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Deixe-me ficar
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Capítulo

Louise é uma jovem de 24 anos, buscando alcançar seus objetivos, ela trabalha em uma lanchonete no centro da cidade, e faz faculdade para no futuro poder ter melhores oportunidades. Sua vida é marcada por uma grande tragédia, e desde então ela se fechou para tudo e todos! Em um certo dia ela conhece Eduard, um empresário renomado, rico, e muito atraente, porém arrogante e orgulhoso… O acaso lhes aproximaram, será que Eduard conseguirá quebrar as barreiras em Louise? E Louise, será que vai resistir aos encantos dele? Vem comigo nessa história romântica e muito picante.

Capítulo 1 La Conquista

Louise

Dia 20/05 e essa era minha terceira semana trabalhando como garçonete na lanchonete de um amigo de longa data. Nicolas, era meu melhor amigo.Não era fácil acordar todos os dias bem cedo, mas eu precisava trabalhar, pagar o aluguel do meu apartamento e pagar minha faculdade, ás vezes o dinheiro mal dava pra comprar comida, mas eu ia me virando como podia.

Eu estava no terceiro semestre da faculdade, cursando história, ser professora não era o sonho da minha vida, mas era a faculdade que eu conseguia pagar, eu não estava nem na metade do caminho, mas não podia desistir, eu tinha que ter uma vida melhor e pra isso, precisava estudar.

Era uma terça-feira e estava frio, o inverno estava próximo e os dias estavam ficando mais gelados. A lanchonete ficava á vários quilômetros do meu apartamento, tendo em vista que eu trabalharia o dia todo em pé me recusei ir andando, mas eu só tinha dinheiro pra uma viajem do Uber, fui torcendo para que a noite não fizesse muito frio já que eu viria embora a pé. Chegando lá, Nicolas já estava a minha espera, sempre sorridente e animado “como alguém pode estar animado ás 06h da manhã?” pensei comigo, ele me comprimentou com um beijo no rosto e foi arrumar as mesas, a lanchonete abria sempre 06h30, e ele era muito pontual.

Nicolas era uma pessoa muito amável, bonito, pele morena, cabelo preto, olhos castanhos, alto, e tinha acabado de fazer 30 anos, sempre foi muito esforçado em manter o negócio da família, ele cuidava de tudo desde que seu pai faleceu, ele se tornou o pilar da família e cuidava muito bem de sua mãe.

A parte da manhã não teve muito movimento, até tive um tempo para mexer no celular, coisa que era quase impossível de se fazer, pois a “La conquista” era uma lanchonete muito bem frequentada, a comida era muito boa, o cardápio era completo e com certeza agradava até as pessoas mais exigentes!

Lucas e Karen cuidava da cozinha, Nicolas cuidava de tudo o que podia, e eu, apenas servia os clientes e limpava tudo.

Por volta dás 12h30, notei um carro preto estacionando em frente a lanchonete, dele desceu um homem muito elegante, vestindo um terno preto, ele era muito alto, seu cabelo castanho claro, estava de óculos escuro e falava ao celular.

—Louise!!

Nicolas me chamou desesperado.

—Meu Deus Nicolas, o que foi? Você me assustou.

—Preciso que atenda esse cliente muito bem, ok? Muito bem!

Eu apenas balancei a cabeça, e fiquei observando o tal “cliente” enquanto ele olhava pra tela do celular, ele ainda estava lá fora, mas como começou a chover, ele entrou.

Andou calmamente até o lado de dentro, ele retirou o óculos e andou na minha direção, não sei se foi a pressão do Nicolas ou a elegância dele eu engoli seco e então ele parou bem na minha frente.

—Quero me sentar naquela mesa. Ele disse apontando para a mesa perto da janela.

—Ok! Foi só o que eu consegui dizer. Caminhei até lá e ele veio logo atrás de mim.

—Quero um suco de laranja, sem gelo. Ele disse enquanto se sentava.

Eu anotei o seu pedido e perguntei:

—Mais alguma coisa?

seus olhos encontraram os meus e então percebi que eles era azuis, muito azuis, impactantes e profundos, sua boca avermelhada, seu cavanhaque estava perfeito, ele era lindo.

—Tem torta? Perguntou ele.

—Sim, temos torta de frango, foi feita ainda hoje. Respondi desviando o olhar do seu.

— Ótimo, vou querer um pedaço.

—Ok!

