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Capítulo

Um caipira que se apaixona perdidamente por uma moça da cidade, que decidiu morar no interior. Uma branquela que se apaixona por um cara do interior, que possui um lado safado e pegador, muito evidente. Aceitar esse desejo, essa paixão será algo bem difícil para esses dois.

Capítulo 1 - PRÓLOGO

NARRAÇÃO BETO

Termino de carregar os sacos com a colheita do dia na caminhonete da fazenda.

- Vai levar para a cidade ou eu levo?

Nunes meu braço direito na fazenda pergunta secando o suor de sua testa. Encaro o sol sobre a nossas cabeças e respiro fundo.

- Você leva, pode ser?

Ele sorri e confirma com a cabeça.

- Mas espere o sol acalmar, tá de queimar os miolos e se expor os sacos vai estragar tudo.

- Pode deixar! Vou colocar a caminhonete na parte coberta e assim que o sol diminuir rumo pra venda do Sr. Silva.

- Certo!

Respondo vendo um enorme caminhão passando e entrando na fazenda ao lado.

- Acho que vamos ter vizinhos novos.

Nunes diz sorrindo.

- Só espero não ser aquelas famílias ricas da cidade grande. Detesto essa gente que acha que fazenda é para lazer aos fins de semana.

Ele começa a rir e soca meu braço.

- Você hoje acordou mais cavalo do que nunca.

Pego a mangueira e a ligo, lavando meu rosto.

- Apenas dizendo a verdade. Esse povinho não sabe o trabalho que dá manter uma fazenda e compra uma de lazer.

- Mas são essas pessoas que contratam nossos amigos com dificuldade para cuidar da fazenda e com isso eles possuem emprego.

- É a única vantagem amigo. Ainda sim eles os tratam como coisas sujas. Acredita que um mauricinho esses dias me viu na venda e perguntou de que chiqueiro eu sai!!!!

Ele está gargalhando alto.

- Você foi assim como está agora? Camisa aberta e todo molhado?

Encaro meu peito exposto e minha camisa molhada.

- Estava sujo, mas não molhado.

- Então queria o que?

- Eu podia estar de lama ou até mesmo cheio de merda de cavalo na cara. isso não lhe dava o direito de falar aquilo.

- Eu sei, foi um babaca.

- Sim, foi!

- O que você fez em troca?

Me olha sabendo que fiz alguma coisa.

- Taquei merda do Diabo no carro dele.

- Você tacou a merda do seu cavalo no carro dele?

- Disse para ele que era para saber como era realmente viver em um chiqueiro.

- Você parece um cavalo indomável.

Me aproximo dele rindo.

- É o que as mulheres dizem.

- Viu a Brenda ontem?

Confirmo com um sorriso enorme.

- Vi e fiz muito mais.

- Qualquer dia o pai dela vai te pegar e isso vai dar merda.

Brenda é a filha única do Roger e da Amália Braga. Eles vieram da cidade grande em busca de paz.

Só que paz é a única coisa que não dei a pequena garota desde que chegou.

- Não tenho culpa se a filha dele abre a janela para mim.

Ele ri alto.

- Que mulher dessa pequena cidade não abre a janela para você, garanhão?

- Nenhuma.

- Espero que minha mulher esteja fora dessa.

Encaro ele sério.

- Janice é como uma mãe para mim, sabe disso.

- Sei!

- Vocês me criaram depois que meus pais morreram, nunca pensaria em fazer nada com ela e nunca faria isso com você. São a minha família!

Bagunça meu cabelo, como sempre fazia quando eu era pequeno.

- Tivemos sorte de cuidar de alguém tão incrível assim.

Abro um sorriso e sigo com ele para a casa grande almoçar. Janice sorri assim que entramos. Nunes beija sua cabeça e sorri de volta. É nítido o amor desses dois.

- O cheiro tá bom.

Ela sorri com o meu comentário.

- Vão se lavar que já vou servir.

Após lavarmos as mãos seguimos para a mesa e comemos em silêncio. Voltamos para fora de casa, estou com a cabeça cheia e preciso andar.

- Vou levar as coisas pro centro, quer alguma coisa?

