Cora Mclaughlin, futura rainha das Terras Altas Escocesas, sempre jogou pelos dois lados da moeda, onde realiza todas as regras imposta para ser uma dama e ao mesmo tempo as suas próprias expectativas. Até que um misterioso homem invadiu seu reino, e sua família em menos de segundos cai em ruínas, destruindo tudo e todos. O ser é o líder dos vikings controlado cegamente por alguém muito maior. Dentro de um jogo de xadrez entre Magnus Haddock, Cora Mclaughlin e Rowan Westergaard, a garota terá que lutar pela sua sobrevivência e... resistir ao homem que destruiu tudo para ela.
A mentira dos Hildebrand
Eu ouvi dizer, que eles se encontraram, entre dois exércitos: Hildebrand e Hadubrand, os dois guerreiros. Pai e filho juntos arrumaram suas armaduras, Endireitaram suas armaduras e cingiram suas espadas, heróis, sobre seus byrnies, enquanto cavalgavam para a batalha Hiltibrant, filho de Heribrant falou primeiro, como ele era o homem mais velho e mais experiente, perguntando, com poucas palavras, quem era o pai do outro e de qual linha ele veio. "Diga-me a que família você pertence. Pronuncie-me um nome e eu saberei o resto, pois sou sábio para os nomes de todos os membros da tribo no reino.
Hadubrand, filho de Hildebrand, respondeu:
"Meu povo me disse, velhos e sábios, aqueles que viveram há muito tempo, que meu pai se chamava Hiltibrant, eu me chamo Hadubrant, há muito tempo ele partiu para o leste, fugindo da ira de Odoacro, portanto, com Teodorico, e muitos de seus guerreiros deixou os pequeninos que ficaram na pátria, sua noiva em ela caramanchão, e uma criança desamparado e privado de heranças; ele cavalgou, portanto, para o leste desde que Dietrich Theodorico precisou, meu pai, aquele era um homem tão sem amigos, no entanto, meu pai, o mais fiel seguidor de Dietrich, compartilhava aquele ódio que não conhecia limites por Odoacro. Ele sempre cavalgou na vanguarda do exército. Cada luta que ele acolheu abertamente. Apenas os mais corajosos poderiam ter feito isso. Não acredito que ele ainda esteja vivo."
"Eu invoco o Deus do Céu".
Hildebrand disse então: "para ser minha testemunha. Nunca você enfrentou um parente tão próximo quanto seu inimigo."
Em seguida, ele removeu o anel, forjado com o ouro do imperador, que o rei dos hunos lhe dera: "Dou-te isto por amizade". Mas Hadubrand, filho de Hildebrand, respondeu:
"Deve-se dar um presente pela ponta da lança! Velho Hun, você realmente é astuto;
- Canção alemã.
Um dia ensolarado desabrochou em Glencoe, com poucas nuvens no céu e brisas suaves perambulando entre as folhagens, batendo em seguida no vidro da janela de madeira e fazendo uma espécie de assobio ecoar pelo espaço.
Para os escocês isso era o presságio de que boas coisas viriam.
Mas não era para menos, haviam feito bons acordos na transação de trigo, centeio e aveia, o clã Mclaughlin tem tido uma boa relação com os outros clãs e a primogênita estava a um passo de ser coroada, nada poderia correr melhor do que a nova governação das Terras Altas Escocesas, pelo menos é isso que todo mundo espera.
Glencoe é o principal assentamento em Glen Coe, na área de Lochaber, nas Terras Altas da Escócia, encontra-se no extremo noroeste do vale, na margem sul do rio Coe, onde entra no Loch Leven, é aqui onde fica localizado o império da família Mclaughlin, soberanos dessas terras, embora alguns clã atuam como governantes de outras pequenas terras da Escócia, como o clã Macintoshm, o clã Gallagher e o clã Alencares.
O castelo fica no local do Massacre de Glencoe em 1492, no qual 38 membros do clã MacDonald de Glencoe foram mortos por forças agindo em nome do governo do rei Fergus I após a Revolução Gloriosa. Traição estava envolvida, já que o clã havia alimentado os soldados e dado abrigo a eles por quase duas semanas antes de se voltarem contra seus anfitriões.
O vale às vezes é referido poeticamente como "The Weeping Glen", em referência a este incidente, embora o nome Glencoe já existisse bem antes da época do massacre, como o Gaelic Gleann Comhann, o elemento Comhann do qual pode ser anterior à língua gaélica, sendo seu significado incerto.
