irmão é um menino muito forte." Dizendo essas palavras o senhor, entregou a ela um copo de café que havia pegado na lanchonete do hospital.

" vá descansar um pouco, você parece muito cansada e quando voltar seu irmão já vai ter passado pela cirurgia" Isabela deu um sorriso doce ao médico que havia se tornado seu melhor amigo.

"Sim, eu vou fazer isso" disse ela. "Mais só depois que eu irmão melhorar!" Ela estava decidida a esperar.

Médicos entraram no quarto que Remo estava e o levaram para a sala da cirurgia, ela não sabia se divia ficar triste ou preocupada. Ela sentou se na cadeira e tomou o seu café.

Minutos depois adormeceu cansada na sala de espera do hospital.

. . . . .

Horas depois

No hotel Estrela do Mar, enfrente a bela praia de águas cristalinas da cidade do México, Cancun.

No quarto a esquerda na ala presidencial.

Um homem de olhar gentil sorriso sarcástico olhava seriamente para a bolsa de dinheiro a sua frente. A mulher não havia aparecido, porquê? Ele ficou frustado ela deveria ter aparecido ontem, o homem levou sua mãos e tocou seus belos cabelos castanhos.

"Ramon, ligue para agência e diga que a mulher que deveria ter aparecido ontem não apareceu." O assistente em pé ao lado de seu chefe, que estava sentado mexendo em seu notebook rapidamente ligou para o dono de uma casa de prazeres local.

Após breve segundos o assistente havia resolvido tudo, "senhor ela chegou aqui, a mulher era nova na casa e não era funcionária então deve ter desistido" o assistente Ramon fez uma pausa. "Outra senhorita será enviada, mas lamento senhor a agência não tem outra mulher virgem".

Ramon pegou seu telefone novamente e checou a agenda do chefe, o homem detestava tocar algo sujo, ele era obsessivo com limpeza. Imagina tocar algo que não só um homem tocou mais milhares, aquilo o deixou enjoado.

"Cancele, imediatamente não quero outra voltamos hoje mesmo prepare tudo."

assistente fez imediatamente o que lhe foi ordenado, Ramon é fiel como um cão ao seu chefe onde o seu chefe fosse ele teria que seguir. O assistente Ramon, não tinha vida própria pelo menos tinha uma folga na semana. E um salário satisfatório.

Depois disso se retirou do quarto e finalmente pode respirar aliviado. "pelo menos o dia do Pagamento está chegando" disse ele para si mesmo. Mas seu sorriso vacilou o dia da visita da mãe e do vô de seu chefe também chegava.

. . . . . . .

No quarto ao lado direto.

Estava um homem que havia acabado de sair do banho depois uma noite cheia de luxúria e prazer.

A mulher a qual havia chegado ao seu quarto era inexperiente e baixa, seus cabelos eram castanhos e sua pele bronzeada. Seu olhar se voltou para os lençóis brancos em cima da cama que agora estavam manchados de sangue.

Seu telefone havia tocado. Depois de atender o telefone pode ouvir lamentos de um velho.

"Senhor kan, eu sinto muito mas a mulher contratada pelo senhor não pode aparecer". O velho dono da casa de prazeres, que continha acompanhantes de luxo se desculpava sinceramente.

Não um mas dois homens poderosos, não puderam receber os serviços que haviam contratado, uma era uma garota mal agradecida, e a outra havia ficado doente. Julie teria que prestar contas pela falta de compromisso de sua amiga.

"Senhor por favor me desculpe!" O velho dono da casa de prazeres nem teve tempo de se explicar, pois o homem de cabelos pretos e olhos escuros já havia desligado. Oliver kan ainda olhava para os lençóis manchados de sangue.