- Não! Vou aproveitar o tempo bom e andar um pouco com o diabo, ele anda meio arisco.

- Parece o dono.

Reviro os olhos após seu comentário e sigo para a baia dos cavalos. Assim que entro, posso o ouvir bufando.

- Vamos andar seu rabugento.

Começa a trotar desesperado para sair. Coloco a sela nele e prendo firme. Puxo-o para fora e sigo para uma parte aberta. Subo nele que começa a rodar irritado.

- Calma, garoto!

Aliso sua crina e ele vai se acalmando. Quando sinto segurança, sigo com ele em pequenos galopes. Saio da fazenda seguindo para a estrada, sinto-o agitado e então ele dispara.

- Calma, diabo!

Tento acalmá-lo, mas o infeliz acelera ainda mais. Vejo uma caminhonete vindo e ele dispara para a frente do carro.

- NÃO!!!!!!

Grito puxando as rédeas e ele ergue as patas dianteiras. Sinto meu corpo ser lançado para trás e em segundos bato no chão duro, sentindo a dor. Um barulho de freada surge e tudo começa a ficar borrado. Pisco várias vezes para tentar voltar ao normal.

- Você está bem?

Uma voz calma ecoa em meus ouvidos.

- Olha pra mim.

Sinto mãos delicadas em meu rosto. Assim que consigo focar meus olhos, tenho uma bela visão. Uma linda mulher de olhos negros me encara.

- Sim!

Respondo tentando sentar, sentindo dor.

- Eu te ajudo.

Fala me abraçando e posso sentir seu cheiro delicioso. Seus braços rodam em minha cintura e seu toque queima meu corpo. Me puxa do chão e assim que fico de pé, cola o corpo no meu.

- Você ainda está sem forças.

Seu corpo está tão colado ao meu, que posso sentir seus seios e isso me deixa excitado.

- Estou bem!

Digo me afastando antes que ela me sinta duro. Olha em volta e assim que vê meu cavalo, segue até ele de forma calma.

- Não o toque, ele não gosta.

Me ignora e segue o encarando. Apenas ergue a mão e o filho da mãe baixa o focinho se aproximando dela. Não bufa ou bate as patas no chão como costuma fazer.

- Filho da mãe!

Resmungo baixinho. Coça seu focinho e segue para seu pescoço.

- Ele apenas não gosta da sela.

Diz observando as amarras.

- Como sabe?

- Ele não me deixa tocar essa parte.

Segue com a mão para a sela e ele foge.

- Calma, garoto!

Desamarra a sela e quando retira ele bufa feliz.

- Evite selas pesadas, tenta usar aquelas mais macias com manta.

Observo-a toda, sua roupa de garota mimada e seu carro de riquinha já me diz que é da cidade grande.

- Não acho que uma patricinha como você, saiba alguma coisa sobre cavalos.

Não me olha e mantém o foco no meu cavalo.

- Acho que seu dono usa selas apertadas no meio das pernas também.

Sussurra o suficiente para que eu escute e tento evitar um sorriso.

- Apenas conheço gente como você e sei que nada disso faz parte de sua vida.

Se vira e seu olhar é intenso. Anda com calma até onde estou.

- Defina gente como eu.

- Aposto que seu pai é rico e comprou uma fazenda para a família passar os fins de semana, esbanjando dinheiro.

Abre um enorme sorriso.

- Você é o típico cara da roça que acha que uma mulher deve queimar a barriga no fogão e parir 20 filhos homens para você, né?

Seu corpo está novamente colado ao meu.

- Você nem deve saber onde fica um fogão.

- Você deveria saber mais sobre cavalo sendo de uma fazenda. No mínimo saber sobre o seu.

- Riquinha mimada.

- Caipira machista.

- Desaforada.

- Arrogante.

Seu rosto está próximo ao meu e sinto minha respiração falhar. Escuto uma música estranha e ela se afasta de mim. Retira o celular do bolso e observa.

- Adoraria ficar aqui trocando ofensas maravilhosas.

Seu sorriso é ainda mais lindo.

- Mas diferente do que imagina, eu trabalho.

Me deixa sozinho e entra no carro.

- Tchau, caipira!

- Tchau, riquinha!

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