Com a morte do Rei Fergus, o clã Mclaughlin tomou posse do poder e permanece assim durante quatro gerações.
Alguns fios dos cachos indomáveis cobrem levemente o rosto oval da jovem princesa, a primogênita do clã Mclaughlin, mas que logo são capturados pela criada que olhava atenta em seu trabalho - a futura rainha das Terras Altas Escocesas.
Cora lixa suavemente o seu enorme arco feito da melhor madeira encontrada em Glencoe, enquanto sua criada se encarrega de pentear e prender o vasto cabelo em um penteado que realce o rosto da sua senhora, destacando inclusive o pescoço delicado que carrega um pesado colar de esmeralda presenteada pelo seu pai, o rei Kendrick II.
E ao mesmo tempo, enquanto se atenta ao seu trabalho, percebe o silêncio não muito comum da princesa que sempre foi uma menina bastante faladora e inquieta.
Ás vezes até se sentia tonta com a euforia que ela é capaz de emanar, considerando se isso se quer é normal, e claro, desaprovando constantemente a princesa por na maior parte das vezes não se comportar como uma dama.
Mas é evidente, o rei Rowan Westergaard do longínquo reino de Tonsberg na Noruega, veio com o propósito de a desposar, e não com muita alegria, sua senhora apenas tem que cumprir as formalidades cuja nas quais sempre fora criada e obrigada.
Não era como se ela pudesse escapar disso.
Cora tinha fama de rejeitar todos os seus pretendentes, por mais belos, ricos, poderosos e corteses que fossem, a donzela de cachos ruivos não se interessava por nenhum deles.
Seus belos olhos eram apenas para sua liberdade não ainda usufruída, e a criada sentia até inveja e na maior parte até raiva por saber que a princesa tinha tudo aos seus pés mas só queria saber da porcaria da liberdade.
Se ela soubesse a sorte que tem, queria eu apenas ter que me importar em apenas arranjar um marido, mas não, sou obrigada a esfregar as suas roupas e ainda aturar suas lamúrias.
De qualquer forma, algum dia a princesa precisaria escolher um pretendente para dar continuidade a linhagem dos Mclaughlin, como futura rainha não poderia dar essa responsabilidade a seus irmãos.
Para o seu desgosto.
- Já terminei, minha senhora - a criada anunciou e afasta-se para que Cora pudesse se admirar no enorme espelho preso na parede de pedra.
Ela levantou morosamente para observar sua aparência.
O vestido verde musgo é de mangas longas e também de longo comprimento que cobre o início de seus pés, seu colo estava evidente realçando o busto médio.
O tecido é de um veludo pesado e em seus quadril e no meio das mangas o vestido é adornado com estampas do símbolo dos Mclaughlin, o cabelo ruivo acobreado estava em um belo penteado que esconde parcialmente o longo comprimento que o seu cabelo possui.
Ela estava simplesmente deslumbrante.
A criada não se demorou no quarto, partindo em seguida e deixando Cora completamente sozinha.
- Eu nem sei como irei andar com o peso desse vestido, meu Deus - pensou ela divertida.
Diferente de outros reinos, em Glencoe os príncipes, mesmo que sejam os herdeiros da coroa, não recebem uma coroa nem para ostentar durante eventos importantes, com a exceção dos governantes, é claro, portanto, não era difícil passar despercebida em algumas celebridades quando não eram apresentados formalmente em alguns governantes.
E Cora com certeza adorava isso, já que eram os únicos momentos que podia ser realmente ela sem se preocupar com os olhares de julgamento.
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Houve uma pequena euforia do lado de fora mas que foi forte o suficiente para despertar toda a atenção dos reis, que rapidamente pediram a um dos seus lacaios para averiguar a situação.
E tamanha surpresa ao descobrirem que o rei de Tonsberg já havia chegado a Glencoe e que estava agora mesmo diante da porta do castelo, os esperando pacientemente.
- Ele não deveria chegar só amanhã? - perguntou o Kendrick incerto.
Eleonor levantou-se de seu assento confusa e fechou direito seu robe de seda branco, seus olhos azuis avaliaram minuciosamente o marido de cima a baixo.