Me afastei e fui até a cozinha e entreguei o pedido do cliente misterioso, procurei Nicolas com os olhos e não o vi “onde ele se enfiou?” pensei.

Depois de alguns minutos o pedido estava pronto então levei até ele.

Coloquei calmamente o copo de suco na mesa, depois o prato com a torta.

—Bom apetite! Falei me retirando.

—Ei, garçonete. Disse ele, eu me virei e ele fez sinal com a mão, fui até ele e mais uma vez seus olhos encontraram os meus.

—Você espera que eu coma essa torta como? Perguntou ele em um tom brusco.

—Ham, eu espero que você coma com a boca! Disse sem deixar barato sua ignorância.

—E você espera que eu coloque a torta na boca como se você não trouxe garfo? Todo encanto que eu havia sentido pela sua beleza, acabou ali mesmo com a sua arrogância “eu preciso desse emprego” pensei, respirando fundo.

—Me desculpe, senhor, vou pegar um garfo e uma faca. Sem que ele pudesse dizer algo eu me retirei com o rosto queimando de vontade de dizer que ele era um imbecil.Fui até a cozinha peguei os talheres e voltei até a mesa, ele o tempo todo estava me seguindo com os olhos.

-Aqui está, Senhor, quer mais alguma coisa? Perguntei em um tom sarcástico.

—Sim, quero, quero que você retire esse prato da minha frente, eu perdi a vontade de comer!

Meu rosto queimou ainda mais, sempre fui uma pessoa impulsiva nas palavras, ter que lidar com cliente idiota pra mim, era o fim.

—Perdeu a vontade de comer por causa de um garfo? Perguntei, ele me olhou com os olhos queimando, pelo jeito não gostava de ser contrariado.

—Sim, e você está aqui apenas para servir e a propósito, faz isso muito mal.

—E você é um arrogante que se acha superior só por que chegou aqui em um carrão e usa um terno “caro”. Ele se levantou ficou de frente pra mim e disse:

—Você é muito insolente.

—E você é um idiota! Ele arregalou os olhos, os demais clientes ficaram olhando e comentando algo entre si, ele continuou a me olhar, ameaçou dizer algo, mas não disse.

Ele se retirou da lanchonete sem ao menos pegar o seu suco, entrou no seu carro importado e foi embora.

Terminei o expediente daquele dia estressada e cansada, pois a tarde o movimento cresceu, eu mal consegui falar com o Nicolas e ele o tempo todo se esquivava em dizer quem era aquele cara, apenas disse seu nome “Eduard” e disse que ele era um grande empresário da cidade, e que grande parte dos edifícios comerciais eram dele.

Eu evitei fazer mais perguntas, pois senti o desconforto dele em responder, aquele dia acabou e eu só queria chegar em casa, mas então lembrei que eu teria que andar muito pra chegar até lá, eu tinha trabalhado muito e já havia passado do meu horário, eu não me importava em fazer hora extra, toda grana a mais me ajudaria a pagar as contas e comer “eu nem comi hoje” pensei comigo mesma. Passava dás 18h, já estava escuro, eu teria que caminhar por mais de uma hora, estava frio, e eu senti a leve garoa no meu rosto “droga, vai chover” pensei, e minutos depois começou o céu desabou, a chuva estava gelada demais, minhas mãos e meu rosto estavam congelando, eu poderia esperar a chuva passar, mas isso só atrasaria ainda mais meu descanso, acelerei os passos e minhas pernas não queriam responder aos meus comandos, olhei no relógio e eu tinha andado apenas 30 minutos, tinha muito caminho pela frente, percebi um carro parando a minha direita, escutei uma buzina então me chamou.

—Ei, garçonete! Eu conhecia aquela voz, olhei pro lado e lá estava o responsável pela minha fúria daquela tarde.

—Ah, você, desculpa, não posso conversar agora, não quero me molhar! Disse eu ensopada da cabeça aos pés. Fui andando e ele veio me acompanhando com o carro.

—Deixe de ser arrogante, garçonete, posso lhe oferecer uma carona? Cada palavra que saia da sua boca me irritava profundamente.

—Meu nome não é “garçonete” e eu não preciso de carona, estou bem! Tudo o que eu mais queria era uma carona e chegar logo em casa, eu nunca havia passado tanto frio assim na minha vida, mas eu não queria nada que viesse dele.

— Você está claramente tremendo de frio, e está ensopada, vai ficar doente, entre aqui e eu te dou uma carona até onde você quiser! Sua voz agora era calma e diferente de mais cedo, eu tentei ignora-lo, tentei continuar andando, mas meu corpo não estava respondendo, eu senti tudo girando, até que não vi mais nada.

Quando abri os meus olhos, eu estava deitada em uma cama, toda coberta, eu não estava na minha cama, não estava na minha casa, me sentei rapidamente e eu estava com um pijama de mangas compridas, a calça estava larga, eu estava de meia e com uma dor cabeça horrível, me levantei de vagar e explorei o quarto, olhei pela janela e eu estava em um apartamento, em um andar muito alto, sai do quarto e continuei andando, o apartamento era cinco vezes maior que o meu, passei por uma cozinha enorme e cheguei até a sala, Eduard estava sendo no sofá digitando em seu celular, quando ele me viu, guardou o celular, se levantou e andou até mim.

—Como você está ? Perguntou ele aparentemente preocupado.

—Estou com dor de cabeça e muita tontura. Respondi acanhada por estar alí.

—Você desmaiou, e eu não poderia deixar você caída na calçada, te trouxe para minha casa, te aqueci e agora você aqui.

Fiquei constrangida, senti meu rosto corar em saber que ele trocou minha roupa.

—Obrigada, ainda bem que você estava lá e ainda bem que me socorreu.

Ele sorriu e meu rosto corou ainda mais.

—Não precisa agradecer, eu teria feito isso por qualquer um.

Balancei a cabeça e não sabia mais o que dizer.

—Talvez seja melhor eu ir embora. Eu disse envergonhada e então ele me olhou e se aproximou.

—Não é uma boa ideia, você ainda não está bem, durma aqui, amanhã eu posso levar você para sua casa. Eu queria recusar, mas eu estava extremamente esgotada, dormir lá não seria tão má ideia, ou sim, afinal era a casa de um estranho, quando eu desequilibrei sentindo novamente minhas pernas falharem ele pegou em meu braço e me levou até o sofá.

—Sente-se aí, esta vendo? Ainda não está bem… Eu apenas balancei a cabeça

—Tudo bem, vou ficar, mas não estou nada feliz com isso. E de fato não estava, aquele cara era um grosso e havia me tratado muito mal naquele mesmo dia mais cedo. Ele caminhou até a cozinha e trouxe uma bandeja com comida, o cheiro invadiu aquele lugar e minha boca salivou, eu estava faminta.

—Eu guardei comida pra você, espero que esteja com fome.

—Ah, não precisava se incomodar, não estou com muita fome. Falei querendo atacar aquele prato, ele colocou a bandeja na minha frente e sentou no outro sofá.

—Coma! Seu tom de voz agora era mais sério, eu não quis contraria-lo, então comecei a comer de vagar, apreciando cada pequena garfada que colocava na boca, estava delicioso, e eu não conseguia parar de comer.

— Como é seu nome? Ele perguntou e só então percebi que ele me observava comer, meu rosto queimou na mesma hora!

—Me chamo Louise. Respondi.

—É um nome muito bonito, me chamo Eduard. Disse ele, apenas balancei a cabeça e continuei a comer, logo a comida acabou e eu me levantei para colocar o prato na pia. Ele se levantou também e veio logo atrás de mim, ele vestia uma camisa preta colada ao seu corpo, uma calça moletom cinza, ele estava descalço e seu cabelo estava levemente bagunçado, mas ual, ele estava lindo.Comecei a lavar o prato e então ele me impediu, me puxando pelo braço me afastando da pia, seu toque arrepiou meu corpo todo.

— Louise, não se incomode, deixe aí que amanhã pela manhã minha empregada limpa tudo.

— Ok. Me afastei dele, ele era grande e na sua frente eu parecia uma criança, eu estava incomodada e queria estar na minha casa, eu nunca havia passado uma noite na casa de um estranho. Voltei para a sala e novamente ele me acompanhou, se sentou a minha frente e ficou mexendo no celular.

—Onde vou dormir? Perguntei quebrando o silêncio.

—No mesmo quarto que te coloquei! Fiquei mais uma vez constrangida.

—Ok, boa noite Eduard, e obrigada mais uma vez por tudo. Ele apenas balançou a cabeça, fui para o quarto, pela janela observei que ainda chovia muito, meus pertences estavam todos no criado mudo, peguei meu celular e ele não estava funcionando “droga” falei comigo mesma, não tinha muito o que fazer, então me cobri, e adormeci.

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