- Eu desconheço essa situação, mas se bem que pela sua carta ele não me informou o dia da sua chegada, só não sabia que sua chegada haveria de ser tão rápida assim - a bela mulher disse já alcançado o papel amarelado e entregando ao seu marido. - Meu deus, terei que ordenar que preparem rapidamente a Cora, mandar fazer um banquete, mandar preparar o quarto onde ele e o seus funcionários irão ficar, tudo de última hora...
- E hoje tem o descarregamento de mantimentos para o castelo, vou te que pedir aos nossos guardas para ajudarem nisso já que isso duraria o dia inteiro, e não podemos parecer insatisfeitos com a presença do rei de Tonsberg e muito menos adiar o trabalho de hoje - ele coçou a testa enquanto recitava a sua ideia.
- Não acho que isso seja boa ideia. - comentou a rainha o que fez o Kandrick levantar o olhar para ela. - Não olhes assim para mim, eu não acho que seja realmente boa ideia comprometer a nossa segurança.
- Pelo amor de Deus, Eleonor, tem mercadorias que não podem ficar em contacto com a umidade durante tanto tempo, levando em conta que já estiveram armazenadas durante esse tempo no navio, têm que ser descarregadas o mais rápido possível.
- Eu percebo perfeitamente isso, mas colocar todos os nossos guardas lá? - questionou ela cruzando os braços.
- Ordenarei que fiquem uns quantos cá, para te deixar mais descansada, mas olha só a tua volta, há vários anos que nossa segurança é a nossa maior aliada, qual foi a última vez que tentaram nos atacar, amh? Fica calma, mulher - Kendrick disse com divertimento e se afastou da esposa preocupada depois de lhe apertar os ombros para que se acalmasse.
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Passou-se alguns poucos minutos até que os guardas anunciam a entrada da princesa no salão real.
As portas de madeira de quase quatro metros são abertas e a jovem moça passa esplêndida pelo caminho livre. Sua postura e a cabeça erguida evidencia toda sua altivez, suas mãos a frente do corpo e os passos curtos e lentos são o exemplo disso.
Podia sentir o olhar orgulhoso de sua mãe sobre si irradiar pelo cômodo todo.
A rainha Eleonor não confiava nenhum pouco em Cora, sua filha podia ser bastante indomável quando lhe apetecesse, mas pelo menos os anos colocaram um pouco de juízo nela, um pouco apenas.
Os reis estão sentados no trono junto dos príncipes, o seu pretendente, Rowan Westergaard, está de pé a frente deles esperando a sua aproximação.
- Vossa alteza - ao chegar próximo o suficiente, cumprimenta e faz uma leve reverência ao se aproximar do homem de cabelos castanhos.
Seus trajes são belíssimos, tecidos composto maiotariamente por cores brancas e azuis, mas no peito há um evidente símbolo do reino Tonsberg que era uma espécie de túlipa dourada.
A sua fisionomia é de um verdadeiro rei, olhos tão azuis quando o céu de Aberdeen que contrastam com os cabelos castanhos acobreados, ele é alto e tem um porte atlético, mas nada muito diferente do que já havia se visto em seus outros pretendentes.
Rowan havia chegado as terras escocesas a pouco menos de um dia e meio, e ao contrário até de muitos outros pretendentes, esse fez questão de conhecer imediatamente Cora, o que não desagradou nenhum pouco ao Rei Kendrick e muito menos a Rainha Eleonor.
- Cora Mclaughlin - disse saboreando o seu nome. - É mais linda do que imaginei, muitos a descrevem como sendo a mais bonita mulher escocesa, e eu tenho que concordar veemente com tais boatos.
Ele é tal igual aos outros - pensou mas continuava como uma expressão bastante morna.
E de facto é verdade, o homem viril com muito poder, como se ouve, nada é mais que isso, notório inclusive sua característica presunçosa. Cora não estava nenhum pouco surpreendida.
Já havia conhecido dos mais corteses até aos mais boçais dos homens nobres, sua mãe até se sente ao ponto de considerar em lhe casar com um plebeu só para a primogênita assumir logo o trono.
O problema de Cora era só um, liberdade, já sabia que não havia como escapar de um casamento mas ao menos queria casar com alguém que no mínimo respeitasse o seu desejo de independência, e se não fosse por honra e por amar demais sua família, tinha certeza que já teria fugido a bastante tempo.
A vida com certeza não é justa para todo mundo.
Portanto, Cora apenas adornou um belo sorriso amarelo e o sustentou em seus lábios ao fitar o rei de Tonsberg.
- Eu agradeço o elogio, vossa alteza.
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